10 novembro, 2014

DAR TIROS NOS PÉS.

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estoril-FC PORTO, 2-2

Primeira Liga, 10ª jornada
Domingo, 9 Novembro 2014 - 20:15
Estádio: Estádio António Coimbra da Mota, Estoril
Assistência: -


Árbitro: Artur Soares Dias (Porto).
Assistentes: Rui Licínio e João Silva.
4º Árbitro: Iancu Vasilica.

ESTORIL: Kieszek, Anderson Luís, Yohan Tavares, Rúben Fernandes, Emídio Rafael, Diogo Amado, Anderson Esiti, Babanco, Sebá, Tozé, Kuca.
Suplentes: Vagner, Afonso Taira, Filipe Gonçalves (67' Babanco), Arthuro, Bruno Nascimento (88' Tozé), Ricardo Vaz, Fernandinho (83' Sebá).
Treinador: José Couceiro.

FC PORTO: Fabiano, Danilo, Maicon, Martins Indi, Alex Sandro, Quaresma, Casemiro, Herrera, Brahimi, Adrián López, Jackson Martínez.
Suplentes: Andrés Fernández, Marcano, Quintero (63' Casemiro), Evandro, Óliver Torres (82' Maicon), Rúben Neves, Aboubakar (63' Adrián López).
Treinador: Julen Lopetegui.

Ao intervalo: 1-1.
Marcadores: Brahimi (20'), Kuca (27'), Tozé (81' pen), Óliver Torres (90+4').
Disciplina: amarelo a Herrera (29'), Yohan Tavares (45').

Um golo de Óliver Torres aos 93 minutos, permitiu ao FC Porto empatar no terreno do Estoril (2-2), num jogo em que os Dragões encontraram uma forte oposição do adversário e adversidades em momentos-chave. O carácter demonstrado pela equipa permitiu-lhe levar um ponto mas o Dragão continua a dar tiros nos pés.

Num estádio em que estiveram alguns portistas, não tantos como em anos anteriores, foi precisamente o FC Porto a dar os primeiros sinais de perigo. Mas Julen Lopetegui parece gostar de dar tiros nos pés. Perante o habitual 4X3X3 com que o FC Porto costuma entrar em todos os jogos, o treinador basco voltou a alterar a disposição tática optando por um 4X4X2 que, por vezes parecia um 4X2X3X1 e noutras ocasiões um 4X2X4. Adrián fez dupla com Jackson, jogando levemente mais recuado, apoiados por Brahimi e Quaresma. O meio-campo ficou apenas com dois homens (Casemiro e Herrera) e foi por aí que o FC Porto não conseguiu ganhar o jogo esta noite na Amoreira.

O Estoril é uma equipa organizada, lutadora e com avançados bastante rápidos, mas não tinha criado quaisquer lances de perigo no início da partida. De resto, sem deixar de incomodar a defesa do FC Porto, O Estoril nunca obrigaria Fabiano a jogadas de apuro na primeira parte. Os Dragões, por seu lado, chegaram ao golo à passagem dos 20 minutos numa sensacional jogada de Brahimi. O argelino recebeu uma bola junto à linha final, rodopiou sobre si próprio, conseguindo ultrapassar o seu marcador directo, entrou na grande área, fugiu a outro opositor e rematou fortíssimo para a baliza. Um golo do outro mundo.

Mas sete minutos volvidos, o FC Porto sofreu o empate por Kuca. A equipa portista pareceu estar algo adormecida em campo. Um passe a romper a defesa portista foi efectuado para as costas de Danilo, a bola foi centrada para o coração da área onde apareceu Kuca, completamente à vontade, a empatar a partida. Os Dragões criaram ainda algumas oportunidades no 1º tempo, mas os jogadores estiveram pouco inspirados.

Após o descanso, esperava-se mudança de tática, o que queria dizer que Adrián ficaria no balneário e a equipa apareceria a jogar com um meio-campo com 3 elementos, de forma a criar linhas de passe, passes de ruptura e a tentar jogar um futebol consequente. O FC Porto regressou com o mesmo onze, prolongou e intensificou a superioridade que vinha evidenciando na 1ª parte. Mas esse domínio foi inconsequente, algo atabalhoado e sem grande organização. Pode-se dizer que Adrián e Jackson confundiram-se em campo e pisaram muitas vezes as mesmas zonas no campo, não formando, de modo algum, uma dupla complementar.

O FC Porto tinha mais posse de bola, mas foi o Estoril a chegar ao golo, num lance em que o árbitro assinalou um penalty de Fabiano sobre Tozé aos 80 minutos. Tozé converteu o penálti e a formação estorilista passou a defender com os onze jogadores completamente atrás. Nessa altura, Adrián já tinha saído para dar lugar a Aboubakar e Casemiro dera o lugar a Quintero. Após o 2-1, Lopetegui retirou o central Maicon e colocou Óliver. O FC Porto passou a jogar com 3X3X4 em busca desesperada do empate.

A justiça no marcador chegou já perto do fim, aos 93 minutos: Óliver teve uma nesga de espaço dentro da área estorilista, após assistência de cabeça de Jackson e atirou sem hipótese de defesa para Kieszek. O FC Porto nunca desistiu de chegar ao 3º golo e Jackson no minuto seguinte teve a oportunidade de dar os 3 pontos à equipa mas uma grande defesa para canto do Guarda-Redes estorilista impediu o golo da vitória. No entanto, o resultado certo é o empate e o FC Porto só se pode queixar de si próprio, principalmente Julen Lopetegui.

O FC Porto não irá competir durante as duas próximas semanas por causa dos compromissos das selecções nacionais e por causa também dos jogos da Taça de Portugal, prova em que já foi eliminado. O próximo jogo será no dia 25 de Novembro na Bielorrússia frente ao BATE Borisov a contar para a 5ª Jornada da fase de grupos da Champions League.



DECLARAÇÕES

Lopetegui: “O FC Porto nunca se rende”

​Julen Lopetegui apontou a falta de eficácia como o principal motivo para o FC Porto não ter ido além de um empate no terreno do Estoril (2-2), equipa que o treinador considera ter sido “mais feliz” no cômputo geral. Triste pelo desfecho que deixa os azuis e brancos a três pontos do primeiro lugar, o técnico dos Dragões enalteceu a “mentalidade” e a “coragem” que permitiu ao FC Porto chegar ao empate já em período de compensação e, consequentemente, manter a invencibilidade na Liga portuguesa.

“Estamos tristes com este resultado, sobretudo depois de quatro vitórias consecutivas. Fizemos muitas coisas para ganhar e criámos muitas oportunidades para marcar, mas o Estoril acabou por ser mais feliz. No futebol, o que conta são os golos. Fizemos muitos remates e, se tivéssemos tido eficácia e acerto, deveríamos ter marcado golos suficientes para termos vencido. A análise real do jogo é que não tivemos eficácia e que sofremos dois golos em transições rápidas. Tivemos a mentalidade e a coragem de lutar até ao fim para continuarmos invictos. E também continuamos na luta pelo título. Apesar de todas as adversidades, o FC Porto nunca se rende”, afirmou Julen Lopetegui após o desafio com o Estoril.

Brahimi: “Temos de seguir em frente”

Autor do primeiro golo do FC Porto em mais um grande lance individual, Brahimi não escondeu a sua insatisfação pelo empate (2-2) no terreno do Estoril, resultado que deixa os Dragões na terceira posição do campeonato. O internacional argelino deu voz à tristeza do grupo mas considera que este jogo já faz parte do passado, sublinhando que os jogadores têm confiança em si próprios e no caminho que, juntos, estão a construir.

“A grande penalidade deixa-me dúvidas, mas não foi por isso que não conseguimos vencer. Sabíamos que ia ser um jogo complicado e o resultado demonstra-o. Estamos tristes, mas temos de seguir em frente e trabalhar mais todos os dias para estarmos mais fortes no próximo jogo. Temos confiança em nós e acreditamos que estamos no bom caminho. Sabíamos que ia ser difícil, mas este jogo já passou e temos de pensar no próximo. Sou jogador do FC Porto e, se o FC Porto não ganha, isso não serve de nada para mim. Estou aqui para ajudar o FC Porto a vencer”, declarou Brahimi na zona de entrevistas rápidas, após o encontro.



RESUMO DO JOGO

5 comentários:

  1. http://videos.sapo.pt/ZIePeMAqVpqHaOnPJ4QW

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  2. Já lá vão alguns meses de competição e o Lopetegui ainda não viu os erros que tem cometedio jogo após jogo continuando a rodar jogadores como se fosse uma roleta russa.Deixar de fora o Tello para o poupar e levar aquele coxo do Adrien Lopes que custou onze milhões de euros é de bradar aos céus e,sabia de antemão que aquele campo era difícil para nós e mesmo assim brincou com a sabedoria dos adeptos e sócios ao inventar uma nova forma de jogar.Não perdemos porque o miúdo maravilha que devia jogar de início lhe salvou a pele e depois tivemos uma bofetada de luva branca dada pelo Tozé que ele não quis no plantel e ontem fez um grande jogo mostrando ao treinador que se enganou ao emprestá-lo ao Estoril e gostei do seu gesto ao não festejar o golo que marcou.Haja alguém que diga a este treinador que está ali para ganhar títulos e não para simplesmente participar nas festas dos outros.

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  3. Deixar de fora o Tello...

    Há pessoal que critica por criticar.
    Bastava ler o post com atenção para ver que o mesmo nem convocado estava.
    E ao que por ai se lê estava lesionado.

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  4. Porquê criticar as opções de um treinador que fez uma equipa que joga futebol, que não desiste, que luta até ao fim contra 14?
    Deixemo-nos de criticar a nossa casa, quando os outros já começam a ser levados ao colo.
    O post http://bibo-porto-carago.blogspot.pt/2014/11/alerta-maximo.html dizia tudo. Temos de abrir os olhos, este ano ainda vamos na 10ª jornada e já se vê o "colinho".

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  5. Viva,

    Continuo a não entender as cri'ticas ao treinador que ja' qualificou o Porto para os oitavos da Liga dos Campeões e que, também e é importante, deu ao Porto um espi'rito de luta até ao u'ltimo minuto.

    Existe um duplo penalti não assinalado na mesma jogada e este aspecto parece ser esquecido.

    Comparado com o ano passado, em que o estoril jogou de igual a igual com o Porto, vi este ano durante va'rios peri'odos 11 jogadores do estoril metidos nos seus 22 metros. Prefiro o Porto de este ano LoL, mesmo havendo contra ataques.

    O Porto esta' a incomodar porque esta' a recuperar o presti'gio internacional que se tinha esvaecido nestes u'ltimos anos.

    Perguntar imediatamente a Brahimi logo apo's o jogo para onde ira' jogar, não é so' um insulto ao Porto, mas é sobretudo um insulto ao esforço fornecido pelo jogador durante o jogo. E' desprezar, ou pior ainda, é não viver no presente, no fundo.

    Ademais, ouvindo os comenta'rios, parece que so' o estoril é que jogou para as competições europeias durante a semana...

    E Viva o Porto!

    Nuno Portomaravilha

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