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Finais de grandes competições e Queima das Fitas não combinam.
No meio da folia universitária - à qual não aderi grande coisa (diria mesmo que não aderi de todo!) -, fiz a seguinte promessa: usaria a) bigode, b) patilhas e c) mosca para o FCPorto vencer a) o Campeonato, b) a Taça de Portugal e c) a Liga dos Campeões (o verdadeiro triplete).
Andei semanas a fazer figuras tristes. O que vale é que era um jovem e sonhos. E o sonho maior era transportado pelo FCPorto.
O relógio marcava 75 minutos. Uma trivela mal metida. A bola sobra para Dimitri (dos poucos jogadores em que a recepção de bola era, ela própria, uma finta). Está feito o três zero. Ajoelhei-me e, nesse momento, agradeci toda a alegria que me invadia e que, simultaneamente, transbordava por todos os poros, para todo o lado. O resultado está feito, já não nos escapava. Na verdade, antes do apito inicial, aquela taça já era nossa. Olhando para trás, cada vez mais me convenço que estivemos a ganhar desde o primeiro minuto.
Não tinha comigo portistas. Estivera, desse ponto de vista, a ver o jogo sozinho. Saí à rua e meti-me num autocarro em direcção aos Aliados. Dentro do autocarro, encontrei uma ex-namorada de um amigo meu. Achei piada ter-me reconhecido. Não paguei bilhete - ninguém pagou.
Chegado aos Aliados a festa era enorme. E pela primeira vez na minha vida senti-me parte de um todo maior do que eu, do que aqueles três amigos que simulavam, outra e mais outra vez, o golo de Deco, do que aqueles que abriam garrafas de champagne, do que todos.
Uma sensação de pertença incrível e, até àquele momento, completamente única. Estava sozinho, mas a multidão conhecia-me. Não trocava palavras, mas os olhares cruzavam-se, falando a mesma língua.
Ainda hoje não consigo ver resumos da final sem me emocionar.
Temos muito para nos orgulhar.
Pedro Ferreira de Sousa
No meio da folia universitária - à qual não aderi grande coisa (diria mesmo que não aderi de todo!) -, fiz a seguinte promessa: usaria a) bigode, b) patilhas e c) mosca para o FCPorto vencer a) o Campeonato, b) a Taça de Portugal e c) a Liga dos Campeões (o verdadeiro triplete).
Andei semanas a fazer figuras tristes. O que vale é que era um jovem e sonhos. E o sonho maior era transportado pelo FCPorto.
O relógio marcava 75 minutos. Uma trivela mal metida. A bola sobra para Dimitri (dos poucos jogadores em que a recepção de bola era, ela própria, uma finta). Está feito o três zero. Ajoelhei-me e, nesse momento, agradeci toda a alegria que me invadia e que, simultaneamente, transbordava por todos os poros, para todo o lado. O resultado está feito, já não nos escapava. Na verdade, antes do apito inicial, aquela taça já era nossa. Olhando para trás, cada vez mais me convenço que estivemos a ganhar desde o primeiro minuto.
Não tinha comigo portistas. Estivera, desse ponto de vista, a ver o jogo sozinho. Saí à rua e meti-me num autocarro em direcção aos Aliados. Dentro do autocarro, encontrei uma ex-namorada de um amigo meu. Achei piada ter-me reconhecido. Não paguei bilhete - ninguém pagou.
Chegado aos Aliados a festa era enorme. E pela primeira vez na minha vida senti-me parte de um todo maior do que eu, do que aqueles três amigos que simulavam, outra e mais outra vez, o golo de Deco, do que aqueles que abriam garrafas de champagne, do que todos.
Uma sensação de pertença incrível e, até àquele momento, completamente única. Estava sozinho, mas a multidão conhecia-me. Não trocava palavras, mas os olhares cruzavam-se, falando a mesma língua.
Ainda hoje não consigo ver resumos da final sem me emocionar.
Temos muito para nos orgulhar.
Pedro Ferreira de Sousa
Mais uma grande crónica, repleta de emoção. Assim também sinto. Cada vez que vejo a Final é como se a pele se eriçasse e me viessem lágrimas aos olhos.
ResponderEliminarOBRIGADO FC Porto.
Obrigado, Pedro.