ATACAR O REGIME.

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Já por diversas vezes exprimi neste espaço, a minha enorme preocupação por algum “aburguesamento” que tem dominado o discurso e atitude dos nossos adeptos e dirigentes nos últimos tempos, com repercussões também dentro de campo, esquecendo alguns valores essenciais que nos fizeram chegar até aqui.

Um desses valores, é nunca nos esquecermos que temos uma responsabilidade regional elevada, e isto nada tem a ver com restringirmos a nossa dimensão apenas à esfera Nortenha. Somos um clube Nacional, com adeptos em todo o lado, que chega a todo o País e a todo o Mundo, que conta com vitórias de dimensão planetária, e que há muito deixou de perder 3-0 apenas por atravessar a ponte. No entanto, parece que por vezes nos esquecemos que somos um dos últimos baluartes do Norte. De um Norte ostracizado, de um Norte esquecido, de um Norte menorizado, de um Norte sempre deixado para segundo plano em função dos interesses do centralismo, em função dos interesses da capital do império. Perder esta dimensão de bandeira de uma região, é perder identidade, é perder força, é perder verdade!

Vem isto a propósito da enorme satisfação com que ouvi os discursos do presidente da Câmara Municipal de V. N. de Gaia e do nosso enorme presidente aquando da assinatura de um protocolo associado à promoção e cooperação associado ao andebol.
Ouvi aquilo que sempre me habituei a ouvir, e que não está ultrapassado, ao contrário do que muitos portistas pipoqueiros querem fazer crer. Ouvi o discurso da defesa intransigente dos direitos de quem não vive em lisboa, pois tudo o resto é paisagem. Ouvi o discurso de quem sabe que não tem as mesmas armas mas tem que fazer o mesmo. Ouvi um grito de revolta de quem está farto de ser paisagem quando contribui da mesma forma que os outros. Ouvi a voz no Norte, ouvi defender o Norte, ouvi afrontar os poderes instituídos, ouvi o não render ao centralismo.

É, foi, e terá que ser sempre esta a nossa imagem!
Uma imagem de lutadores, de gente que não se rende, de gente que sabe que não tem as mesmas armas que os outros.
Que estes discursos sejam o primeiro grande sinal de mudança no nosso clube, retomando a sua dimensão guerreira e de responsabilidade social para com uma cidade e uma região.

É que o centralismo bacoco, o regime centralista e controlador, está a dar passos gigantescos e em todas as dimensões do nosso dia a dia.
Eduardo Vítor Rodrigues recordou tanto na área da saúde como das comunicações, investimentos que foram recusados na nossa região, mas aprovados valores superiores na área metropolitana da capital.
Duda, jogador do Málaga, afirmou que a não convocatória de Antunes se deve ao facto de ser o 5lb mandar na selecção. Porque será que o diz? Que mais sabe Duda? E porque será que a comunicação social de calças na mão, não lhe pede para explicar essa afirmação?
Quaresma (e ainda bem!) fica em casa a ver o Mundial, mas André Almeida (é de rir!) faz parte dos escolhidos. De facto resultou a campanha asquerosa de impedir Quaresma de estar no Mundial, com o homem da “risca ao meio”, o tal que deu uma chapada na mão do árbitro em 2000, a deixá-lo de fora.
Como se não bastassem estes sinais, e por forma a que nenhum portista esteja adormecido, Fernando Seara candidata-se a presidente da Liga, isto algum tempo depois de, na saída da reunião de presidentes em Fátima, o dumbo de carnide ter dito claramente aos microfones dos jornalistas que o futuro passa por um controlo de 5lb e scp do futebol português.

Meus amigos, que maiores e melhores exemplos queremos de que o regime centralista está no seu melhor? Quem tem dúvidas? Quem acha que o mesmo não tem que ser imediatamente combatido?

Força presidente, não hesite um só momento em retomar o discurso da verdade e do combate, e um grande bem haja ao autarca gaiense, pois é de gente desta que precisamos na nossa região.

Um abraço tripeiro do Norte!