OS JOGADORES.

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HELTON - Num ano em que tudo correu mal, a sua lesão não teve grande impacto a nível desportivo, mas a sua ausência contribuiu imenso para a falta de tranquilidade com que a equipa acabou a época.

FABIANO - Arrisco a dizer que Fabiano foi das poucas coisas positivas que a época nos trouxe. Com uma belíssima estampa física, Fabiano é um GR com enorme potencial.

DANILO - Rendeu metade do que já tinha rendido nas duas épocas anteriores em que contribuiu para o bicampeonato nacional. Não teve praticamente descanso porque nem PF, nem LC apostaram nos laterais da equipa b. Uma época fraquíssima.

ALEX SANDRO - Idem aspas da análise anterior.

VICTOR GARCIA - Jogou 90 minutos em Braga num jogo em que até se exibiu a um nível razoável.

REYES - Mesmo tendo em conta a época turbulenta da equipa, Reyes teve oportunidades suficientes para demonstrar bem mais qualidade do que efetivamente demonstrou. Muitos erros, muitas infantilidades em momentos decisivos, fica na retina o lance do penaltie da luz para a taça que contribuiu decisivamente para a nossa eliminação. A forma infantil como foi à bola, mesmo sendo um penaltie forçadíssimo (ou inexistente), revela bem que o mexicano tem de evoluir imenso para poder ser titular num clube como o FC Porto.

OTAMENDI - Errou muito e em momentos importantes, como por exemplo no péssimo jogo que fez na luz para o campeonato. Ainda assim, a sua venda e consequente regresso de Abdoulaye foi um dos muitos disparates que foram feitos esta época.

MAICON - Uma época de altos e baixos, com muitas lesões e demasiada inconsistência. Foi também daqueles que rendeu muito menos do que realmente vale e já demonstrou em épocas anteriores.

MANGALA - Também errou mas foi o menos mau da defesa ao longo da época. Apesar disso, tem grandes clubes atrás dele e deverá ir ao mundial. É daqueles jogadores que com um treinador a sério (VÍTOR PEREIRA por exemplo) pode atingir um rendimento elevadíssimo. Este ano regrediu muito mas o potencial está todo lá. Um daqueles casos em que a mediocridade geral o prejudicou e muito.

ABDOULAYE - Não vou bater mais no “ceguinho”...

FERNANDO - Numa época como esta não consigo encontrar um único jogador que tenha feito uma boa época porque todos regrediram, todos pareceram bem piores do que realmente são. O que consigo encontrar são jogadores que fizeram uma época menos má. Fernando foi um desses casos.

LUCHO - Um dos casos paradigmáticos da “devastação-Fonseca” que assolou esta equipa. Perto de 6 meses a jogar a 10, uma posição em que nunca tinha jogado na sua carreira! Depois saiu para o Catar. Em todas as outras épocas de Dragão ao peito, Lucho foi campeão. A sua saída foi mais um “prego” no caixão em que se transformou esta época.

DEFOUR - Um jogador que tinha sido útil nas duas últimas épocas como suplente de Moutinho. Nesta época chegou a altura de agarrar a titularidade mas o belga nunca se afirmou como um jogador com qualidade suficiente para um clube com a grandeza do FC Porto. Para o que ganha, para o que custou e até pela boa reputação que tem na forte seleção da Bélgica podia e devia ter rendido bem mais Foi também prejudicado pela desorientação de PF, pela inconsistência do meio-campo e por todos os disparates que foram cometidos a vários níveis. Mas esperava-se muito mais de Defour. Que faça um excelente mundial e que saia por uns bons milhões de €!

HERRERA - É daqueles jogadores que demonstra ter um bom potencial, tem um bom sentido de progressão no terreno, ou seja, não é daqueles que só passa para trás e para o lado. Os 3 golos que marcou foram todos grandes golos, com destaque para os 2 marcados ao Olhanense. Há pormenores neste jogador que bem trabalhados por um treinador a sério podem fazer dele muito útil no futuro.

IZMAYLOV - ...

CARLOS EDUARDO - Após vários jogos na equipa b, quando lhe foi dada uma oportunidade o brasileiro até a agarrou bem. No entanto, apesar dos bons pormenores técnicos que evidenciou em vários momentos, a baixa intensidade com que joga e a forma incompreensível como se esconde do jogo, quando é um médio organizador de jogo, fizeram com que rapidamente entrasse na espiral medíocre que varreu toda a equipa.

JOSUÉ - Na primeira fase da época jogou numa posição (extremo) que claramente não é a mais apropriada para as suas características. É um jogador com algum potencial mas não conseguiu ter a consistência necessária para agarrar um lugar na equipa. Tem de controlar mais os nervos e não perder tanta energia em quezílias estéreis.

QUINTERO - Veio para o clube após ter sido o “maestro” da Colômbia no mundial de sub-20 disputado no Verão. É um jogador com enormes recursos técnicos, excelente qualidade de passe e uma visão de jogo fantástica. Raramente foi titular mas nas vezes em que jogou mostrou qualidade no meio de toda a mediocridade existente. Jogou 1.080 minutos, ou seja, um total de 12 jogos completos, marcou 4 golos, fez meia dúzia de assistências e com o seu perfume técnico alegrou um pouco mais o triste jogo da equipa. Sim, eu sei que tem de crescer muito taticamente, aprender a defender, ser mais disciplinado taticamente e ter mais sentido de jogo coletivo mas pergunto: o papel de um treinador não é potenciar as características dos jogadores que tem, moldando-os aos sistema tático da equipa e integrando-os numa ideia de jogo coletivo que dê possibilidade dos mais criativos poderem soltar o seu génio?!?! Nada disso foi feito com Quintero. Para além disso, colocar toda a responsabilidade em cima dos ombros de um puto de 21 anos, esperando que ele entre 10 minutos e marque 3 golos é algo que faz sentido?!?!?!

MIKEL - Na única oportunidade que teve até se exibiu a um bom nível. Parece ter qualidade mas a ver vamos como será o seu futuro no clube.

TOZÉ - Jogou na exibição coletiva mais vergonhosa da época (Olhão). Ainda assim pouco ou nada podia fazer nesse jogo dada a falta de respeito dos restantes jogadores que se marimbaram completamente para o jogo. Foi o melhor jogador da equipa b. Veremos se não é mais a um ser emprestado para a Turquia ou Grécia. Pergunto só uma coisa: entre ter um jogador fraquinho belga ou brasileiro ou ter um jogador fraquinho que seja Portista e pelo menos sinta o clube, o que é preferível? Sei que a pergunta é estupida mas acho que percebem o que eu quero dizer com a mesma.

KAYEMBE - Pouco a dizer, apenas jogou na desgraça de Olhão.

KELVIN - Pouco jogou. Tentativa de aproveitamento (quer de PF, quer de LC) da motivação de um jogador que marcou 3 golos decisivos na época anterior? ZERO…

LICÁ - Começou bem a época mas aos poucos foi-se esvaziando, esvaziando. Praticamente não consegue passar por um lateral adversário há já vários meses. É um jogador com alguma qualidade, mas para um clube como o FC Porto falta-lhe algo mais.

RICARDO - Mostrou bons pormenores nas oportunidades que teve. Parece-me que é um jogador que bem trabalhado poderá constituir uma boa alternativa na lateral-direita.

VARELA - Um jogador que alterna muito a sua forma, foi dos menos maus. É um jogador com qualidade, mas tem de ter do outro lado um extremo craque, tipo James ou Hulk. Não teve e por isso também se eclipsou mais vezes. É o exemplo perfeito de um bom jogador para complementar uma frente de ataque, mas não pode ser ele o melhor elemento dessa frente de ataque.

QUARESMA - Um jogador de enorme qualidade com um feitio especial. Fez 9 golos, várias assistências mas também baixou imenso a sua forma na parte final da época em que tudo estava perdido. Outro que já foi campeão muitas vezes no FC Porto mas que esta época teve a nova sensação de nada ganhar de Dragão ao peito.

GHILAS - Votado ao esquecimento por PF, que apenas o punha a jogar 2 ou 3 minutos, demonstrou ser um jogador útil quando teve mais oportunidades. Marcou 4 golos num total de 986 minutos (cerca de 11 jogos), sendo que 3 deles foram decisivos para a continuidade na taça e na Liga Europa. Um jogador a manter no plantel.

JACKSON MARTINEZ - Penso que ninguém tem dúvidas da qualidade do colombiano. É um ponta-de-lança de top, marcou 29 golos em todas as competições e contribuiu para muitas vitórias mas, passou praticamente a época toda, ou ele ou o seu empresário ou a avozinha dele, a barafustar que queria sair para Itália, que queria jogar na Premier League, que renovava ou saía. Talvez se não tivesse tido tantas preocupações extra-Porto, tivesse o discernimento suficiente para não falhar tantos golos em momentos decisivos, principalmente nas duas taças contra o nosso odioso rival. Quer no jogo do Dragão para a taça de Portugal, onde teve mais de uma oportunidade para marcar o 2º golo, quer no patético jogo da taça da Liga, onde falhou golos de baliza completamente aberta e bateu penalties como se de um infantil se tratasse, o colombiano poderia ter contribuído para diminuir o imenso sofrimento que foi esta a época. Mas se calhar nessas alturas, o colombiano estava a pensar em Itália, na Premier League ou na renovação.