20 janeiro, 2013

Czar Izmaylov já marca

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FC Porto 2-0 Paços Ferreira

Liga 2012/13, 15.ª jornada
19 de Janeiro de 2013.
Estádio do Dragão, no Porto.
Assistência: 22.703 espectadores.


Árbitro: Jorge Sousa (Porto).
Assistentes: Bertino Miranda e Álvaro Mesquita.
Quarto Árbitro: Carlos Dias.

FC PORTO: Helton; Danilo, Otamendi, Mangala e Alex Sandro; Fernando, Lucho (cap.) e João Moutinho; Defour, Jackson Martínez e Varela.
Substituições: Varela por Izmaylov (59m), Defour por Kelvin (73m) e Lucho por Castro (82m).
Não utilizados: Fabiano, Maicon, Abdoulaye e Sebá.
Treinador: Vítor Pereira.

PAÇOS DE FERREIRA: Cássio; Diogo Figueiras, Tiago Valente, Ricardo e Antunes; André Leão e Luiz Carlos; Josué, Vítor (cap.) e Caetano; Cícero.
Substituições: Luiz Carlos por Hurtado (61m), Caetano por Alvarez (75m) e Cícero por Poulson (87m).
Não utilizados: António Filipe, Cohene, Nuno Santos e Filipe Anunciação.
Treinador: Paulo Fonseca.

Ao intervalo: 0-0.
Marcadores: Alex Sandro (47m) e Izmaylov (78m).
Cartão amarelo: Alex Sandro (16m), Luiz Carlos (41m), André Leão (71m), Fernando (85m) e Josué (89m).

Apesar de difícil, a questão nunca chegou a parecer irresolúvel, mesmo tendo sido solucionada desde o banco, com Kelvin a assistir e Izmaylov a marcar, pouco depois de terem entrado em cena. Antes, já Alex Sandro tinha decifrado o problema com um “chapéu” tão surpreendente quanto a carreira do Paços na Liga. O resultado (2-0) assenta bem a quem chegou a jogar “sozinho”, por momentos.

O desafio, cujo grau de dificuldade transpirou, aos primeiros pontapés, da disposição expectante do adversário, impôs uma paciência relativa ao FC Porto, que elevou a dinâmica a níveis extremos e envolveu os dois laterais, colocando, por várias vezes, médios e defesas em zonas de finalização. Sem êxito, contudo, numa primeira fase.

Defour, de cabeça, abriu a lista de esboços de golo, ainda com cinco minutos de jogo, e foi seguido na intenção por Otamendi, João Moutinho e Jackson Martínez. A interessante sequência de tentativas incluiu remates cruzados, pontapés de primeira, balanços da rede lateral e até um cruzamento-remate. Todos, sem excepção, muito perto do objectivo.

A questão de pormenor, que afastava o FC Porto da vantagem, foi resolvida ao segundo minuto da segunda parte, com Alex Sandro, a meio de uma exibição brilhante, a surpreender Cássio com um “chapéu” para ninguém colocar defeito, quando todos esperavam o cruzamento da esquerda, no fecho de um rápido movimento de ataque acelerado por Lucho González, que, mesmo em dia de aniversário, não abrandou por um instante.

O Paços de Ferreira foi, por fim, a jogo, com o risco implícito de conceder o espaço que até então tinha negado ao ataque portista. Esse e os dois ou três metros acrescentados pelo drible de Kelvin produziram o 2-0, com Izmaylov a marcar pela primeira vez com a camisola do FC Porto, num golo integralmente “saído” do banco, que acabou com o jogo 12 minutos antes do seu real fim, e o dom extra de acrescentar à noite a tendência para as estreias: Alex Sandro, que já tinha marcado na Madeira, nunca o tinha feito antes no Dragão.

Quarta-feira há mais, em Setúbal.



DECLARAÇÕES

Vítor Pereira

Na sala de imprensa, após a vitória por 2-0 frente ao Paços de Ferreira, Vítor Pereira elogiou o jogo de controlo efectuado pelo FC Porto. O técnico dos Dragões salientou que o adversário não teve oportunidades de golo e considerou que isso é sinónimo de qualidade.

“Defrontámos um bom adversário, com qualidade, que tem provado ao longo do Campeonato e na Taça. Fomos uma equipa séria, que teve paciência e foi criando oportunidades. O golo não apareceu cedo e o adversário defende bem, de forma compacta. Num ou noutro momento intranquilizámo-nos, tentámos fazer as coisas muito depressa. Depois serenámos, voltámos ao jogo de posse e circulação, desbloqueámos o jogo com o primeiro golo e chegámos ao segundo. Não permitimos ao adversário qualquer oportunidade e para mim qualidade é isso. Gosto de jogos controlados, que nos dão trabalho, mas, mais uma vez, evidenciámos uma consistência de jogo muito importante e ganhámos com todo o mérito”, afirmou.

Instado a comentar a confiança que o golo deste sábado pode proporcionar a Izmaylov, o técnico referiu que essa pergunta deve ser colocada em primeiro lugar ao russo, mas deu algumas pistas sobre a sua adaptação ao clube. “Ele é mais um jogador e não sente a pressão de ter que ser ele a fazer a diferença. Creio que veio um pouco com esse estigma, de ter que fazer grandes coisas. É mais um para ajudar a equipa e a equipa vai ajudá-lo a ele. Com naturalidade, pela sua qualidade, vai soltar-se e atingir um nível que eu já vi e que em termos de treino já começa a evidenciar. Tem de subir os níveis físicos e de entrosamento e perceber que é mais um para ajudar. Ele faz parte de um colectivo forte que depois lhe pode proporcionar o golo, como ainda hoje fez. É a sustentação do colectivo que permite que depois o lado individual venha ao de cima”, analisou.

O treinador recusou ainda, de novo, comentar possíveis saídas e entradas de jogadores: “Estrategicamente seria um erro tremendo fazê-lo agora e quando acontecer estarei aqui com todo o prazer para falar do assunto”. No entanto, Vítor Pereira teve oportunidade de falar já sobre o próximo desafio, no terreno do Vitória de Setúbal (partida em atraso da 12.ª jornada da Liga, na quarta-feira), em que não poderá contar com Fernando, que completou uma série de cinco amarelos: “Estivemos bem não só com os 11 que começaram a partida, mas também com os que entraram depois. De certeza que, em Setúbal, sem o Fernando, a equipa vai ser séria, consistente e agressiva na luta pelos três pontos, porque queremos fechar a primeira volta do Campeonato na frente”.



RESUMO DO JOGO

2 comentários:

  1. Confesso que não gostei da exibição portista, neste jogo, em que, para mim, se salvaram os primeiros dez minutos, muito prometedores, mas que se desvaneceram, resvalando para um futebol pouco intenso, sem chama, pouco inspirado, frente a um adversário, como quase todos os que visitam o Dragão, apenas preocupado em tapas os caminhos da sua baliza.

    Apesar de tudo, vitória inquestionável da única equipa que lutou para construir um resultado positivo, que nos mantém o sonho de repetir o título.

    Mangala e Defour, foram para mim, os mais regulares da equipa do FC Porto.

    Um abraço.

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  2. Numa altura em que lhe faltam alternativas, tem de fazer adaptações, Varela continua a travessia do deserto e por isso não há rapidez, jogadas de linha e contundência no ataque, mais que brilhar é importante ganhar. Foi o que aconteceu. Sem deslumbrar, o F.C.Porto cumpriu a sua obrigação e ganhou naturalmente.

    Abraço

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