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1. Não sou espectadora assídua da Praça da Alegria, mas sei a importância que tinha, por um lado, para o Centro de Produção do Porto da RTP e, por outro, para o próprio Norte do país, que tinha ali uma voz e uma oportunidade de mostrar o que tem e faz de melhor. Com a recente polémica fiquei a saber também que era o programa mais rentável da televisão pública, tendo gerado lucros de quase 4 milhões de euros em 2011. Como a todos aqueles que se preocupam com o futuro da nossa região e se opõem ao centralismo sufocante que lhe tolhe as oportunidades e as perspectivas, a deslocação do programa para Lisboa revolta-me.
Mas com toda esta história, não pude deixar de sonhar com um cenário: a contratação da Sónia Araújo para o Porto Canal, onde poderia fazer dupla com Ricardo Couto no programa das manhãs. Uma grande Portista que sempre se assumiu sem pedir desculpas a ninguém, que aparecia no programa de cachecol nos dias seguintes às nossas grandes vitórias, apesar das bocas de alguns trogloditas, e que poderia trazer consigo muitos dos espectadores descontentes com a actual Praça da Alegria, até porque, com o desastre que foi a transição para a TDT, muitas pessoas optaram por serviços de televisão por cabo, passando a receber o Porto Canal. Ainda por cima sabendo-se que boa parte da audiência do programa é constituída por emigrantes, e numa altura em que Júlio Magalhães revelou a intenção de chegar em breve a outros países da Europa e à América do Sul (desculpem o destino da link, mas não encontrei a notícia em mais nenhum lado). Não sei como é nem quanto dura o contrato da RTP com a Sónia Araújo (relegada agora para a insignificante tarde de Sábado), e imagino que os seus números estejam muito para além do praticado num canal que Juca classifica como “low cost”, mas seria um investimento rumo à nossa consolidação como canal generalista com relevância nacional. Provavelmente nada mais que uma utopia, mas não quis deixar de partilhar convosco.
2. Miguel Lopes não me deixa saudades. Não era um jogador à Porto e não passará de uma nota de rodapé quando, de futuro, olharmos para esta fase da nossa história. Quanto ao Izmaylov, apesar de não ser apreciadora dele nos lagartos (não a nível técnico, mas psicológico e de atitude), aprendi com o tempo - e em particular com o João Moutinho - a não julgar um jogador por aquilo que fez antes de chegar ao nosso clube, porque esta camisola (e quando digo “camisola”, leia-se equipa técnica, funcionários, ambiente, adeptos e toda a estrutura) tem super-poderes. Sê, por isso, muito bem-vindo. Sê feliz e faz-nos felizes.
3. Apesar dos super-poderes, a camisola não faz milagres nem tem, que eu saiba, o poder de rejuvenescer quem a veste, pelo que espero que a especulação seja mentira e que o chamado Levezinho nunca chegue a vesti-la. Mas se quando lerem isto estiver afinal provado que a especulação era verdade e que ele será efectivamente jogador do nosso clube, bem-vindo seja também. Se o treinador e o presidente o escolheram, quem sou eu para não lhe dar, pelo menos, o benefício da dúvida?
4. Já tanto se falou sobre o jogo de Domingo que não vale a pena dar-me ao trabalho de verter aqui a minha indignação por mais uma arbitragem vergonhosa, nem o nojo que me metem os média submissos ao clube do regime, nem mesmo o ridículo wishful thinking da Liga, ou de quem gere o seu site. Também não vou falar da frustração que sinto por não termos conseguido fazer novamente a festa no nosso salão, embora esta seja ligeiramente mitigada pela desilusão que sei que sentem também os adeptos adversários, convencidos que estavam pela habitual "onda vermelha" sensacionalista de que a sua equipa estava muito melhor do que a nossa e que desta vez seriam capazes de nos levar de vencida.
Nada disso. Invoco o jogo de Domingo apenas para deixar aqui registado o quanto gostei de ouvir o Vítor Pereira no final. A pôr os pontos nos ii, sem constrangimentos, sem hesitações, a dizer aquilo que tinha de ser dito. Não apenas sobre a arbitragem, mas sobre aquilo que é e que vale o clube do regime, para lá do barulho das luzes. Gostei da postura resoluta, do conteúdo inequívoco, e foi impressão minha ou até a pronúncia do Norte lhe saiu mais acentuada do que é costume? Grande Vítor Pereira! Isto é falar à Porto! Agora siga, fazer um resto de época ao nível destas palavras.
O Fair-Play é uma treta
ResponderEliminarhttp://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=3-JdfGuX5Xc
0:27 - fora de jogo inexistente de Defour (o 1º de 3 erros graves, sendo este o mais evidente)
0:35 - pisadela intencional de Matic a Defour (lance para amarelo, no mínimo)
0:51 - fora de jogo inexistente de Varela
1:14 - falta por trás de Maxi a Varela (1º lance para amarelo)
2:28 - Jardel derruba Moutinho. Nem procura jogar a bola, apenas o jogador (lance para amarelo, no mínimo)
2:37 - jogo perigoso e mão na bola de Maxi. podeserojoao dá lançamento lateral
2:47 - Maxi derruba Alex Sandro (novo lance para amarelo, podia ser o 2º e ainda decorria a 1º parte do encontro)
2:59 - fora de jogo inexistente assinalado a Varela (3º erro grave do fiscal de linha)
3:08 - Enzo atinge Moutinho com o cotovela (nem a falta foi assinalada)
3:19 - Obstrução de Maxi a Defour (nem a falta foi assinalada)
3:27 - Obstrução de Maxi a Mangala
3:37 - falta por trás de Matic a Alex Sandro (nenhuma admoestação)
3:50 - nova falta para amarelo de Matic
3:57 - ninja Maxi a bater em tudo o que mexe (apenas amarelado)
O jogo de domingo foi, de fato, a afirmação de VP. Deu um murro na mesa em relação a todos. Aos que dizem que não entende, e aos que pensam que são mais espertos, apenas ofendendo a nossa inteligência.
ResponderEliminarE, hoje ele congregou os adeptos à volta dele, como nunca antes... Assim a resposta neste fim de semana seja igual por parte dos jogadores, e quem irá numa caminhada sem parar até ao fim seremos nós... como nos compete, aliás.
Com Levezinho ou sem ele. (Para meu gosto, sem ele...)
Ontem, por acaso, a outra equipe ganhou, sem espinhas, mas segundo o painel do Jogo, o Jardel deveria ter visto nada menos de 3 amarelos... -
Que não nos deixemos adormecer: o show continua. Foi só uma pequena paragem.
Razão maior para sermos muito eficazes em campo contra as equipes aparentemente mais fracas.
"Agora siga, fazer um resto de época ao nível destas palavras."