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Hoje, em meados de Fevereiro, parece difícil de acreditar. Mas sim, foi verdade. O FC Porto foi o Campeão de Inverno 2015/2016. Valha isso o que valer, não é assunto de pouca importância, pois não raras vezes coincide com o campeão no final do ano. É um indicador que não dá palmarés, mas que dá confiança e estabilidade para o que resta da época. Sinaliza o final de ano e, já se sabe, candeia que vai à frente…
Esse “título” ou essa menção honrosa – chamemos-lhe assim – foi aproveitada por Pinto da Costa para parodiar os assobios do Dragão, dizendo que davam sorte à equipa. Ou seja, em finais de 2015, o Presidente veio dar um voto de confiança a Lopetegui, contrariando e fazendo pouco das vozes críticas que se faziam ouvir nos jogos dos azuis em brancos em casa.
A 7 de Janeiro de 2016, tudo havia mudado. O Presidente, diz-se, não pôde mais segurar Lopetegui, pressionado (?!) por várias frentes e sectores. Segundo consta, Pinto da Costa era mesmo o único que estava relutante em despedir o treinador basco. No entanto, não devia estar assim tão relutante, visto que o despedimento se deu sem acordo entre as partes.
O que se seguiu ao dia 7 de Janeiro foi um compêndio de como não se deve gerir um clube de futebol. Foi, digamos, o contrário do que foi a norma da era Pinto da Costa no FC Porto. Foi a norma, leram bem. Os dias passaram e não havia homem escolhido para suceder ao basco. Portanto, ficamos a saber que no FC Porto dos dias de hoje se despedem treinadores sem se ter um plano ou carta na manga. Surgiram várias hipóteses: o sempre cogitado Villas-Boas, que logo se apressou a dizer que não tinha interesse em voltar já a Portugal; Leonardo Jardim, que tinha cláusulas contratuais que o impediam de regressar a Portugal; Marco Silva, idem; Sérgio Conceição, envolvido num relambório verdadeiramente amador e estapafúrdio, pessimamente gerido, que terminou com mais uma derrota do clube em Guimarães e com a impossibilidade de Sérgio ingressar no Dragão. Pelo meio ainda se falou de Bielsa e de outros.
Peseiro foi o escolhido. Deu o peito às balas, disse que tinha sido a primeira opção, teve discurso fluído e entusiasta. Nada a apontar. Embora se soubesse que vinha para uma missão quase suicida: levantar o actual FC Porto do solo, quase inanimado por um auto-KO aplicado pela sua SAD.
Depois desse 7 de Janeiro, o panorama não é animador. Se é verdade que se garantiu praticamente o Jamor e se conseguiu uma vitória categórica no Estoril (como há muito não se via…), os números não nos deixam mentir. O FC Porto está praticamente afastado do título e teve uma prestação vergonhosa na Taça da Liga, com derrotas diante do Famalicão e Feirense (uma delas ainda com Rui Barros). Pelo meio ainda se vendeu Imbula e Tello, contratando os impagáveis Suk, Marega e José Sá, esses grandes craques da bola que tanta falta faziam por cá.
Agora, quando se pensava que as coisas estavam a melhorar, nova derrota em casa frente ao Arouca. Vergonhas atrás de vergonhas. Humilhações atrás de humilhações, como aquele de termos que assistir, no nosso estádio, a um capitão nosso virar costas ao jogo, nós que vimos o João Pinto, o Aloísio, o André, o Jorge Costa, o Baía, o Emanuel, entre outros, a envergar aquela braçadeira. E agora esfragam-nos assim na cara a nossa falta de mística, de vontade, de querer, de raça, de orgulho.
Claro que o problema não era Lopetegui. Como não era Vítor Pereira e até, arrisco, Paulo Fonseca. Quando as coisas funcionam bem, quando há um projecto e uma estrutura, quando as coisas estão alinhadas nos carris, o mais fácil é mesmo ser-se campeão. Hoje, pelo contrário, ser campeão no FC Porto não é difícil. É muito difícil. Quase impossível.
Só que os adeptos portistas ainda não perceberam isso. Lopetegui virou assunto tabu, dogma de fé. Se alguém mais esclarecido e mais objectivo diz numa sala ou num qualquer grupo de facebook que estamos hoje MUITO pior do que quando havia Lopetegui, respondem-nos de pronto que a situação era “insustentável” (?), que a destruição do FC Porto foi culpa dele (?), que “não havia condições” (?), que “tinha o balneário contra ele” (?), que o futebol jogador era pobre e sonolento (?).
Mas porra, à excepção de Villas-Boas, há algum treinador que tenha sido elogiado e aplaudido no Dragão? Jesualdo era assobiado jogo sim jogo não. A Vítor Pereira aplicavam a chapa jogo sim jogo sim. Paulo Fonseca foi comido vivo. Lopetegui era odiado e desprezado.
Desde quando estar na Taça de Portugal e em 2º lugar a pouquíssimos pontos do primeiro lugar é uma situação insustentável? Desde quando isso configura uma situação de inexistência de condições? E mais: desde quando é o balneário do FC Porto a despedir treinadores? Desde quando é que o FC Porto não tem um futebol sonolento e pausado? Ah, já sei a resposta: desde o nosso querido Villas-Boas!
Já nos bastava ter uma Direcção amorfa e mais preocupada com negócios e negociatas. Mas agora, além disso, temos também adeptos incapazes de engolir a soberba e com a mania das grandezas. Estes dois ingredientes combinados não costumam dar bom resultado.
Rodrigo de Almada Martins
Esse “título” ou essa menção honrosa – chamemos-lhe assim – foi aproveitada por Pinto da Costa para parodiar os assobios do Dragão, dizendo que davam sorte à equipa. Ou seja, em finais de 2015, o Presidente veio dar um voto de confiança a Lopetegui, contrariando e fazendo pouco das vozes críticas que se faziam ouvir nos jogos dos azuis em brancos em casa.
A 7 de Janeiro de 2016, tudo havia mudado. O Presidente, diz-se, não pôde mais segurar Lopetegui, pressionado (?!) por várias frentes e sectores. Segundo consta, Pinto da Costa era mesmo o único que estava relutante em despedir o treinador basco. No entanto, não devia estar assim tão relutante, visto que o despedimento se deu sem acordo entre as partes.
O que se seguiu ao dia 7 de Janeiro foi um compêndio de como não se deve gerir um clube de futebol. Foi, digamos, o contrário do que foi a norma da era Pinto da Costa no FC Porto. Foi a norma, leram bem. Os dias passaram e não havia homem escolhido para suceder ao basco. Portanto, ficamos a saber que no FC Porto dos dias de hoje se despedem treinadores sem se ter um plano ou carta na manga. Surgiram várias hipóteses: o sempre cogitado Villas-Boas, que logo se apressou a dizer que não tinha interesse em voltar já a Portugal; Leonardo Jardim, que tinha cláusulas contratuais que o impediam de regressar a Portugal; Marco Silva, idem; Sérgio Conceição, envolvido num relambório verdadeiramente amador e estapafúrdio, pessimamente gerido, que terminou com mais uma derrota do clube em Guimarães e com a impossibilidade de Sérgio ingressar no Dragão. Pelo meio ainda se falou de Bielsa e de outros.
Peseiro foi o escolhido. Deu o peito às balas, disse que tinha sido a primeira opção, teve discurso fluído e entusiasta. Nada a apontar. Embora se soubesse que vinha para uma missão quase suicida: levantar o actual FC Porto do solo, quase inanimado por um auto-KO aplicado pela sua SAD.
Depois desse 7 de Janeiro, o panorama não é animador. Se é verdade que se garantiu praticamente o Jamor e se conseguiu uma vitória categórica no Estoril (como há muito não se via…), os números não nos deixam mentir. O FC Porto está praticamente afastado do título e teve uma prestação vergonhosa na Taça da Liga, com derrotas diante do Famalicão e Feirense (uma delas ainda com Rui Barros). Pelo meio ainda se vendeu Imbula e Tello, contratando os impagáveis Suk, Marega e José Sá, esses grandes craques da bola que tanta falta faziam por cá.
Agora, quando se pensava que as coisas estavam a melhorar, nova derrota em casa frente ao Arouca. Vergonhas atrás de vergonhas. Humilhações atrás de humilhações, como aquele de termos que assistir, no nosso estádio, a um capitão nosso virar costas ao jogo, nós que vimos o João Pinto, o Aloísio, o André, o Jorge Costa, o Baía, o Emanuel, entre outros, a envergar aquela braçadeira. E agora esfragam-nos assim na cara a nossa falta de mística, de vontade, de querer, de raça, de orgulho.
Claro que o problema não era Lopetegui. Como não era Vítor Pereira e até, arrisco, Paulo Fonseca. Quando as coisas funcionam bem, quando há um projecto e uma estrutura, quando as coisas estão alinhadas nos carris, o mais fácil é mesmo ser-se campeão. Hoje, pelo contrário, ser campeão no FC Porto não é difícil. É muito difícil. Quase impossível.
Só que os adeptos portistas ainda não perceberam isso. Lopetegui virou assunto tabu, dogma de fé. Se alguém mais esclarecido e mais objectivo diz numa sala ou num qualquer grupo de facebook que estamos hoje MUITO pior do que quando havia Lopetegui, respondem-nos de pronto que a situação era “insustentável” (?), que a destruição do FC Porto foi culpa dele (?), que “não havia condições” (?), que “tinha o balneário contra ele” (?), que o futebol jogador era pobre e sonolento (?).
Mas porra, à excepção de Villas-Boas, há algum treinador que tenha sido elogiado e aplaudido no Dragão? Jesualdo era assobiado jogo sim jogo não. A Vítor Pereira aplicavam a chapa jogo sim jogo sim. Paulo Fonseca foi comido vivo. Lopetegui era odiado e desprezado.
Desde quando estar na Taça de Portugal e em 2º lugar a pouquíssimos pontos do primeiro lugar é uma situação insustentável? Desde quando isso configura uma situação de inexistência de condições? E mais: desde quando é o balneário do FC Porto a despedir treinadores? Desde quando é que o FC Porto não tem um futebol sonolento e pausado? Ah, já sei a resposta: desde o nosso querido Villas-Boas!
Já nos bastava ter uma Direcção amorfa e mais preocupada com negócios e negociatas. Mas agora, além disso, temos também adeptos incapazes de engolir a soberba e com a mania das grandezas. Estes dois ingredientes combinados não costumam dar bom resultado.
Rodrigo de Almada Martins
Esta sad da cor do equipamento café não defende o clube (Porto Canal) e tem uma política de contratações absurda (Adrian Lopez, Imbula, Dani Osvaldo, Cissoko, J. Angel, Herrera, Bolat, Lopetegui etc.).
ResponderEliminarEu só espero que esta derrota histórica que vamos sofrer na porta 18 ponha fim a esta direcção eivada de PODRIDÃO, para que assim possa renascer O MEU, O TEU, O NOSSO FCPORTO.
Luís (O do Nuno Espírito Santo, Pedro Martins, ou Lito Vidigal)
Meu caro Rodrigo, a resposta é simples às suas perguntas:
ResponderEliminarDesde que temos o Triunvirato: A SAD ausente, o adepto exigente e o jogador indiferente! A isso os nossos inimigos batem palmas!
Quantas derrotas tinha Lopetegui? E que meios? O "melhor plantel dos últimos 30 anos"? Não me lixem!
Falou a verdade: não lhe preencheram as lacunas que pretendia. Ganharam 114M, pedem mais 72!
Agora, corremos o risco de nem à Champions ir! Talvez assim se desça um pouco à terra!
Pobre Peseiro, quererem fazer dele santo milagreiro!
Abraço
Começamos a época apenas com um avançado e agora não temos uma dupla de centrais.
ResponderEliminarO amadorismo a incompetência e a irresponsabilidade da SAD do FCPorto é gritante.
O sucesso dá muito trabalho.
Como tantas vezes batalhei aqui neste blog, e noutros espaços, Lopetegui nunca foi o problema do Porto.
ResponderEliminarMais... arrisco-me mesmo a dizer que tivemos sorte em ter Lopetegui durante o período que cá esteve. A maior parte se tivesse que suportar o ódio que lhe dedicaram, fugia. Basta ver a forma como Paulo Fonseca quebrou (e fugiu) quando a pressão começou a apertar.
Vejo tantos adeptos portistas quase a desejarem a morte ao basco, mas esquecem que enquanto ele cá esteve, e nos 3 jogos que disputamos com os mouros, NUNCA tivemos medo de os defrontar.
Mesmo na derrota que tivemos com eles, os amnésicos adeptos portistas esquecem que fizemos um grande jogo, encostando completamente as codornizes às cordas. Infelizmente os ferros e a eficácia sobrenatural dos vermelhos estiveram contra nós.
Inclusivé com este mesmo plantel, que de galáctico nada teve (a maior mentira dada aos portistas que a comeram com palas), não tivemos medo de jogar com eles cá no Dragão. Começamos mal, mas na 2ª parte mostramos-lhes o que era o FC Porto.
Para logo à noite, há o sonho, a esperança, que o FC Porto vá buscar a honra, a garra algures e nos surpreenda a todos. Mas a realidade, é que pela primeira vez na minha existência, sinto que o slb é o claro favorito para este jogo.
E sinceramente, ODEIO essa sensação.
Não estou com isto a criticar Peseiro. Se ainda existe algures uma réstia de esperança para logo, a ele se deve.
O sucesso desportivo do clube que se PHOD, o que interessa para a Sad é os negócios das vendas de jogadores.
ResponderEliminarHá coisas aqui que me incomodam um pouco. Há gente aqui que defende o Lopetegui? Que o problema não era ele? Concordo plenamente ! Mas a sua saída era era obrigatório! Porque ele não conseguiu ou os jogadores não foram capazes de pôr em pratica a ideia dele. Quantas vezes o porto sofreu um golo,e ficava logo a sensação que não íamos criar oportunidades para dar a volta ao resultado? O problema dele foi de não ter conseguido se renovar quando todos os treinadores da primeira ou da segunda liga sabia perfeitamente o modelo de jogo do fc porto. Aí sim foi culpa dele mas quem mandou vender os danilos, Alex Sandro, jackson... Como é que o nosso maior rival consegue guardar os jogadores de categoria como o gaitan ou salvio é que nós ao fim de um ano ou dois vendemos os nossos melhores jogadores? Treta de merda! Dinheiro dinheiro para quê ? Tanto dinheiro a entrar para quê? Onde ele está? Para comprar jogadores sem qualidade nenhuma? Por amor de Deus, vamos voltar ao que sabemos fazer . Centrais fortes que não comprometem, laterais seguros a defender sobretudo, um trinco todo terreno (acho o Danilo fenomenal), um meio campo trabalhador com um criativo. E três à frente com dois extremos é um ponto de lança eficaz. Dito isso onde os perfis de Osvaldo, herrera, maicon, etc encaixam?
ResponderEliminarTanta falta de coerência, meu Deus! Então queriam continuar com o JL? O que é que el3 fez de bom com a eqyipa do primeiro ano? Quantos títulos? Quantas taças? Fomos barriga de aluguer de Madrid, lançamos/ relançamos jogadores do Real e Atlético, e que é que ganhamos com isso? Foram-se embora depois de os promovermos. Somos uns gajos porreiros não somos. A SAD o que é que fez nisto tudo? Aceitou. Diz-se na minha/vossa terra que quem cala consente, então os Dirigentes são (i)responsáveis. Fizeram milhões, vendaram o (ainda) tinhamos de bom. Bestial... Fireram contratações formidaveis em Julho que foram despachadas em Janeiro, as lacunas na equipa, que toda a gente vê (menos a SAD) não foram resolvidas, e ainda ( noticia de última hora) fomos emprestar um guarda redes em que apostamos forte e feio,perdendo a possibilidade de o incluir nos jogadores formados no clube perante a prespectiva de poder jogar 4 meses na primeira divisão ( já agora será que vai ser mesmo titular???). O FCP está a arder e quem o trouxe até aqui parece apostado em leva-lo de volta ao passado de 18 anos sem ser campeão.
ResponderEliminarNão acredito nada nesta equipa, nesta SAD, e já nem no Presidente. Só tenho é pena do Peseiro, que vai ser o cordeiro sacrificado, sim porque uma coisa é certa: a culpa não é dos Dirigentes.
Não vou ver o jogo, não quero ouvir falar do jogo, não quero ver ninguem. Vou tentar desligar o rádio, TV, e ver um filme no computador. Estpu deprimido e esta m... só me deprime ainda mais. F...
Antonio , entendo o seu sentimento, porque quis fazer o mesmo. Não queria assistir ao jogo, queria ir dar uma volta , me afastar durante duas horas de qualquer média. Acredito que lhe vai custar como eu sofro estes últimos tempos. Sofremos porque vemos o nosso clube como parte inerente da nossa própria família. É por isso que mudei de ideias . Vou ver o jogo. Como se fosse a enfrentar uma doença de um familiar, estando ao lado dele, sem fechar os olhos. Cabeça erguida! Nos portistas temos esse dever , porque ele (FUTEBOL CLUBE DO PORTO) ja fez tanto por nós. E se não for nós a apoiá-lo quém o fará? Os dirigentes? Vamos estar ao lado do nosso emblema e ajudá-la da nossa forma a ultrapassar esta fase , com a nossa voz, com os nossos votos, sempre orgulhosos da nossa história! Somos exigentes , e mais cedo ou mais tarde a pressão será tão grande que haverá mudança no bom sentido. Estou convicto disso. Mas não viram as costas ao emblema , nos portistas ficamos em campo acontece o que acontecer .
ResponderEliminarMUITO, MUITO, MUITO, satisfeito por me ter enganado.
ResponderEliminarTivemos EFICÁCIA, SORTE, um GRANDE Casillas, 13 GUERREIROS e um VERDADEIRO TREINADOR.
Contudo, como felizmente não dispomos da propaganda jornalística, sediada na porta 18, a criar falsas ilusões, TEMOS DE MELHORAR.
Os AZUIS E BRANCOS deram muito espaço entre a defesa e o meio campo.
Luís (O do Nuno Espírito Santo, Pedro Martins, ou Lito Vidigal)