1 - Começo com uma premissa que me parece polémica. No ante-penúltimo “Nortada”, Miguel Sousa Tavares disparou, a certa altura: "Liedson e Quaresma são os únicos grandes jogadores que restam na Liga portuguesa".
É visível, já a algum tempo, que MST é uma sombra do cronista cáustico, sobranceiro e contundente de outrora. A polémica, q.b., continua presente, mas o articulista tem usado agora uma espécie de punhos de renda, mais parecendo um espadachim cheio de regras de etiqueta, do que o franco-atirador do passado, disparando sem dó nem piedade nos estereótipos que pululam por este futebol luso.
Desmistificando a ideia inicial, o futebol tuga tem, ainda, o prazer de ver jogar Lisandro e Lucho, dois argentinos que semanalmente nos trazem os passos do tango, em bailados coreografados, com o doce sabor das especiarias de além-mar. Opiniões…
2 - O final da semana passada foi marcado pela notícia de castigos aplicados sumariamente, pela Comissão de Arbitragem, a 6 árbitros. Passando os olhos pelos nomes, era fácil constatar que os dois últimos juízes envolvidos em jogos do Porto apareciam nessa lista, uma espécie de punição em praça pública, só faltando a lapidação, à moda muçulmana. Dei por mim a pensar que as “pobres” alminhas devem ter tido exibições medíocres, motivadoras das punições. E tiveram. Erros grosseiros, escalpelizados na imprensa dita séria, favorecendo o Porto, apontam-se dois. Golo de Lisandro, contra o Leixões, após toque com a mão, e o golo de Postiga, num claro fora-de-jogo. O reverso da medalha, nas mesmas exibições, ficou mais uma vez por contar. Uma mão cheia de asneiras, prejudicando os Dragões, com penaltys por marcar, golos mal invalidados, sem que o contraditório da imprensa os focasse, com a mesma mediatização. Curioso [para não lhe chamar outra coisa] é que apenas agora Vítor Pereira e os seus pares tenham decidido punir os prevaricadores. Um campeonato marcado por constantes adulterações de resultados, jornada após jornada, mas agora é que lhes deu o prurido. Parece o ressuscitamento dos processos sumaríssimos, que curiosamente também só viam azul e branco à frente. Eles bem que tentam, de todas as formas…
3 - Numa análise aos rivais, agora que está decorrido um terço da maior prova do País, sentimos todos uma incómoda sensação de dejá-vu, como se fosse impossível a regeneração dos personagens que teimam em utilizar tácticas de guerrilha. A Sul, nada de novo. Em 10 jornadas em que os juízes foram, na grande maioria, os protagonistas, as bandas de Alvalade lá vão, monotonamente, abanando os “fantasmas” dos erros arbitrais, auto-vitimizando-se na praça pública, como Cristos flagelados. A realidade, eternamente escamoteada, continua bem oculta, como se os dirigentes do Sporting fossem personagens de um qualquer seriado televisivo, varrendo o lixo para debaixo dos tapetes, criando um cenário esterilizado, mas artificial. Sem pudores, valorizam o que lhes é benéfico, agudizando erros pontuais dos homens do apito. Venceram uma prova oficial com um erro grosseiro [este, pelos vistos, não foi suficiente para que o seu autor fosse punido], vão-se mantendo na corrida às restantes provas nacionais com o beneplácito do seu goleador, que camufla as insuficiências de um plantel parco em qualidade, e onde a sagacidade de Carlos Freitas, na descoberta de “talentos”, se vê na utilidade de Purovic e afins…
4 - Cruzando a 2ª circular, o vizinho de cores mais vivas continua à luta com as questões metafísicas. Camacho descobriu, pouco tempo depois de aterrar em Portugal, o porquê da ausência de vitórias no clube “mais grande” do Mundo. E era simples, a conclusão. “A bola não entra”, afirma a versão espanhola de Jaime Pacheco, repetindo isso até à exaustão, como se fosse uma verdade inquestionável. Não tarda e, como li algures, ainda vamos ter a famigerada Maria José Morgado a investigar as bolas usadas na Superliga…
2 - O final da semana passada foi marcado pela notícia de castigos aplicados sumariamente, pela Comissão de Arbitragem, a 6 árbitros. Passando os olhos pelos nomes, era fácil constatar que os dois últimos juízes envolvidos em jogos do Porto apareciam nessa lista, uma espécie de punição em praça pública, só faltando a lapidação, à moda muçulmana. Dei por mim a pensar que as “pobres” alminhas devem ter tido exibições medíocres, motivadoras das punições. E tiveram. Erros grosseiros, escalpelizados na imprensa dita séria, favorecendo o Porto, apontam-se dois. Golo de Lisandro, contra o Leixões, após toque com a mão, e o golo de Postiga, num claro fora-de-jogo. O reverso da medalha, nas mesmas exibições, ficou mais uma vez por contar. Uma mão cheia de asneiras, prejudicando os Dragões, com penaltys por marcar, golos mal invalidados, sem que o contraditório da imprensa os focasse, com a mesma mediatização. Curioso [para não lhe chamar outra coisa] é que apenas agora Vítor Pereira e os seus pares tenham decidido punir os prevaricadores. Um campeonato marcado por constantes adulterações de resultados, jornada após jornada, mas agora é que lhes deu o prurido. Parece o ressuscitamento dos processos sumaríssimos, que curiosamente também só viam azul e branco à frente. Eles bem que tentam, de todas as formas…
3 - Numa análise aos rivais, agora que está decorrido um terço da maior prova do País, sentimos todos uma incómoda sensação de dejá-vu, como se fosse impossível a regeneração dos personagens que teimam em utilizar tácticas de guerrilha. A Sul, nada de novo. Em 10 jornadas em que os juízes foram, na grande maioria, os protagonistas, as bandas de Alvalade lá vão, monotonamente, abanando os “fantasmas” dos erros arbitrais, auto-vitimizando-se na praça pública, como Cristos flagelados. A realidade, eternamente escamoteada, continua bem oculta, como se os dirigentes do Sporting fossem personagens de um qualquer seriado televisivo, varrendo o lixo para debaixo dos tapetes, criando um cenário esterilizado, mas artificial. Sem pudores, valorizam o que lhes é benéfico, agudizando erros pontuais dos homens do apito. Venceram uma prova oficial com um erro grosseiro [este, pelos vistos, não foi suficiente para que o seu autor fosse punido], vão-se mantendo na corrida às restantes provas nacionais com o beneplácito do seu goleador, que camufla as insuficiências de um plantel parco em qualidade, e onde a sagacidade de Carlos Freitas, na descoberta de “talentos”, se vê na utilidade de Purovic e afins…
4 - Cruzando a 2ª circular, o vizinho de cores mais vivas continua à luta com as questões metafísicas. Camacho descobriu, pouco tempo depois de aterrar em Portugal, o porquê da ausência de vitórias no clube “mais grande” do Mundo. E era simples, a conclusão. “A bola não entra”, afirma a versão espanhola de Jaime Pacheco, repetindo isso até à exaustão, como se fosse uma verdade inquestionável. Não tarda e, como li algures, ainda vamos ter a famigerada Maria José Morgado a investigar as bolas usadas na Superliga…
Enquanto essa investigação não começa, assistiu-se ao fim dos encarnados na Taça da Liga. Verdade seja dita que, desde a 1ª eliminatória, o Benfica parecia um nado-morto, mantido artificialmente ligado à vida pela pressurosa prestação dos homens do apito, injectando soro e vitaminas quando o fim parecia próprio. O moribundo, agarrado desesperadamente à vida, aproveitou as benesses na Amadora, quase resistindo a novo episódio traumático em Setúbal, tão diligente foi o juiz da partida. Felizmente, os comandados de Carvalhal superaram-se e desligaram a máquina. Aqui entra a onomatopeia. Piiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii. Paz à sua alma…
5 - O momento mais empolgante da temporada, narrado pela rádio:
5 - O momento mais empolgante da temporada, narrado pela rádio:
“Tarik Sektioui passa por dois, avança rápido…”
“Grande finta de Tarik, isola-se… pode fazer o golo…”
“Finta o guarda-redes… vai ser golo…”
“Gooolooooooo do Porto… grande jogada do marroquino…”
“É nosso o golo, é nosso o mérito no Estádio do Dragão…”
“Grande finta de Tarik, isola-se… pode fazer o golo…”
“Finta o guarda-redes… vai ser golo…”
“Gooolooooooo do Porto… grande jogada do marroquino…”
“É nosso o golo, é nosso o mérito no Estádio do Dragão…”
E agora imaginem-se em viagem, sentados numa anónima cadeira de um superlotado comboio. A ansiedade corroendo o estômago, mas o ar sereno, alisando a postura, contrapondo-se ao nervosismo. E depois isto. A cavalgada. O aumento de excitação na voz do locutor. O meu corpo a soerguer-se, inconscientemente, da cadeira. O coração a bombear com força exagerada. Depois, as mais preciosas palavras para um adepto sequioso. "Gooooloooo do Porto". E os olhares dos passageiros, mirando-me entre o desconfiado [juro que vi uma velhinha a benzer-se] e o divertido. Que importa se me acham um extra-terrestre ou um louco fugido de um asilo? Foi golo, e um dos mais belos que já vi. Merecia ser comemorado convenientemente. E foi!
ps - Sim, também existe o reverso da medalha. A incredulidade com que se assiste, num calmo serão de Domingo, à sobranceria e displicência que esbanjam dois pontos na Amadora. Por momentos parecia que tinha mergulhado numa realidade alternativa e que nada daquilo estava a acontecer. Mas estava, para mal dos meus pecados. Sempre me custou imenso perder [e aquele resultado, para mim, é uma derrota], mas quando é assim, desta forma, fico a pensar quão injusto é o destino. Foi terrível a noite que se seguiu, com o cérebro incapaz de desligar dos penosos momentos, parecendo uma cassete de vídeo estragada, repisando os mesmos lances. Há dias em que me apetecia mesmo só gostar de golfe. Assim como assim, parece-me um desporto terrivelmente chato e inócuo, mas o meu sistema nervoso e cardíaco só iria agradecer a escolha...
Pois meu caro Paulo além de todas as considerações (sempre acertadas) que fazes deixa-me acrescentar q a última da Comissão de Arbitragem é q baixaram a nota de Pedro Proença no FCP-SCP por n ter mostrado amarelo a P.Emanuel e vermelho a Quaresma ambos reclamados pelo scp e não mencionados pelo observador. Isto é o mesmo q dizer senhores árbitros se não castigarem o FCPorto pagam por isso. Num País de democracia custa muito não sermos tratados com equidade e justiça. Quanto ao momento sublime deixa-me dizer-te q me levantei do sofá (ao ver a jogada do tarik) e fiquei de boca aberta sem dizer nada. Valeu pelo jogo todo. Quanto à Amadora é como já te disse não sabia onde me meter. Mas agora já só penso no Vitória de Setúbal e na Vitória do FCPorto.
ResponderEliminarA noticia de que vão baixar a nota desse arbito é revoltante pois como disse o Lucho vai condicionar a actuação dos arbitos nos jogos doo FCP. Lembro que este mesmo arbito viu uma falta merecedora de amarelo para um jogador do FCP no slb-FCP do ano passado e logo a seguir o critério não foi o mesmo.Na altura não se tomou esta decisão de rever a nota, no entanto os lagartos perderam um jogo c/ FCP e perderam bem e já estao a ter peninha dos coitados.
ResponderEliminarJá estou habituado que o FCP é sp usado como cobaia nesta "experiências" da liga, foi assim qd suspenderam o Paulinho ate o Joãosinho se recuperar , foi assim c/ os proc. sumários, e agora c/ alteração da nota dos arbitos.
Isto é uma autentica guerrilha. E o povo vai achando graça a isto tudo e esquece-se que isto tudo serve para lavar a merda toda de Lisboa (não falo das gentes de lx mas sim do poder lá instalado).
Qualquer dia farto-me disto e vou filiar-me num desses partidos do poder e vou a Alvalade conversar c/ quem manda nesta m.... para ganhar algum tacho, talvez mesmo ser admin. do scp, para isso basta dizer "eh pá tivemos azar e o FCP anda ao colo", PALHAÇOS.
Viva !
ResponderEliminarGostei muito de rever o golo com os comentários em Francês. Sobretudo os do Larqué (é o mais exaltado ), antigo internacional do Saint Etienne.
Lucho, apesar da greve dos comboios, metro, autocarros, etc. continuar, o l'Equipe chegou às bancas. Fica-se a saber que perante 400 espectadores o Paris foi ganhar ao VilleFranche-Beaujolais (recem chegado à 1divisão) por 31 a 21.
Amanhã ou sábado talvez haja mais notícias sobre o assunto.
E Viva o Porto !
Pois bem Paulo, ninguém percebe aquilo que se passa com a arbitragem neste país. Vi o Prós e Contras e pensei que ia aprender alguma coisa, mas penso que só enrolam e quando fazem alguma coisa é sempre de maneira muito duvidosa.
ResponderEliminarQuanto ao golo do Tarik adorei, do sítio onde estou deu para ver a mudança de aceleração na perfeição, até fiquei doudo com aquilo.
Um abraço.
Julgo k, como é habitual, chegamos aquela fase da época em que começam as movimentações de secretaria. Nada a k não estejamos habituados...
ResponderEliminarE é isso k me preocupa, na recepção aos sadinos, mais do k o bol futebol k a equipa de Carvalhar está a praticar. Antes da ida ao "circo", nao me admirava, em conversas com o meu pai, k Quaresma, Lucho ou Lisandro fossem alvo de algum cartão k os impedisse de viajar até Lisboa. O alvo, pelo k se lê hoje na imprensa, é Quaresma, já debaixo da atenção dos sumaríssimos...
Só prova k, mesmo com os dois empates consecutivos, continuamos a assustar essa gentinha, sempre com manobras de bastidores para conseuir alguma vantagem...
Viva !
ResponderEliminarSexta há um amigável : França Marrocos. O estádio já está cheio. Cerca de 80 mil pessoas. Veremos se se fala do Tarik ou não !
E Viva o Porto !
Eu prefiro ignorar a cambada e continuar a deleitar-me com o golo do Tarik.
ResponderEliminarIsso é futebol, o resto ... uma vergonha.
E lá temos mais uma vez de estar em alerta máximo, mas isso é que faz a nosa força.