15 maio, 2009

1 comentário:

  1. JORGE MAIA E RUI MOREIRA

    O valor da Taça

    Quanto vale uma Taça? Depende da Taça, claro, mas não só. As Taças, sejam elas de Portugal ou da Liga, são mais ou menos como os zeros. Sozinhas não valem grande coisa, mas ao lado de um campeonato, por exemplo, podem multiplicar-lhe o valor exponencialmente, daí que se chame ao conjunto formado pela conquista de um campeonato mais uma taça na mesma época de "dobradinha". Por isso ou porque, dobradinhas, custam mais aos adversários engolir. Seja como for, numa altura em que a conquista do campeonato já começa a ser uma espécie de rendimento mínimo garantido para os lados do Dragão, juntar-lhe a Taça de Portugal pode fazer a diferença entre o que é uma época como as outras e uma época excepcional. Ora, esse é apenas um dos motivos para que a presença no Jamor, no dia 31, esteja a ser preparada com todo o cuidado pelo FC Porto. Há outros. O facto de Jesualdo Ferreira nunca ter conquistado uma Taça de Portugal como técnico principal, por exemplo, ou a evidência mais genérica de não ter conseguido vencer nenhuma final desde que chegou ao FC Porto. Enguiços que uma época excepcional pode quebrar.

    Jorge Maia n' O Jogo.


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    COLUNA DE SENADOR NA BOLA

    CONTRA o Nacional da Madeira, que foi um digno e valoroso adversário, o FC Porto garantiu, no domingo, a conquista do Tetra. Só falta, agora, garantir a dobradinha, para que esta época extraordinária, que coincide também com o fim do calvário dos «Apitos» e das tentativas de excluir o FC Porto das competições europeias, termine em beleza. É verdade que este foi o ano de Jesualdo Ferreira. É justo dizer que se não fossem a sua experiência e competência, talvez não tivesse sido possível ganhar este campeonato, depois dos aziagos dias do Outono, em que a equipa não parecia capaz de «dar a volta» por cima e reorganizar-se depois da saída de alguns dos seus melhores jogadores.
    Também foi o ano de jogadores «à Porto», como Bruno Alves, Meireles, Lisandro e Fernando. É verdade que também houve o surpreendente Hulk e o fantástico Cissoko, e pode até parecer injusto esquecer a classe de Lucho, o grande maestro, ou a velocidade de Rodriguez e Mariano, que rasgam qualquer defesa, mas foi esse quarteto que, nos momentos mais difíceis, nunca perdeu o Norte.

    No entanto, se há alguém que merece ficar ligado a mais este título, é seguramente Pinto da Costa. Por um lado porque a marca alcançada lhe permite ultrapassar o mítico Santiago Bernabéu, na lista dos dirigentes com mais títulos conseguidos. Por outro lado, porque pode celebrar esta vitória depois de ter ultrapassado uma fase de desventuras e amarguras pessoais, de processos judiciais, depois de insultos e das ofensas, de muitas perseguições de que foi alvo.

    O presidente do FC Porto surge, pois, como o grande vencedor do ano. E, quando há vencedores, há naturalmente vencidos. A estes poupo-lhes os nomes. Afinal, o que importa é que os grandes derrotados foram a inveja e a insídia.

    Rui Moreira n' A Bola.

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