27 maio, 2009

A menina dança a Valsa?

O momento mais alto da história do FC Porto até então, foi a vitória na Taça dos Clubes Campeões Europeus na época de 1986-87. O FC Porto teve um percurso quase perfeito até à final. O jogo decisivo disputou-se frente ao Bayern de Munique. Ninguém ousava vaticinar o triunfo dos portistas, mas na noite de 27 de Maio as estrelas foram Futre, Madjer - autor de um portentoso golo de calcanhar, e Juary, autor do golo da vitória.

Acaba por ser quase uma injustiça fazer destaques individuais, tal era a categoria da equipa. Começaram melhor os Germânicos, chegando ao golo numa jogada fortuita, finalizada por Koegl. Os Dragões não conseguiam disfarçar algum nervosismo, e Rummenige teve nos pés a hipótese do 2º golo. O intervalo foi bom conselheiro... o treinador Artur Jorge conseguiu incutir nos jogadores a coragem e a confiança suficientes para darem a volta ao resultado.

O FC Porto fez uma grande 2ª parte, vulgarizando completamente o Bayern. Futre quase empata, numa jogada digna de Diego Armando Maradona. A 10 minutos do final, Madjer marcou um dos mais belos golos de sempre da história de competição, de calcanhar, empatando o jogo. Dois minutos depois, o mesmo Madjer cruza para novo golo do FC Porto, apontado por Juary.

Até final, os Dragões dominaram completamente o jogo, tendo tido oportunidades para dilatar o marcador… e a Taça dos Campeões finalmente era nossa!

Bayern Munique 1-2 FC Porto

27 de Maio de 1987
Taça dos Clubes Campeões Europeus 1987, final
Estádio do Prater (agora Ernst Happel), em Viena (Áustria)

árbitro: Alexis Ponnet (Bélgica).

Bayern Munique: Pfaff, Eder, Nachtweih, Pfluegler, Winklhofer, Flick (Lunde 81m) Matthaeus, Brehme, Koegl, Hoeness e Rummenigge.
Suplentes não-utilizados: Aumann, Willmer, Bayerschmidt e Kutschera.
Treinador: Udo Lattek.

FC Porto: Mlynarczyk, João Pinto, Eduardo Luís, Celso, Inácio (Frasco 65m), Jaime Magalhães, André, Sousa, Quim (Juary 45m), Futre e Madjer.
Suplentes não-utilizados: Zé Beto, Festas e Casagrande.
Treinador: Artur Jorge

Marcadores: Koegl (24m), Madjer (77m) e Juary (79m).


9 comentários:

  1. Ainda era um puto e já chorava pelo Porto. De alegria, claro. O golo de Madjer não saiu nunca mais da minha cabeça. É um golo mágico só possível num jogador soberbo.

    O q corri nos corredores da minha casa a gritar os golos... o q chorei de joelhos em frente à tv... enfim, q doença...

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  2. Noite soberba. Desde essa noite a europa percebeu a força do dragão e ainda hoje sabe bem.

    Para nunca mais esquecer, nunca mais.

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  3. A segunda grande alegria da minha vida desportiva.
    Um emoção que não se consegue descrever por palavras.
    Grande equipa, grande treinador e grandes jogadores e a afirmação definitiva na Europa do futebol.

    Como se verificou em 2004, que ninguém dissesse, irrepetível.

    Um abraço

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  4. Poie é Lucho, o golo do Madjer não te saiu da cabeça, nem da minha e e tenho a certeza que não saiu, da cabeça de todos os apaixonados deste nosso GRANDE PORTO!

    Deste jogo, lembro-me que mal acabou, eu e os amigos, que comigo compartilharam a alegria da vitória, de pegarmos em todos os nossos adereços azuis e brancos e irmos para o centro do Porto festejar!

    BIBÓ PORTO

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  5. "A 10 minutos do final, Madjer marcou um dos mais belos golos de sempre da história de competição, de calcanhar, empatando o jogo. Dois minutos depois, o mesmo Madjer cruza para novo golo do FC Porto, apontado por Juary."

    ... e depois, foi a loucura total, descer as escadas aos gritos, festejar com Pai, Mãe e irmão. Atravessar a rua e abraçar os vizinhos da frente em lágrimas e finalmente ter autorização para ir festejar para os Aliados..
    Trouxe para casa uma bandeira que ficou presa ao retrovisor do carro. Já não era nova, agora está velhinha, mas e a MINHA bandeira :)

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  6. A primeira vitória do nosso Mágico Clube a nivel internacional, apenas não posso descrever sentimentos pois ainda não existia lol :)

    Apresentámo-nos à Europa com esta conquista frente a este todo-poderoso Bayern. Já vi o jogo todo, mais de que uma vez, e arrepio-me como se tivesse vivido o momento. Pois na verdade, é como se tivesse assistido na realidade.

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  7. Tinha eu ainda uns pouco medidos 12 anitos quando vergamos os bávaros arrogantes à nossa superioridade em plena Baviera.

    Se em 84 tinha havido já a tal emancipação europeia do nosso FC Porto, passados 3 anos, essa, passou a confirmação!

    Lembro como se fosse hoje, logo após o apito final, a viagem de Espinho até aos Aliados para festejar com os "nossos", em carrinha de estado miserável, de caixa aberta e sempre com o prego a fundo...

    Foi o meu primeiro grande momento de júbilo por estas mágicas cores, até hoje, jamais inesquecivel!!

    Mal sabia eu que uns anos mais à frente, desta vez, in-loco, voltaria a ter o majestoso privilégio de assistir a 2 finais europeias do "nosso" FC Porto, em terras bem longe de casa, mas com o regresso a casa a fazer-se de festa e euforia.

    Como é bom pertencer a este clã!!!

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  8. Viva !

    Viena foi o início da concretização da aventura , o dobrar o Cabo da Boa Esperança.

    O caminho estava aberto !

    O golo de Madjer não é uma referência europeia, mas mundial.

    Tanto mais que que Madjer é o primeiro jogador Africano a conquistar uma Taça dos Campeões.

    Um golo dum Africano, um golo dum Brasileiro, um guarda-redes Polaco, um treinador Português.

    Também aí se vê que o Porto é, futebolisticamente, o primeiro clube do mundo, a realizar a mundialização.

    E é também o primeiro clube do mundo a ganhar com um treinador com estudos superiores.

    Este último aspecto é imensamente importante porque dará uma dimensão diferente ao futebol a nivel mundial.

    Ver-se-á clubes a apostarem em treinadores com cursos superiores. É assim que aparecerão Wanger ( diplomado em economia )ou, mais tarde, Rouiller. ( Detesto Wanger como treinador. Foi um aparte necessário para o bem estar da minha saúde mental ).

    Viena, a vitória do Porto é pois um marco na história do futebol.

    E Viva o Porto !

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  9. Carlos Pinto28 maio, 2009

    Fico sempre arrepiado a ver estas imagens!!!

    É algo espetacular!!!

    E já lá vão 22 anos desde esta fantástica vitória!!!

    Nós não somos grandes, somos ENORMES!!!!


    Saudações azuis e brancas

    Carlos Pinto

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