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Num fim-de-semana sem futebol ao mais alto nível por parte da nossa equipa principal, que recupera da brilhante vitória em Sevilha para confirmar na próxima quarta-feira a passagem aos oitavos de final da Liga Europa, resolvi lembrar uma atleta que durante 20 anos elevou bem alto o nome do Futebol Clube do Porto. Não pertence ao futebol mas ao atletismo e, tal como o futebol, ajudou a tornar o clube ainda mais conhecido internacionalmente.
Nascida numa localidade perto de Guimarães, Ronfe, em 31 de Maio de 1959, Aurora Cunha cedo começou a correr aos 15 anos e a dar nas vistas aos 17 quando ganha os seus primeiros títulos nacionais de 1500 e 3000 metros nos Campeonatos Nacionais de Juniores em 1976 (com recordes nacionais) ao serviço da Juventude Ronfe. Nessa altura trabalha numa fábrica têxtil e treina 3 vezes por semana em horário pós-laboral. As suas qualidades chamam a atenção dos grandes senhores do atletismo nacional e Moniz Pereira tenta levá-la para o Sporting mas o coração fala mais alto e opta pelo Porto.
Começa então a sua ascensão no mundo do atletismo do meio-fundo e fundo tendo ganho 22 títulos nacionais individuais: seis vezes nos 1500 metros (1978, 79, 80, 82, 83 e 84), oito vezes nos 3000 metros (1976, 77, 78, 79, 82, 83, 84 e 87), quatro vezes nos 5000 metros (1982, 83, 84 e 85) e outras quatro no corta-mato (1979, 80, 83 e 86) para além de uma série de títulos colectivos. A nível internacional, foi nas provas de estrada que obteve grande notoriedade já que foi Campeã Mundial de estrada 3 vezes seguidas (1984, 85 e 86) para além de 2 vitórias por equipas e outros lugares no pódio. Também foi Campeã Mundial de Pista em 1985. Passa depois para a maratona onde, apesar do abandono nos jogos olímpicos de Seul, vence as famosas maratonas de Paris e Tóquio em 1988, de Chicago em 1990 e Roterdão em 1992. Vence também as corridas S. Silvestre de São Paulo e da Amadora. À sua fantástica carreira apenas ficou a faltar uma medalha olímpica pois nas suas 3 participações nos Jogos Olímpicos (Los Angeles 84, Seul 88 e Barcelona 92) o melhor que conseguiu foi um honroso 6º lugar nos 3000 metros em Los Angeles.
Em 1993, uma gravidez que, segundo a própria Aurora Cunha, não foi planeada, provocou uma paragem e originou um conflito com o clube com acusações de parte a parte e que levou à ruptura do contrato entre as partes fazendo com que assinasse em 1997 pela Terbel mas sem que conseguisse voltar aos grandes resultados abandonando definitivamente a alta competição no ano 2000. Mantém hoje uma ligação ao atletismo divulgando a modalidade sempre que pode sendo também uma defensora da igualdade das mulheres no desporto.
Aurora Cunha foi uma atleta fantástica que serviu durante cerca de 20 anos o Futebol Clube do Porto de uma forma exemplar e que, depois de sanadas desavenças antigas, foi homenageada pelo clube aquando da inauguração do Dragão Caixa e considerada muito justamente uma das 24 lendas do Futebol Clube do Porto. Nunca deixou de manifestar o amor que sente pelo clube e ela própria reconhece que deixou de ganhar alguns milhares de contos por ter recusado uma proposta dos vermelhos para se mudar para Lisboa. Eu, pela minha parte, lembro-me de me levantar ao domingo e ir procurar os resultados desportivos e, na página do atletismo, procurar o seu nome pois já sabia que era sinónimo de mais uma vitória do nosso clube.
PARABÉNS e OBRIGADO AURORA CUNHA!
Nascida numa localidade perto de Guimarães, Ronfe, em 31 de Maio de 1959, Aurora Cunha cedo começou a correr aos 15 anos e a dar nas vistas aos 17 quando ganha os seus primeiros títulos nacionais de 1500 e 3000 metros nos Campeonatos Nacionais de Juniores em 1976 (com recordes nacionais) ao serviço da Juventude Ronfe. Nessa altura trabalha numa fábrica têxtil e treina 3 vezes por semana em horário pós-laboral. As suas qualidades chamam a atenção dos grandes senhores do atletismo nacional e Moniz Pereira tenta levá-la para o Sporting mas o coração fala mais alto e opta pelo Porto.
Começa então a sua ascensão no mundo do atletismo do meio-fundo e fundo tendo ganho 22 títulos nacionais individuais: seis vezes nos 1500 metros (1978, 79, 80, 82, 83 e 84), oito vezes nos 3000 metros (1976, 77, 78, 79, 82, 83, 84 e 87), quatro vezes nos 5000 metros (1982, 83, 84 e 85) e outras quatro no corta-mato (1979, 80, 83 e 86) para além de uma série de títulos colectivos. A nível internacional, foi nas provas de estrada que obteve grande notoriedade já que foi Campeã Mundial de estrada 3 vezes seguidas (1984, 85 e 86) para além de 2 vitórias por equipas e outros lugares no pódio. Também foi Campeã Mundial de Pista em 1985. Passa depois para a maratona onde, apesar do abandono nos jogos olímpicos de Seul, vence as famosas maratonas de Paris e Tóquio em 1988, de Chicago em 1990 e Roterdão em 1992. Vence também as corridas S. Silvestre de São Paulo e da Amadora. À sua fantástica carreira apenas ficou a faltar uma medalha olímpica pois nas suas 3 participações nos Jogos Olímpicos (Los Angeles 84, Seul 88 e Barcelona 92) o melhor que conseguiu foi um honroso 6º lugar nos 3000 metros em Los Angeles.
Em 1993, uma gravidez que, segundo a própria Aurora Cunha, não foi planeada, provocou uma paragem e originou um conflito com o clube com acusações de parte a parte e que levou à ruptura do contrato entre as partes fazendo com que assinasse em 1997 pela Terbel mas sem que conseguisse voltar aos grandes resultados abandonando definitivamente a alta competição no ano 2000. Mantém hoje uma ligação ao atletismo divulgando a modalidade sempre que pode sendo também uma defensora da igualdade das mulheres no desporto.
Aurora Cunha foi uma atleta fantástica que serviu durante cerca de 20 anos o Futebol Clube do Porto de uma forma exemplar e que, depois de sanadas desavenças antigas, foi homenageada pelo clube aquando da inauguração do Dragão Caixa e considerada muito justamente uma das 24 lendas do Futebol Clube do Porto. Nunca deixou de manifestar o amor que sente pelo clube e ela própria reconhece que deixou de ganhar alguns milhares de contos por ter recusado uma proposta dos vermelhos para se mudar para Lisboa. Eu, pela minha parte, lembro-me de me levantar ao domingo e ir procurar os resultados desportivos e, na página do atletismo, procurar o seu nome pois já sabia que era sinónimo de mais uma vitória do nosso clube.
PARABÉNS e OBRIGADO AURORA CUNHA!
Grande Aurora Cunha, uma Sra. que tive o prazer de conhecer pessoalmente, com uma simplicidade incrivél e com a mesma paixão pelo nosso Porto! ;)))
ResponderEliminarObrigado Dragão66!
BIBÓ PORTO
Antes, o atletismo era para mim uma modalidade que apreciava e também era dos que procurava nos jornais os resultados, a ver as classificações dos atletas do Porto... Tive grandes alegrias com a Aurora Cunha, como me recordo da sua vitória na S. Silvestre de São Paulo-Brasil, no mesmo dia em que o F. C. Porto foi vencer em futebol em Alvalade, derrotando o Sporting por 1-2, naquele final de tarde em que o Jorge Couto fez um grande golo de chapeu, o da vitória... E com que alegria a vi a triunfar no Mundial de Estrada... como, anos mais tarde, vi a Fernanda Ribeiro ganhar a medalha olímpica...
ResponderEliminarHoje, depois que a federação quiz restringir o atletismo de clubes aos mouros, esta é uma modalidade que nada me diz.
Ainda este domingo vão decorrer os Nacionais em Felgueiras, mesmo perto de mim, e nem me interessa, não vou vou lá nem quero saber...!
Estou quase como o Armando Pinto. Para mim, atletismo… só o do estrangeiro. Como eu vibrava com as vitórias da Aurora Cunha e da Fernanda Ribeiro! Não perdia uma prova, estivesse onde estivesse. Aquando da última medalha olímpica da Fernanda, acordei meio hotel, em Albufeira, ao festejar a vitória…
ResponderEliminarSão, sem dúvida, duas lendas do FC Porto. Obrigado Aurora, obrigado Fernanda e obrigado Dragão66. Venham mais lendas.
Um abraço.
Grande Aurora Cunha! Super simpática e simples, mas de uma têmpera de campeã como poucas! E um pouco como as pilhas duracell, durava durava durava...
ResponderEliminarE uma portista de coração.
Parabéns e Obrigada!
Aurora Cunha,
ResponderEliminarUma Mulher e uma Portista dos 7 costados... quem não se lembra daquele pé ligeirinho dela de Dragão ao peito?
Verdade que só lhe faltou mesmo a tal medalha olimpica, mas acabou em 1º lugar no respeito e admiração de qualquer Portista que se preze e não admire apenas e tão só o futebol, pois o fcPORTO, ontem, tal como hoje, é muito mais que isso.
Parabéns Aurora... perduras nos nossos corações!!!
Merecido este destaque à GRANDE AURORA CUNHA. GRANDE ATLETA E GRANDE PORTISTA.
ResponderEliminarAurora Cunha, uma verdadeira Senhora! Enorme atleta e enorme Portista, com o nome gravado a ouro na nossa história!
ResponderEliminarAurora Cunha era um Poço de Força.
ResponderEliminarImagino as dificuldades que passa e passava um atleta desta modalidade para treinar e depois serem-lhe exigidos mundos e fundos.
Aurora Cunha foi e será parte da nossa história, também é com Dragonas assim que se ergue um clube como nosso.