Força Porto, Força Porto, toda a curva cantará…

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O futebol é feito disto mesmo, de alegrias mas também de tristezas. Felizmente amamos e vibramos com um clube que nos dá infinitamente mais alegrias do que tristezas. Pobres daqueles a quem acontece o contrário. Como verdadeiros aficionados do FC Porto, estamos ao lado da equipa nos bons e nos maus momentos, nas vitórias mas também nas derrotas, quando sabemos que quase de certeza que a nossa equipa vai ganhar, mas também quando sabemos que é muito difícil isso acontecer. A nossa grande preocupação é a de dizer “presente” quando a equipa sobe ao relvado, seja onde for e seja contra quem for.

Devido à minha tenra idade, foi apenas a segunda vez que me lembro dos lampiões terem ganho aqui no Porto. Estou triste, estou muito triste, como quem me conhece e me acompanha semana após semana sabe perfeitamente. Mas também muito orgulhoso por amar o FC Porto. Aqui está o que acabei de referir há pouco, pobres daqueles a quem a felicidade aparece de lés a lés. E como não somos adeptos de ir à bola só quando a nossa equipa está a passar num grande momento de forma, afirmo já aqui, o que nem seria preciso, que no Domingo lá estarei novamente, a puxar pelos meus rapazes durante 90 minutos, cantando até ficar sem voz e agitando a bandeira até me doerem os músculos. E lá vou encontrar os meus, a minha malta, o que estão lá quando está muita gente e os que estão lá quando está pouca gente. Os que estão lá quando o jogo é ao lado da sua casa, e os que estão lá quando o jogo é a centenas de km de distância. Os que cantam quando o líder manda, e os que continuam a cantar quando o líder está calado. Os que lutam pelo Porto quando ele está na mó de cima ou quando está na mó de baixo!! Em suma, os que vão com o mesmo espírito seja contra que adversário for. Estaremos no Dragão com o Rio Ave, estaremos em Braga na semana a seguir e estaremos nos dois jogos da eliminatória com o Sevilha!!

Nada está perdido, estamos no intervalo de uma eliminatória e se querem saber acredito plenamente que temos capacidade para ir lá abaixo dar a volta a isto. E contem comigo para o fazer!

Começo a análise às nossas claques pelo jogo do fim-de-semana, em Barcelos, com o Gil Vicente, para a taça da Liga. Depois de uma má entrada na fase de grupos, que ditou a primeira derrota da temporada, estávamos dependentes do resultado do Nacional para seguirmos as meias-finais. Acabámos por empatar 2-2, num jogo em que o nosso treinador apostou claramente numa segunda linha.

As nossas claques, tanto os Super Dragões como o Colectivo marcaram forte presença e ficaram instaladas num dos topos do estádio. Foram audíveis durante praticamente todo o encontro, apoiando sistematicamente o FC Porto. Não marquei presença neste jogo (o que não acontecia há cerca de dois meses), pois estive em Valongo a apoiar a nossa equipa de hóquei em patins, que bem precisa neste momento delicado. Um pavilhão com um ambiente de fazer inveja a qualquer um, com o apoio de todos os portistas presentes (éramos cerca de 30), garantimos uma grande vitória para o nosso clube.

Esta quarta-feira foi dia de clássico no estádio do Dragão. Tal como aqui previ na semana passada, esteve um belo dia, de muito calor, os bilhetes eram baratos, a hora era boa e ninguém trabalhava. Aliás devem ter tirado férias desde o início da semana, pois eram enormes as filas que se faziam em frente à rádio popular, na segunda e terça-feira à tarde, para se garantir o bilhete. É pena que seja só nestes jogos, é o que tenho a dizer. Nestes jogos todos podem ir. E mais de metade dessas pessoas, comodistas ao longo de todo o ano, são aquelas que não perdoam e ao primeiro passe errado insultam e assobiam. Assistem ao jogo como se estivessem a ver na televisão e levantam-se apenas para festejar um golo. Não sabem a grande diferença que há entre um adepto e um espectador. Básico.

Em dias de grandes jogos rumo cedo ao palco das emoções. Não gosto de perder pitada do que se passa nas redondezas, seja a chegada dos autocarros, ou mesmo do gado em manada, que caminha desde a estação de campanhã até ao sector visitante, com quase um polícia/spotter por adepto. Desde pequeno que não prescindo desta rumaria, lembro-me de, ainda em criança e em dia de receber os lampiões, estarmos todos debaixo da mítica torre das Antas à espera dos autocarros.

Cheguei cedo como habitualmente e o tempo foi passado em convívio com os meus grandes amigos. Deu para ver tudo. De longe, aliás, de muito longe. Jogo após jogo é cada vez mais alargado o perímetro de segurança. O mais próximo que um portista pode estar de um lampião deve ser 300 a 400 metros. Destaque para as regalias dos nenucos, que chegaram ao estádio às 18h15. Atentem bem, o jogo foi às 20h30, as portas abrem duas horas antes, ou seja às 18h30, eles às 18h15 já lá estavam!! Em Abril também quero entrar com esta rapidez!

Uma hora antes do jogo já muita gente se encontrava nas bancadas e até ao apito inicial o estádio encheu praticamente. À entrada das equipas o ambiente era de um grande jogo. As bancadas eram cobertas por cartolinas azuis e brancas, na bancada norte, estendeu-se um pano gigante com o emblema do FC Porto, na bancada nascente, no piso superior um pano gigante a dizer “Porto” e no piso inferior, outro com a equipa estampada. Este já tinha sido utilizado no jogo do campeonato. Na Curva Sul, um verdadeiro “show”. Muitas bandeiras gigantes espalhadas pela bancada. À frente, uma faixa enorme onde se ia “Super Dragões 1986”, juntamente com o emblema da claque. Uma “tochada” à moda antiga e o rebentamento de vários petardos. Registo também que houve pelo menos uma tocha aberta no sector do Colectivo. Um efeito absolutamente extraordinário!

O sector visitante não encheu. Na taça de Portugal o clube visitante pode pedir até 10% da lotação do estádio, ou seja podiam pediram até 5000 bilhetes. Mas só pediram 2500 e… ainda devolveram! Estiveram presentes cerca de 2000 ultras benfiquistas, sem qualquer bandeira, estandarte ou faixa. Algumas tochas foram abertas como de costume pelos seus grupos, principalmente após os golos.

Em relação ao apoio durante o jogo, achei-o algo amorfo por parte dos Super Dragões. Quer dizer, não por parte dos Super Dragões, porque isso é injusto dizer, mas por parte de quem só vai para aquela bancada nestes jogos. Os que estão lá sempre bem se esforçaram por cantar e apoiar a equipa, e saíram roucos como de costume. Mas não teve a imponência que deveria ter tido porque nem todo se associaram. O Colectivo esteve bem e foi algumas vezes audível. O sector visitante fez-se ouvir bem a partir dos 20 minutos finais do jogo. Aliás, foi nessa altura que se registaram as maiores picardias de parte a parte.

Aqui fica um vídeo que traduz a grande festa na Curva Sul, antes do jogo começar:

Levaram 5 para o campeonato, e na taça ainda faltam jogar 90 minutos. ESPEREM POR NÓS!



Apelo a presença dos portistas ao Dragão no Sábado para apoiar as nossas modalidades que entram agora em fases decisivas da época. Vamos ter pela segunda vez este ano todas as modalidades a jogarem em casa no mesmo fim-de-semana e pela primeira vez desde a inauguração, toda a jogar no mesmo dia! Às 15h hóquei FC Porto – Tomar, às 18h basquetebol FC Porto – Barreirense e às 21h30 andebol FC Porto – Sp. Horta, este para a taça de Portugal.

Um abraço ultra.