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O treinador lançou Quaresma aos 88 minutos, para queimar tempo, este não gostou e aquele tirou-o da equipa e retirou a braçadeira de capitão do seu braço.
Aplaudiram todos aqueles que entendem que os jogadores são todos iguais e que, em decorrência, devem ser tratados de igual forma.
Não creio que assim seja.
Os jogadores, como os homens e as mulheres, não são todos iguais.
Uns são mais empenhados e profissionais, outros mais displicentes e indisciplinados; uns reservados, outros mais extravagantes; uns carregadores de pianos, outros mais génios da lâmpada; uns serenos, outros mais temperamentais.
João Moutinho não é Mário Balotelli. Maldini não é Zlatan Ibrahimović.
Ignorar esta circunstância é ignorar a própria natureza humana.
Neste contexto, um (grande) líder é - parece-me - aquele que consegue compreender as diferenças e, ancorado nas semelhanças e ajustando o discurso e a postura às diversas realidades de um balneário, potenciar um grupo de trabalho.
Dito isto, importa referir que Quaresma não é, nunca foi, nem nunca será um jogador igual aos outros.
Não era com 20 anos, quando fazia mais e melhor que os outros.
Não era aos 25 anos, quando desperdiçou a oportunidade de ser um dos melhores do mundo.
Não é aos 30 anos, quando tem de adaptar a sua forma de jogar à sua condição física.
Quaresma não é igual. É diferente.
Tem um talento inato que lhe permite resolver, em duas ou três jogadas, os jogos mais fechados. Tem, talvez por isso mesmo, um temperamento fortíssimo, que o leva a reagir e a partir para a agressão à mais pequena picardia, mas também que o faz emergir nos grandes jogos, onde não tem medo de pedir a bola, onde assume o risco, galvanizando e levando a equipa para a frente.
Mas o FCPorto também fez de Quaresma um jogador diferente dos outros.
Foi o FCPorto quem, numa época (e numa altura particularmente difícil) de absoluto desespero, recorreu a Quaresma para tentar inverter o estado comatoso da equipa. É óbvio que Quaresma também precisava de um FCPorto para tentar voltar à selecção.
Mas foi Quaresma quem, em péssima forma física (gordo e sem ritmo competitivo), foi lançado às feras no jogo contra o SLB, na Luz, nele depositando, o clube e os adeptos, a esperança na inversão daquele estado de coisas. E o que fez Quaresma? Recusou-se a jogar? Não. Não teve medo e assumiu o protagonismo que o clube procurava.
Não teve medo de fazer má figura, de parecer velho, esgotado, de, no fundo, cair no ridículo e, dessa forma, hipotecar de vez as poucas hipóteses que tinha de voar para o Brasil.
Quaresma, em meia temporada, ainda assinou 9 golos e muitos deles decisivos (veja-se, por exemplo, o fantástico golo em Nápoles).
Estou certo que, na temporada passada, Quaresma deu ao FCPorto tudo aquilo que podia ter dado. Mais do que muitos vaticinavam – excedendo, devo confessar, as minhas expectativas.
Não podemos (não devemos!), portanto, ser ingratos. A ingratidão não tem grande história em nossa casa.
Por outro lado, não foi certamente Quaresma que se autonomeou capitão do FCPorto, tornando-se, assim, formalmente, um dos líderes da equipa. A estrutura conhece o jogador e, mesmo assim, considerando o seu temperamento, decidiu entregar-lhe a braçadeira que já pertenceu a Lucho, Jorge Costa, Baía...
Quaresma é, portanto, um jogador - é um homem, se quiserem - diferente e o clube reconheceu e potenciou essa diferença.
Colocar Quaresma a aquecer durantes largos minutos e fazê-lo entrar em campo para queimar tempo e não encaixar o seu desagrado, afastando-o da equipa e retirando-lhe, ainda para mais, o estatuto de capitão, é sinal de desconhecimento da história do FCPorto, de ingratidão e, talvez mais grave do que isso, de incapacidade para gerir a diferença.
Não somos todos iguais.
Alguns de nós são, felizmente, diferentes.
Pedro Ferreira de Sousa
Aplaudiram todos aqueles que entendem que os jogadores são todos iguais e que, em decorrência, devem ser tratados de igual forma.
Não creio que assim seja.
Os jogadores, como os homens e as mulheres, não são todos iguais.
Uns são mais empenhados e profissionais, outros mais displicentes e indisciplinados; uns reservados, outros mais extravagantes; uns carregadores de pianos, outros mais génios da lâmpada; uns serenos, outros mais temperamentais.
João Moutinho não é Mário Balotelli. Maldini não é Zlatan Ibrahimović.
Ignorar esta circunstância é ignorar a própria natureza humana.
Neste contexto, um (grande) líder é - parece-me - aquele que consegue compreender as diferenças e, ancorado nas semelhanças e ajustando o discurso e a postura às diversas realidades de um balneário, potenciar um grupo de trabalho.
Dito isto, importa referir que Quaresma não é, nunca foi, nem nunca será um jogador igual aos outros.
Não era com 20 anos, quando fazia mais e melhor que os outros.
Não era aos 25 anos, quando desperdiçou a oportunidade de ser um dos melhores do mundo.
Não é aos 30 anos, quando tem de adaptar a sua forma de jogar à sua condição física.
Quaresma não é igual. É diferente.
Tem um talento inato que lhe permite resolver, em duas ou três jogadas, os jogos mais fechados. Tem, talvez por isso mesmo, um temperamento fortíssimo, que o leva a reagir e a partir para a agressão à mais pequena picardia, mas também que o faz emergir nos grandes jogos, onde não tem medo de pedir a bola, onde assume o risco, galvanizando e levando a equipa para a frente.
Mas o FCPorto também fez de Quaresma um jogador diferente dos outros.
Foi o FCPorto quem, numa época (e numa altura particularmente difícil) de absoluto desespero, recorreu a Quaresma para tentar inverter o estado comatoso da equipa. É óbvio que Quaresma também precisava de um FCPorto para tentar voltar à selecção.
Mas foi Quaresma quem, em péssima forma física (gordo e sem ritmo competitivo), foi lançado às feras no jogo contra o SLB, na Luz, nele depositando, o clube e os adeptos, a esperança na inversão daquele estado de coisas. E o que fez Quaresma? Recusou-se a jogar? Não. Não teve medo e assumiu o protagonismo que o clube procurava.
Não teve medo de fazer má figura, de parecer velho, esgotado, de, no fundo, cair no ridículo e, dessa forma, hipotecar de vez as poucas hipóteses que tinha de voar para o Brasil.
Quaresma, em meia temporada, ainda assinou 9 golos e muitos deles decisivos (veja-se, por exemplo, o fantástico golo em Nápoles).
Estou certo que, na temporada passada, Quaresma deu ao FCPorto tudo aquilo que podia ter dado. Mais do que muitos vaticinavam – excedendo, devo confessar, as minhas expectativas.
Não podemos (não devemos!), portanto, ser ingratos. A ingratidão não tem grande história em nossa casa.
Por outro lado, não foi certamente Quaresma que se autonomeou capitão do FCPorto, tornando-se, assim, formalmente, um dos líderes da equipa. A estrutura conhece o jogador e, mesmo assim, considerando o seu temperamento, decidiu entregar-lhe a braçadeira que já pertenceu a Lucho, Jorge Costa, Baía...
Quaresma é, portanto, um jogador - é um homem, se quiserem - diferente e o clube reconheceu e potenciou essa diferença.
Colocar Quaresma a aquecer durantes largos minutos e fazê-lo entrar em campo para queimar tempo e não encaixar o seu desagrado, afastando-o da equipa e retirando-lhe, ainda para mais, o estatuto de capitão, é sinal de desconhecimento da história do FCPorto, de ingratidão e, talvez mais grave do que isso, de incapacidade para gerir a diferença.
Não somos todos iguais.
Alguns de nós são, felizmente, diferentes.
Pedro Ferreira de Sousa
Que estupidez de texto! O Quaresma se não fosse o Porto nem nas arábias jogava(estava dispensado por má conduta, vejam bem) portanto se há alguém que tem de agradecer é o Quaresma até porque ele não joga de borla, se jogasse de borla aí estava bem. Se fosse o Lucho que entrasse a 2 m do fim acha que não ia na mesma agradecer aos adeptos, claro que ia e se tivesse alguma coisa a dizer diria no balneário e sem que ninguém soubesse, isto sim os valores do Porto e à Porto.
ResponderEliminarÉ por causa deste tipo de adeptos que o Porto já não é o que era, porque meu caro dantes meninos amuados eram os próprios adeptos do Porto que os ponham na ordem.
O teinador fez muito bem, no Porto são todos iguais sim, não há vedetismos, vá lá para seu patrão armado em estrela e dizer que é diferente,que tem um feitio especial que ele logo lhe diz logo o caminho, seja intlectualmente honesto consigo mesmo e deixe as paixões de lado. Tudo ou quase tudo o que o Quaresma tem na vida ao Porto o deve, ingratidão é só da parte dele com a atitude que teve, se não fosse o Porto continuava perdido nas arábias. Ano passado veio e começou logo a jogar porque o treinador era uma besta como depois bem se comprovou, chegou marcava tudo e mais alguma coisa e resultados foram os que se viram. Quando o Quaresma chegou iamos em 1º lugar a quantos pontos acabamos do 1º?? assumiu que era a estrela da companhia e foi o que foi, há pessoas de facto que não sabem os valores do que é ser Porto, devem ser muito jovens, estão mal habituados ou quem lhes passou a mensagem não soube transmitir os verdadeiros valores Porto.
Assino por baixo. Capitão como El Comandante, O Bicho ou Baía serviriam as ordens do clube. O meu queridissimo Comandante passou metade da época a ser espremido numa posição que não era a dele, estoicamente a desesperar pela falta de sabedoria da galinha e mesmo assim quer voltar para ser treinador.
EliminarE o Quaresma? Poderá o Pedro, sinceramente, pô-lo no mesmo patamar que El Comandante ou O Bicho?
nao custumo comentar muitas vezes, mas desta vez devo escrever algumas palavras para manifestar a minha concordancia com o autor do texto.
ResponderEliminarO quaresmoa nao é um jogador qualquer e por esse motivo deve ser tratado com uma atenção especial.
isto nao significa dar-lhe liberdade total.
significa respeitar as caracteristicas boas e más do jogados
tal como o jesualdo fez e com muito sucesso, o que comprova que nao é impossivel tirar redimento dele
Dizes, e bem, que Quaresma não é só mais um. É verdade. Nunca nenhum jogador teve no FCPorto tantas oportunidades como ele teve e esta questão da bracadeira foi só mais uma. Mais uma e desperdicada por ele.
ResponderEliminarTenho certeza que tal como eu fazes esforços para ir ver o NOSSO FCPORTO onde quer que vá jogar e às vezes custa muito (vivemos em crise), imagina que tinhas ido a Lile (eu não fui, não sei se foste) e no final do jogo percebias que esse RQ7 não te vinha agradecer todo o esforço que fizeste não só para ir mas também para apoiar durante todo o jogo.
Quaresma não é só mais um... mas devia... pelo menos nesta casa devia...
Não li o artigo todo, apenas os 3/4 primeiros parágrafos. Chegou para ver muito asneira junta.
ResponderEliminarBoa tarde
O Quaresma chegou e o Lucho saiu e nós (FCP) tínhamos os mesmos pontos na tabela classificativa que o 5lb.
Sabes como acabou não sabes?
Não me interessa que resolva um jogo num momento de inspiração, para isso ele que vá jogar um desporto individual. São demasiadas situações em que ele provocou desequilíbrios na equipa, e em que ela sofreu golos na época passada.
O Futebol é um jogo de equipa e quem melhor interpretar este conceito mais probabilidades tem de ganhar.
Jorge Freitas
Melhores cumprimentos
Inacreditável ler portistas a apoiar jogadores que faltam ao respeito ao clube, ao treinador, aos adeptos e aos colegas de equipa. Quaresma é tão especial como os outros, cada um tem o seu feitio, mas todos têm que colocar os interesses do clube à frente dos seus. Para mim especial foi ver brahimi dizer que vai dar tudo para mostrar ser merecedor de vestir a camisola do nosso clube. Se Quaresma não mudar de atitude, quando sair do FC Porto vai ser só mais um que por aqui passou! Nao é com twitts se somosporto que se mostra o portismo!
ResponderEliminarNum blog cujos autores (tenho o prazer de conhecer a maioria) trazem consigo, transportam e transcrevem para o teclado a mística do Futebol Clube do Porto, este texto (e qualquer outro dentro do género) não tem lugar. Seria para mim muito exigente explicar ponto por ponto o porquê de não concordar com este post, dado que a minha posição é totalmente antagónica à que foi aqui expressa. Fica só aqui registado o meu desagrado (que me leva a elaborar um comentário pela primeira vez em muito tempo) e o desejo de que a opinião de quem põe um indivíduo, seja ele quem for, acima da Instituição, não volte a ter lugar neste espaço.
ResponderEliminar"No Futebol Clube do Porto não há contestatários maricas, nem os problemas se levantam, porque nunca chegam a existir" - Mestre José Maria Pedroto.
1893
Perante os comentários que li, impõe-se dizer algumas coisas:
ResponderEliminar1 - concordo integralmente com o texto e não diria melhor. Não se coloca o Quaresma para entrar aos 88 minutos. Como não se faz isso ao Drogba no Chelsea. nem ao E'too. Nem se faz ao Lampard hoje em dia no seu clube. Nem o Mourinho, aliás, fez isso ao Sérgio Conceição no Porto, respeitando a sua história, levando à saída do português, de forma a que jogasse mais vezes. Nem a muitos outros que, para todos os efeitos, são diferentes.
2 - o BibóPorto confere aos seus "cronistas" liberdade máxima para escreverem aquilo que quiserem. Foi assim que o BlueBoy me disse quando me "contratou" e deve ser isso que deve ter dito ao Pedro Sousa, tenho a certeza. Se o blog apenas tivesse uma visão ou uma corrente, então teria um ou dois bloggers, não mais. Se for para dizermos todos o mesmo, faz-se um post por semana e está resolvido.
3 - Uma coisa é não concordar com o texto. Estão no vosso inteiro direito. Outra coisa é apelidá-lo de estúpido.Não se coloca o Quaresma para entrar aos 88 minutos. Como não se faz isso ao Drogba no Chelsea. nem ao E'too. Nem se faz ao Lampard hoje em dia no seu clube. Nem a muitos outros que, para todos os efeitos, são diferentes.
4 - o unanimismo é mau sinal e quer dizer algo. O Lopetegui tem toda a gente com ele, por enquanto, e esperemos que assim continue. Basta começar a perder para o basco ver os cães serem-lhe lançados: contratou espanhóis a dar com um pau...porque veio o Angel se já cá temos o Alex, o Rafa e o Opare também faz a esquerda?.....para que serve o Campaña....tantos jogadores por empréstimo.....isto parece a seleccção espanhola, etc.
5 - gosto do Lopetegui e do seu trabalho até aqui. Mas as vitórias e o início fantástico não significam que nos temos que ajoelhar e lamber as botas ao treinador que está, recordo, a estrear-se na Liga dos Campeões assim como num clube de grande nomeada.
Cumprimentos,
Importa referir no que a mim diz respeito, que não fiz nenhum comentário acerca do treinador. O caso em discussão é o Quaresma. Sobre o treinador no final da época fazemos contas. Até agora está a correr bem, esperemos que assim continue...
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