18 setembro, 2014

MÁQUINA TRITURADORA!.

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FC PORTO-BATE Borisov, 6-0

UEFA Champions League, Grupo H, 1.ª jornada
Quarta-feira, 17 Setembro 2014 - 19:45
Estádio: Dragão, Porto
Assistência: 35.108


Árbitro: Bas Nijhuis (Holanda).
Assistentes: Rob van de Ven e Charles Schaap.
4º Árbitro: Davie Goossens.

FC PORTO: Fabiano, Danilo, Maicon, Martins Indi, Alex Sandro, Casemiro, Herrera, Quaresma, Adrián López, Jackson Martínez, Brahimi.
Suplentes: Andrés Fernández, Marcano, Quintero, Tello (68' Herrera), Evandro (59' Brahimi), Rúben Neves, Vincent Aboubakar (64' Jackson Martínez).
Treinador: Julen Lopetegui.

BATE Barisov: Chernik, Khagush, Polyakov, Filipenko, Mladenovic, Likhtarovich, Olekhnovich, Volodko, Gordeychuk, Rodionov, Aleksievich.
Suplentes: Soroko, Karnitski (62' Olekhnovich), Signevich (70' Rodionov), Baga, Volodko, Tubic, Yakovlev (53' Likhtarovich).
Treinador: Aleksandr Yermakovich.

Ao intervalo: 3-0.
Marcadores: Brahimi (5', 32' e 57'), Jackson Martínez (37'), Adrián López (61'), Vincent Aboubakar (76').
Disciplina: Likhtarovich (7'), Olekhnovich (56').

Num cenário criteriosamente decorado para uma noite de estrelas, e envolto num ambiente verdadeiramente de champions league, a máquina do FC Porto começa a dar provas de ficar algo afinada.

Lopetegui operou algumas mexidas na equipa em relação ao jogo de Guimarães. Umas por força maior, outras por opção. Rúben Neves e Quintero ficaram no banco e entraram Adrián Lopez e Quaresma. Na defesa, saiu José Angel (não está inscrito na champions) e regressou Alex Sandro após um período inactivo por lesão.

Pensou-se que o jogo iria ter um meio-campo constituído por Casemiro-Herrera-Brahimi e na frente Adrián e Quaresma a servirem Jackson Martínez. Não foi isso que sucedeu. O FC Porto apresentou-se num 4X4X2 com Adrián a jogar ao lado de Jackson e Brahimi e Quaresma nas alas. Este 4X4X2 desdobrou-se em 4X2X4 em transição ofensiva, ficando Herrera e Casemiro no meio-campo. O certo é que o jogo foi o que se viu. Um FC Porto avassalador, uma avalanche que abalroou completamente a equipa do Bate Borisov.

O jogo começou e o primeiro ensaio de saudável loucura ocorreu com cinco minutos. O golo, que no caso é o mesmo que dizer o melhor caminho para iniciar a fase de grupos da prova milionária, rebentou numa jogada de pura magia argelina, figura da noite e já a figura deste FC Porto 2014/15: Brahimi. O jogador portista aproveitou aos 5 minutos uma má reposição de bola em jogo pelo guarda-redes contrário, driblou um defesa do Bate Borisov e quase sem ângulo com pé esquerdo, rematou fortíssimo para a baliza bielorrussa.

Estava em marcha a insaciável máquina demolidora, sabiamente afinada e oleada por Lopetegui que começa a dar os seus frutos e que já dera sinais em Guimarães, na 2ª metade do jogo. Esta máquina entrou esta noite no relvado do Dragão para reduzir o adversário a pequenos fragmentos. Manifestando, sem intervalos, indícios vários de uma genialidade incomparável e sinais de uma superioridade inegável e descarada, surgiu o 2º golo com toda a naturalidade. Mais uma vez por obra e graça de Brahimi. Estavam decorridos 30 minutos. Brahimi percorreu praticamente o meio campo do Bate Borisov e à entrada da área rematou colocadíssimo, aumentando o score para 2-0.

Até ao 2-0, saliente-se que o FC Porto perdeu várias oportunidades para ampliar o resultado, principalmente por Jackson Martínez num remate ao poste e depois num cabeceamento de Maicon que o guarda-redes bielorrusso defendeu em cima da linha com bastante dificuldade. Mas o 3-0 não tardou a chegar. Aos 37 minutos, Danilo cruzou da direita tenso e a meia altura para a pequena área onde Jackson Martínez só teve que encostar de cabeça e bater o Bate Borisov pela terceira vez.

A equipa bielorrussa não veio jogar à defesa tal como fazem a maior parte dos adversários da equipa portista. Tentou jogar no campo todo e, inclusive, logo a seguir ao 1-0, Fabiano teve uma intervenção decisiva com uma saída arrojada aos pés de um jogador contrário. Só que numa noite como esta contra uma máquina terrível de jogar futebol, não havia adversário que conseguisse resistir.

Já sei que a nossa fantástica comunicação social vai classificar o adversário da equipa portista como a pior equipa de sempre da champions league, como uma equipa para estar ao nível da 3ª divisão nacional mas com esses badamecos podemos bem nós. Os cães ladram e a caravana passa.

Na 1ª parte, a vitória estava praticamente assegurada com alicerces sólidos e inabaláveis. Não havia mais volta a dar. Apesar de não passar ainda de um esboço, a vitória que faltava estava conseguida, faltando apenas conferir-lhe os contornos de goleada. Para isso vinha a 2ª parte com mais 3 golos concretizados que poderiam ser 6 ou 7. A maior goleada na champions league conseguida pelo FC Porto na fase de grupos estava destinada a acontecer hoje.

Porque o descanso esteve longe de adoptar a acepção genuína de uma trégua, o FC Porto repetiu as amostras de excelência irrefutável. Exemplar de um futebol equilibrado, que balança entre a sobriedade defensiva e a criatividade ilimitada no ataque, a equipa deu continuidade ao processo de trituração do opositor. O método de desmantelamento do adversário decorreu como até então, num misto de fervor, encanto e, talvez mais importante, de classe, de uma categoria inatingível.

O ataque, no género planeado ou na variante explosiva, num estilo muito próprio construído em redor de trocas de bola, com futebol bem articulado e de continuidade permitiu chegar aos 4-0 por Brahimi na conversão de um livre directo tirado a papel químico ao convertido pelo mesmo jogador frente ao Lille no jogo que confirmou a presença do FC Porto pela 19ª vez na fase de grupos da champions league. Com 57 minutos jogados, Lopetegui começa a fazer gestão do plantel. Brahimi, a grande estrela da noite, sai de baixo de uma estrondosa ovação e entra para o seu lugar Evandro.

Logo a seguir, aos 61 minutos, Adrián Lopez faz o 5-0 e Lopetegui retira Jackson Martínez e coloca Aboubakar que viria a fazer o 6-0 final aos 76 minutos.

Após as mexidas operadas por Lopetegui, a equipa ficou escalonada num 4X3X3 e o meio-campo ficou formado por Casemiro-Evandro-Quaresma e, na frente, Adrián e Tello (entrou para o lugar de Herrera) a servirem Aboubakar.

O marcador poderia ter funcionado nesta 2ª parte pelo menos mais 3 vezes com destaques para Jackson Martínez a enviar uma bola à trave após cruzamento de Quaresma e Maicon, novamente, no coração da área a rematar fortíssimo com o pé direito com a bola a rasar o poste.

Exultou outra vez o público, feliz, divertido, para mais uma época de esperança e de grandes vitórias como é apanágio deste clube. Notas finais para a coesão da equipa, o grande sentido de união revelado e a demonstração de que este FC Porto a manter a bitola e a trabalhar para continuar a melhorar aspectos menos bons será, a muito curto prazo, o líder destacado da 1ª liga e um caso sério na presente edição da champions league. Aguardemos, pois, pelo desenrolar dos próximos capítulos.

O FC Porto recebe no próximo Domingo o vizinho Boavista no Estádio do Dragão, jogo a contar para a 5ª Jornada da liga portuguesa.



DECLARAÇÕES

Lopetegui: “Tivemos uma grande atitude”

Julen Lopetegui dificilmente teria imaginado melhor estreia na fase de grupos da UEFA Champions League. Depois do triunfo por 6-0 sobre o BATE Borisov, o mais expressivo de sempre na longa história do FC Porto na competição, o técnico espanhol sublinhou o trabalho feito pela sua equipa e a vitória que, ressalvou, valeu apenas três pontos.

“Fizemos um bom jogo. Entrámos bem, concentrados e com uma grande atitude. O facto de termos conseguido fazer golos cedo deu-nos tranquilidade, mas a realidade é que conquistámos apenas três pontos. Estamos felizes com o trabalho que fizemos, mas há muito mais para fazer. A equipa teve uma grande atitude defensiva e foi muito pressionante durante todo o jogo. Tentamos ser um colectivo sólido quando não temos a bola e creio que o conseguimos”, começou por dizer Julen Lopetegui na conferência de imprensa que se seguiu ao desafio com a formação que viajou da Bielorrússia.

O trabalho desenvolvido até ao momento resultou em seis vitórias e um empate em sete jogos oficiais. Números inegavelmente positivos que Julen Lopetegui quer reforçar no futuro. “No futebol, os jogos começam sempre 0-0. Tudo o que o jogo te dá, depende daquilo que fazes, bem ou mal. Temos trabalhado para sermos cada vez melhores mas, por vezes, as coisas não correm como queremos. Estamos contentes pelos três pontos e pelos seis golos marcados, mas no domingo temos mais um jogo que vai começar 0-0”, acrescentou o treinador basco.

Pouco dado a avaliações individuais, Julen Lopetegui atribuiu à equipa o mérito pelo hat-trick conseguido por Brahimi pois, no seu entender, “é o colectivo que potencia as individualidades”. No momento de comentar o primeiro golo apontado por Adrián López com a camisola do FC Porto, o técnico portista voltou a destacar o grupo: “O Adrián fez muito mais do que o golo. Temos de lhe dar os parabéns, a ele e a toda a equipa”.

Brahimi: “O mais importante foi a vitória”

​No final da goleada (6-0) frente aos bielorussos do BATE Borisov, na Champions League, e em declarações ao Porto Canal, o médio franco-argelino Brahimi estava radiante pelo resultado final da partida: “Foi um jogo muito bom para a nossa equipa. Era muito importante ganhar e creio que o fizemos de forma convicta. Acredito que para a nossa confiança é um resultado muito importante”.

Em relação ao hat-trick, Brahimi declarou estar “muito feliz”: “É a primeira vez que marco três golos. O mais importante foi a vitória e agora temos de pensar no próximo jogo, com o Boavista”.



ARBITRAGEM



RESUMO DO JOGO

7 comentários:

  1. Brahimi! My god! Que jogador!
    Grande exibição do FC Porto. O processo de consolidação de uma equipa excelente, continua. Lopetegui não brinca em serviço. A gestão do plantel é uma das suas prioridades. Sabe o que está a fazer. Os críticos que se calem, por favor: afinal ainda não perdeu, não é senhores do maldizer?! E quando perder (jogando como hoje ou em Guimarães) terá o meu incondicional apoio.

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  2. que pais da merda que nao da destaque a mais uma grande vitoria do grande enorme porto valorizado por essa europa fora menos em portugal um pais que da destaque nacional a uma derrota dum clubezeco com nome de bairro que nao ganha nada na europa a 53 anos força porto somos exigentes inteligentes competentes demais pa essa merda de pais 2011 lembram-se foi só a 3 anos atras e 2004 oh ke maravilha foi so a 10 anos atras idiots pais de idiotas e burros tipico de um pais com maioria benfiquista

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  3. Este comentário foi removido pelo autor.

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  4. Com curiosidade fui pesquisar na minha base de dados! E reavivei a memória (daquilo que já sabia): em todos os jogos disputados pelo FC Porto nas competições internacionais (incluindo playoff e jogos de acesso) por 12 vezes um jogador dos Dragões marcou 3 ou mais golos numa só partida! Apenas um jogador repetiu a façanha e por mais duas vezes…!!!
    Na fase regular da Liga dos Campeões, ontem – 17 de Setembro de 2014 – Brahimi tornou-se no único jogador do FC Porto a marcar mais de 2 golos num só jogo!
    TUDO REVELADO (amanhã ou depois) num post a publicar no blogue “BIBÓ PORTO, carago”. Este post marcará, finalmente, o meu regresso ao blogue e à colaboração como o meu amigo e colega Rui Saraiva. Então... prepara-te, Blue Boy!

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  5. Caros PORTISTAS

    Grande jogo GRANDE PORTO. Uma equipa so joga aquilo que a outra lhe permite jogar. E isto diz tambem o que foi o Borisov. So nao foi porque o PORTO nao o deixou. Mas este ja +e historia, agora vem o Boavista. Dou-lhes os parabens pelo regresso apesar dos Petits e companhia, mas continua-se a esperar um PORTO ao melhor estilo e a interpretar ao melhor nivel aquilo que Lopetegui deliniar para esse jogo e assim levar de vencida o proximo adversario.
    Continua a ser nojento ver as capas de certas merdias. Mas a isso ja estamos habituados
    FORÇA PORTO UNIDOS VENCEREMOS

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  6. Foi obviamente uma exibição de grande nível coroada com a maior goleada de sempre obtida na Champions League com o atual formato.

    Quanto à fraqueza do adversário… Sim, era um adversário fraco… Um adversário tão miserável quanto o Áustria Viena que não conseguimos bater no ano passado, quanto o Apoel de Nicósia que não conseguimos bater há 3 anos, quanto o Artmedia Bratislava com que perdemos em casa na época de Adriaanse…

    Vencer alguém por 6/0 na Champions League exige obviamente uma atitude séria do início ao fim do jogo e um nível competitivo forte, sem falhas durante o jogo. E o FC Porto teve isso tudo, do início ao fim do jogo.

    As últimas más participações do FC Porto nesta competição tiveram quase sempre como denominador comum um mau resultado caseiro com a equipa do pote 4, desta vez felizmente, cumprimos a obrigação e de modo brilhante.

    Coletivamente a equipa esteve excelente! Individualmente, vários jogadores se destacaram: Brahimi é um craque e uma grande contratação (onde estão os que malham sempre na SAD aquando de uma contratação menos feliz?!); Maicon e Indi até agora (já lá vão 7 jogos oficiais) ainda não demonstraram as paragens cerebrais que no ano passado jogo sim, jogo sim senhor, ocorriam; Jackson continua igual a si próprio; Tello vai ser um caso sério no FC Porto, a par de Brahimi o jogador com mais potencial para se tornar jogador de dimensão mundial (Jackson já o é).

    PS: Ainda relativamente à miserabilidade do adversário, que obviamente era uma equipa fraca mas não o adversário de 3º escalão nacional que muitos fizeram crer… O Nacional, que está entre o lote de 5/6 melhores equipas da Liga portuguesa, sendo que habitualmente se apura para a Liga Europa, perdeu no playoff de acesso à Liga Europa por 5/2 com o Dinamo Minsk, que por acaso ficou em 2º na Liga Bielorussa… Daí percebermos que a miserabilidade do Bate foi obviamente exponenciada pela grande exibição do FC Porto… Para alguns “cães rafeirinhos”, o mais importante será sempre relevar sim a fraqueza do BATE e não o excelente do Dragão.

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  7. o regresso do caríssimo "dragão azul forte" ao activo é uma das melhores notícias neste dia cinzento*, cinzento, cá pela InBicta :D

    *
    cinzento no sentido em que o céu chora pela azia dos nossos detractores, bem entendido. mas são lágrimas de crocodilo, pois que o Sol brilha e rejubila bem lá no alto, por cima das nuvens :D

    somos Porto!, car@go!
    «este é o nosso destino»: «a vencer desde 1893»!

    saudações desportivas mas sempre pentacampeãs a todas(os) vós! :D
    Miguel | Tomo II

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