http://bibo-porto-carago.blogspot.pt/
Há quem assista a um jogo de futebol como se tratasse de uma peça de teatro, um concerto de música ou uma sessão de circo. Tudo é arte, de facto. E apesar de os rituais, nos dias que correm, serem mais ou menos semelhantes - compram-se pipocas, gomas ou cachorros, bebidas alcoólicas ou não conforme os gostos e as idades dos públicos - na sua essência e natureza, o futebol, ou outra qualquer modalidade, é diferente de todas as outras formas de expressão artística.
Desde logo o jogo tem a imprevisibilidade, a incerteza, que todas as outras não têm. O que provoca naturalmente emoção junto do público, um sem número de reacções verbais ou não verbais, uma menos irracionais do que outras. A pior de todas elas é o assobio, uma forma de manifestação hostil a que se deveria recorrer apenas e só contra o árbitro ou o adversário, nunca contra uma equipa, um jogador ou um treinador do nosso clube, dentro da nossa própria casa. É feio, muito feio.
Bem sei que a exigência sempre distinguiu a nossa massa adepta, mas isso não pode descambar para o capricho ou para a estupidez. Porque é disso que se trata quando, por exemplo, se assobia um treinador que não faz a substituição que se quer, que deixa o Quaresma no banco durante o jogo todo, como contra o Lille, ou o tira da equipa em vez de outro, como no último jogo.
Os filmes em torno dos assobios já enjoam. Podemos discutir se o método utilizado pelo treinador para o testar – porque foi isso que fez em Lille, quando o fez entrar a cinco minutos do fim – foi ou não o mais adequado, mas a verdade é que Quaresma reprovou no exame em toda a linha, com aquela atitude durante o tempo em que esteve no campo e depois quando recusou ir cumprimentar os adeptos que tantos esforços fizeram para estar lá a apoiar. Meninos mimados aqui não têm lugar, só lá em baixo, na segunda circular.
É, aliás, assim que eles nunca mudarão se persistirem os assobios estúpidos para o treinador e os aplausos excessivos para o jogador. Por culpa destes adeptos que tomam estas atitudes irracionais, os portistas de pipoca, aqueles que são capazes de não pôr os pés no estádio quando as coisas não correm de feição, "porque o treinador é uma merda" ou "porque eles não jogam nada". São os mesmo que assobiam a equipa ou um jogador quando não estão a jogar bem, como se isso não contribuísse apenas para desestabilizá-los ainda mais. E é por isso que digo sempre que prefiro um estádio com 20 mil todos a apoiar do que um estádio com 40 mil e ter uns milhares de estúpidos que preferem assobiar enquanto comem um cachorro ou seguram um balde de pipocas. Esses, mais vale ficarem em casa, no sofá. Ou então, se já lá estão e não estão a gostar do que vêem, façam como se faz no teatro, no cinema ou no circo: levantem-se da cadeira e abandonem o estádio. É um bom serviço que prestam à arte, é um favor que fazem ao futebol.
Desde logo o jogo tem a imprevisibilidade, a incerteza, que todas as outras não têm. O que provoca naturalmente emoção junto do público, um sem número de reacções verbais ou não verbais, uma menos irracionais do que outras. A pior de todas elas é o assobio, uma forma de manifestação hostil a que se deveria recorrer apenas e só contra o árbitro ou o adversário, nunca contra uma equipa, um jogador ou um treinador do nosso clube, dentro da nossa própria casa. É feio, muito feio.
Bem sei que a exigência sempre distinguiu a nossa massa adepta, mas isso não pode descambar para o capricho ou para a estupidez. Porque é disso que se trata quando, por exemplo, se assobia um treinador que não faz a substituição que se quer, que deixa o Quaresma no banco durante o jogo todo, como contra o Lille, ou o tira da equipa em vez de outro, como no último jogo.
Os filmes em torno dos assobios já enjoam. Podemos discutir se o método utilizado pelo treinador para o testar – porque foi isso que fez em Lille, quando o fez entrar a cinco minutos do fim – foi ou não o mais adequado, mas a verdade é que Quaresma reprovou no exame em toda a linha, com aquela atitude durante o tempo em que esteve no campo e depois quando recusou ir cumprimentar os adeptos que tantos esforços fizeram para estar lá a apoiar. Meninos mimados aqui não têm lugar, só lá em baixo, na segunda circular.
É, aliás, assim que eles nunca mudarão se persistirem os assobios estúpidos para o treinador e os aplausos excessivos para o jogador. Por culpa destes adeptos que tomam estas atitudes irracionais, os portistas de pipoca, aqueles que são capazes de não pôr os pés no estádio quando as coisas não correm de feição, "porque o treinador é uma merda" ou "porque eles não jogam nada". São os mesmo que assobiam a equipa ou um jogador quando não estão a jogar bem, como se isso não contribuísse apenas para desestabilizá-los ainda mais. E é por isso que digo sempre que prefiro um estádio com 20 mil todos a apoiar do que um estádio com 40 mil e ter uns milhares de estúpidos que preferem assobiar enquanto comem um cachorro ou seguram um balde de pipocas. Esses, mais vale ficarem em casa, no sofá. Ou então, se já lá estão e não estão a gostar do que vêem, façam como se faz no teatro, no cinema ou no circo: levantem-se da cadeira e abandonem o estádio. É um bom serviço que prestam à arte, é um favor que fazem ao futebol.
Estou completamente de acordo, Os indivíduos que assim procedem não são bons portistas, pois dão azo ao adversário para terem mais força. O nosso FC PORTO este ano está fortíssimo, por isso e urgente acabar co m o abuso dos assobios. Aplaudir sempre e com muita alegria pois dessa forma damos-lhes o apoio que necessitam. Por referir em apoio, temos que ir em força a Guimarães , já que eles perderam a espada de D.Afonso Henriques, o que é de bom agoiro...
ResponderEliminarCompletamente de acordo.
ResponderEliminarAcho que esses adeptos dao mais valor a uma foto nas redes sociais do que a apoiar o clube.
Sinto que houve uma mudança nos adeptos de á 2 anos para cá.
Já sinto um pouco de nostalgia por exemplo do tempo de Jesualdo.
Em que todos que iam ao estádio e TODOS vibravam com cada jogo e sentiam com muita intensidade os clássicos.
Espero que nesta época esses ridículos adeptos acabem por achar a sua ridicularização, que parem de assobiar a torto e a direito e comecem a apoiar o clube de toda e esta nossa nação.
Nunca assobiei por um jogador falhar um passe, ou um golo, agora jogador do mágico Porto que perca a bola em fintas estupidas, desista e que não corra atrás dela com todas as ganas até a recuperar, esse tipo de jogador será sempre assobiado por mim e por muitos mais que sabemos o que é ser Porto, este tipo de atitudes não devem ser permitidas no Porto. Esta é a única situação em que assobiarei sempre. Jogadores destes no Porto, não obrigado!
ResponderEliminarA situação do Quaresma será uma situação nova, pelo menos eu não me recordo de outro exemplo no FCP, de assobios para o treinador por optar por um jogador em vez de outro quando jogam na mesma posição. Mas no caso dos assobios por não gostarem do que estão a ver fazer algum jogador, já houveram antes. Lembro-me de um jogador que era um mal amado pela massa adepta do FCP, o que já na altura me irritava solenemente, que era o Semedo. Mais recentemente tivemos o caso de Varela que também não podia falhar o que fosse que era logo apupado.
ResponderEliminarEm qualquer dos casos eu não gosto de ver e concordo com o artigo quando diz que se é para isso que vão, é preferível que estejam em casa a assobiar para a TV.
Um artigo muito bem esgalhado. Parabéns.
ResponderEliminarAbraço
Se tiver fome durante o jogo no estádio, o que é que devo comer para ser considerado um verdadeiro adepto? Cachorros e pipocas já percebi que não.
ResponderEliminarEu nunca tenho fome durante os jogos do Porto, aliás se o jogo for dos mais importantes já nem consigo comer... Para aí duas horas antes, mas hélas, não somos todos iguais. No que toca aos assobios, concordo em género, número e grau: se as coisas não correm de feição geram nervos. Se os nervos se instalam e se apupam os jogadores é natural que a coisa piore substancialmente.
ResponderEliminarDurante os jogos NUNCA assobio a equipa. Após os jogos lá tem dias... Há alturas que nem assobiar me chegava, o que me apetecia mesmo era bater-lhes (mas confio que isso foi na época passada, está ultrapassado).
Saudações azuis-e-brancas.
EVM
Eu sou daqueles que sou do Fcp nao apoio jogadores individualmente, aprendi isso quando era miudo, ainda vivi parte dos anos 70 desde que sou socio 1980 nunca gostei jogadores mimados gosto quem da tudo pelo clube ate ultima gota ......
ResponderEliminarBrilhante artigo. Deveria ser distribuído um exemplar nos jogos no Dragão. Despertaria muitas consciencias.
ResponderEliminar