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Numa altura em que existe uma crescente discussão sobre os Fundos de Investimento no futebol e onde alguns agentes resolveram tomar decisões precipitadas rasgando contratos e devolvendo apenas o capital inicial contrariando desde logo o conceito de valor temporal do dinheiro onde 1€ hoje vale mais que 1€ amanhã.Para se poder ter uma opinião devidamente fundamentada e não apenas um juízo de valor temos que perceber o papel dos fundos de investimento no futebol em geral, no futebol português em particular com principal relevo, para nós, no FC Porto.
O FC Porto inicia o recurso aos fundos de investimento quando a banca portuguesa decide reduzir-nos o financiamento e para viabilizarmos o nosso modelo de negócio tivemos necessidade de encontrar parceiros de negócio para que o modelo não parasse. Assim, surgem os fundos de investimento que partilham risco e retorno dos negócios dos atletas. Partilham risco porque quando se adquire uma percentagem do passe de um atleta se o negócio não for bem sucedido e não for possível recuperar o investimento inicial o fundo também irá incorrer em perda no montante do seu investimento inicial. Partilhamos o retorno quando após a, natural,valorização do atleta e consequente venda o fundo recebe a percentagem da venda que detinha do passe do atleta.
Se não tivessemos acesso a estes parceiros de negócio seríamos um clube semelhante a tantos outros de campeonatos como o holandês, belga ou da grécia onde teríamos acesso aos atletas formados no país e aos estrangeiros descobertos muito precocemente, antes de qualquer aparição internacional. A principal consequência seria a menor qualidade consistente dos resultados europeus. E com estes piores resultados internacionais também teríamos menos capacidade financeira e estaríamos destinados a ser mais um clube em vez de sermos o FC Porto vencedor que conhecemos.
O modelo adoptado por quem tem gerido, tão bem, o nosso clube ao longo dos últimos 30 anos implica fortes investimentos e não vivendo nós num mercado nem grande nem rico o suficiente para o merchandising, campo onde muito se evoluiu mas muito mais se pode melhorar como já mostrei em textos passados, ser capaz de financiar o modelo económico-financeiro, para termos sponsors fortes nacionais ou internacionais, para termos procura de bilhetes muito superior a 100% podendo praticar preços muito mais elevados, não havendo um pensamento conjunto e de entendimento para termos direitos televisivos elevadíssimos e negociados conjuntamente por uma liga capaz como os praticados em mercados como o inglês ou o alemão e não existindo um organizador de provas com boa capacidade económico financeiro, situação bem diferente da casa do pa...., perdão, sr. figueiredo capaz de proporcionar bons prémios de performance desportiva, somos forçados a ir em busca de parceiros económicos capazes de nos ajudar a alcançar os atletas de elevado valor que temos conseguido.
No entanto, não podemos achar que os fundos são a nossa salvação e como já defendi anteriormente temos de alcançar o equilíbrio antes das transacções com passes de atletas para não ficarmos em situação de estrangulamento nem sermos forçados a ir em aumentos de capital onde o clube não tenha capacidade de manter a sua quota-parte e por consequência vejamos investidores sedentos de lucro a absorver o poder da gestão da SAD e onde o clube deixasse de ter poder.
Os fundos deverão ser mais um dos intervenientes no mundo do futebol que devemos ser capazes de manter como aliados, assim como a generalidade dos outros agentes da modalidade porque temos muito mais a beneficiar jogando ao lado deles do que hostilizando-os e rasgando contratos, como alguns "justiceiros" que aparecem no futebol nacional mas que quando a poeira assenta fica provado que os actos de "justiça" são negativos para os clubes que gerem como já ficou provado com a guerra Vale e Azevedo/Olivedesportos.
A estratégia de não hostilização não significa que devemos privilegiar quem quer seja nalgum negócio porque existem relações pessoais ou porque gostamos mais do agente A ou B mas sim devemos privilegiar o melhor interesse do FC Porto porque só assim conseguiremos ter um clube mais forte e cada vez mais vencedor.
Para concluir, o futebol é uma das indústrias que mais milhões movimenta no mundo e para consguirmos manter o nosso patamar, que em termos de ranking UEFA acho que tenderá a ir para a 1ª metade do pote 2 frutos dos milionário que compram clubes, devemos manter boas ligações com todos os agentes que intervêm na indústria ao invés de hostilizar quem quer que seja, fundos ou empresários, porque dada a nossa necessidade de ter acessos aos melhores atletas para os valorizar e vender atitudes hostis para com estes agentes levam a que os atletas passem a aterrar noutras paragens.
O FC Porto inicia o recurso aos fundos de investimento quando a banca portuguesa decide reduzir-nos o financiamento e para viabilizarmos o nosso modelo de negócio tivemos necessidade de encontrar parceiros de negócio para que o modelo não parasse. Assim, surgem os fundos de investimento que partilham risco e retorno dos negócios dos atletas. Partilham risco porque quando se adquire uma percentagem do passe de um atleta se o negócio não for bem sucedido e não for possível recuperar o investimento inicial o fundo também irá incorrer em perda no montante do seu investimento inicial. Partilhamos o retorno quando após a, natural,valorização do atleta e consequente venda o fundo recebe a percentagem da venda que detinha do passe do atleta.
Se não tivessemos acesso a estes parceiros de negócio seríamos um clube semelhante a tantos outros de campeonatos como o holandês, belga ou da grécia onde teríamos acesso aos atletas formados no país e aos estrangeiros descobertos muito precocemente, antes de qualquer aparição internacional. A principal consequência seria a menor qualidade consistente dos resultados europeus. E com estes piores resultados internacionais também teríamos menos capacidade financeira e estaríamos destinados a ser mais um clube em vez de sermos o FC Porto vencedor que conhecemos.
O modelo adoptado por quem tem gerido, tão bem, o nosso clube ao longo dos últimos 30 anos implica fortes investimentos e não vivendo nós num mercado nem grande nem rico o suficiente para o merchandising, campo onde muito se evoluiu mas muito mais se pode melhorar como já mostrei em textos passados, ser capaz de financiar o modelo económico-financeiro, para termos sponsors fortes nacionais ou internacionais, para termos procura de bilhetes muito superior a 100% podendo praticar preços muito mais elevados, não havendo um pensamento conjunto e de entendimento para termos direitos televisivos elevadíssimos e negociados conjuntamente por uma liga capaz como os praticados em mercados como o inglês ou o alemão e não existindo um organizador de provas com boa capacidade económico financeiro, situação bem diferente da casa do pa...., perdão, sr. figueiredo capaz de proporcionar bons prémios de performance desportiva, somos forçados a ir em busca de parceiros económicos capazes de nos ajudar a alcançar os atletas de elevado valor que temos conseguido.
No entanto, não podemos achar que os fundos são a nossa salvação e como já defendi anteriormente temos de alcançar o equilíbrio antes das transacções com passes de atletas para não ficarmos em situação de estrangulamento nem sermos forçados a ir em aumentos de capital onde o clube não tenha capacidade de manter a sua quota-parte e por consequência vejamos investidores sedentos de lucro a absorver o poder da gestão da SAD e onde o clube deixasse de ter poder.
Os fundos deverão ser mais um dos intervenientes no mundo do futebol que devemos ser capazes de manter como aliados, assim como a generalidade dos outros agentes da modalidade porque temos muito mais a beneficiar jogando ao lado deles do que hostilizando-os e rasgando contratos, como alguns "justiceiros" que aparecem no futebol nacional mas que quando a poeira assenta fica provado que os actos de "justiça" são negativos para os clubes que gerem como já ficou provado com a guerra Vale e Azevedo/Olivedesportos.
A estratégia de não hostilização não significa que devemos privilegiar quem quer seja nalgum negócio porque existem relações pessoais ou porque gostamos mais do agente A ou B mas sim devemos privilegiar o melhor interesse do FC Porto porque só assim conseguiremos ter um clube mais forte e cada vez mais vencedor.
Para concluir, o futebol é uma das indústrias que mais milhões movimenta no mundo e para consguirmos manter o nosso patamar, que em termos de ranking UEFA acho que tenderá a ir para a 1ª metade do pote 2 frutos dos milionário que compram clubes, devemos manter boas ligações com todos os agentes que intervêm na indústria ao invés de hostilizar quem quer que seja, fundos ou empresários, porque dada a nossa necessidade de ter acessos aos melhores atletas para os valorizar e vender atitudes hostis para com estes agentes levam a que os atletas passem a aterrar noutras paragens.
Recomendo a leitura deste artigo, não por causa do figurão que nele é referido, mas sim porque se trata de uma bo análise ao imprescrutável mundo dos fundos de jogadores de futebol. Independentemente de o FCP ter ou não vantagem em lidar com esses fundos, é minha opinião que eles são um elemento pernicioso para o futebol em geral. A FIFA, como sabemos, está a pensar em regulá-los, ou mesmo acabar com eles. Se a última hipótese acontecer, quero ver qual vai ser a alternativa escolhida "por quem tem gerido, tão bem, o nosso clube ao longo dos últimos 30 anos".
ResponderEliminareu antes também pensava mal dos fundos, achava que era uma mentira porque os clubes vendiam os jogadores e lucravam muito menos e os salários eram cada vez maiores. Agora já não penso assim, depois de ver o negócio Mangala e outros que o FC Porto fez, acho que cabe a cada clube ter juízo e saber negociar com os fundos pois estes podem ser mais úteis do que prejudiciais. Claro que o segredo é saber negociar e nesse aspecto o FC Porto tem dado lições ao longo dos anos.
ResponderEliminarPor exemplo o negócio Brahimi, o FC Porto garantiu um jogador de grande qualidade investindo muito pouco. Se houver um preço de recompra da percentagem que agora pertence ao fundo, o negócio foi excelente. É preciso ver que os fundos não são papões, contentam-se com pouco. Se comprarem por x não têm a necessidade de vender pelo dobro, como os clubes, os fundos contentam-se com rendimentos muito mais pequenos, que são o normal no mundo financeiro.
No meu comentário acima (o primeiro), quando disse que recomendava um artigo, referia-me a este, cujo link na altura me esqueci de colocar, mas que agora aqui deixo. Obrigado.
ResponderEliminarhttp://www.sportingintelligence.com/2014/09/12/then-the-president-said-something-astonishing-he-couldnt-say-who-owned-his-players-120903/
Caro Fernando Delindro
ResponderEliminarNo essencial de acordo com o texto.
Gostava de ver o seu comentário sobre a anunciada "dádiva" de 50% dos activos do FC Porto/Clube à Fc Porto, Sad.
Abraço