Mais do que justa a vitória portista na Taça Intercontinental! Aliás, os Portistas já mereciam, no final do tempo regulamentar, um triunfo gordo que só os ferros, o guarda-redes colombiano e o árbitro puderam evitar. Com uma exibição muito conseguida, os dragões esbarravam consecutivamente num obstáculo milagroso. Assim foi até às grandes penalidades, objectivo único do Once Caldas, habituado a vencer nestas circunstâncias. Como não há mal que sempre dure, o FC Porto garantiu a conquista da última edição da prova na segunda série de grandes penalidades. Pelo meio, um infindável rol de histórias e de azares que nem a mais afamada das bruxas podia exorcizar. Contas feitas, pois são essas que ficam para a História, o FC Porto venceu a Taça Intercontinental pela segunda vez.
Desde cedo se viu que a partida teria sentido único. Com os colombianos remetidos à defesa, o esquema do Once Caldas deixava o mexicano De Nigris isolado entre os centrais do FC Porto, aqui e ali com a companhia atacante de, no máximo, três elementos. Viafara aparecia pela direita, ainda que a sua missão fosse sobretudo defensiva, Soto surgia pela esquerda, o argentino Fabbro dispunha de alguma liberdade para vaguear pelo meio-campo portista. A estratégia era clara, aguentar a partida até às grandes penalidades, e assentava em três pilares - Henao, os ferros e, em última instância, o árbitro.
O FC Porto, por seu turno, mantinha o esquema apresentado na recepção ao Chelsea (uns dias antes, para a Champions). Uma única alteração, com o contestado Areias a dar lugar a Ricardo Costa, ainda que o internacional sub-21 português nada tenha acrescentado no papel ofensivo. Assente num estilo mais directo, até porque não havia homens nas alas, o futebol portista privilegiava os lançamentos para McCarthy e Luís Fabiano, sendo que a meia-distância (com Maniche em destaque neste particular) também era uma das armas preferenciais para tentar chegar ao golo. Golo que chegou na sequência de um livre, ainda que o auxiliar tenha descortinado um fora-de-jogo muito duvidoso a Benni McCarthy. Começavam os azares, que cresceram com o primeira intervenção dos postes, a negar um brilhante golo a Fabiano, que na jogada seguinte chegou um pouco atrasado após solicitação de Diego.
Com Maniche em plano de evidência, quem sabe se empolgado pela perspectiva de férias, os portistas tinham em Benni e no Fabuloso duas unidades de extrema valia, com ambos os avançados a jogarem bem de costas para baliza, a denotarem facilidade na recepção e toque de bola, a constituírem pontos de referência para um futebol frequentemente atrofiado. Ainda antes do intervalo, os portistas já somavam mais duas bolas nos ferros, ambas no mesmo lance. Livre batido por Diego que só o poste esquerdo da baliza de Henao parou, com a recarga a encontrar novamente a barra com meta. Diz-se que não há azar que sempre dure mas a infortuna portuguesa prolongou-se durante a segunda metade.
A tónica do encontro manteve-se na etapa complementar, com Maniche a dinamizar o futebol portista e a travar, tanto ele como McCarthy, um acesso duelo com Henao na luta incansável pelo golo. No caso do sul-africano, os ferros quiseram novamente intrometer-se quando nem o carismático guardião colombiano conseguia travar as bombas do avançado portista. O golo parecia sempre uma questão de minutos mas tardava em aparecer, sendo que o conjunto sentiu negativamente as mexidas de Fernández e a natural quebra física. A saída de Luís Fabiano prejudicou o futebol do dragão e o cansaço começava a ser evidente em algumas unidades, não resultando esses factores num menor assédio portista à baliza colombiana, com as oportunidades a sucederem-se.
O prolongamento chegava com um amargo sabor a injustiça, sendo que o Once Caldas confiava cada vez mais na hipótese das grandes penalidades. Ainda os colombianos esfregavam as mãos de contentes, já o FC Porto se via forçado a queimar a última substituição. Vítor Baía ter-se-á sentido mal, sendo substituído por Nuno. De resto, trinta minutos de contenção, com os sul-americanos a arriscarem cada vez menos e os portugueses a denotarem quebra física. Chegava a lotaria das grandes penalidades, regressava a atracção ao ferro. À quarta tentativa, o melhor em campo Maniche dava ao vencedor da Libertadores da América bola para triunfo. Mais uma vez, a barra negou o golo ao FC Porto. Mas se uma mão lava a outra, o conjunto da Colômbia viu o poste evitar a vitória na prova. Segunda série de grandes penalidades decidida ao pontapé nove, o tal que foi de sorte para Pedro Emanuel, herói de um triunfo mais do que merecido do FC Porto. Assim termina a crónica de uma vitória antecipada, quiseram as circunstâncias que o sucesso do dragão tenha conhecido outros relatos para contar uma história que voltava a ser feliz - a Taça Intercontinental foi nossa!!!
Desde cedo se viu que a partida teria sentido único. Com os colombianos remetidos à defesa, o esquema do Once Caldas deixava o mexicano De Nigris isolado entre os centrais do FC Porto, aqui e ali com a companhia atacante de, no máximo, três elementos. Viafara aparecia pela direita, ainda que a sua missão fosse sobretudo defensiva, Soto surgia pela esquerda, o argentino Fabbro dispunha de alguma liberdade para vaguear pelo meio-campo portista. A estratégia era clara, aguentar a partida até às grandes penalidades, e assentava em três pilares - Henao, os ferros e, em última instância, o árbitro.
O FC Porto, por seu turno, mantinha o esquema apresentado na recepção ao Chelsea (uns dias antes, para a Champions). Uma única alteração, com o contestado Areias a dar lugar a Ricardo Costa, ainda que o internacional sub-21 português nada tenha acrescentado no papel ofensivo. Assente num estilo mais directo, até porque não havia homens nas alas, o futebol portista privilegiava os lançamentos para McCarthy e Luís Fabiano, sendo que a meia-distância (com Maniche em destaque neste particular) também era uma das armas preferenciais para tentar chegar ao golo. Golo que chegou na sequência de um livre, ainda que o auxiliar tenha descortinado um fora-de-jogo muito duvidoso a Benni McCarthy. Começavam os azares, que cresceram com o primeira intervenção dos postes, a negar um brilhante golo a Fabiano, que na jogada seguinte chegou um pouco atrasado após solicitação de Diego.
Com Maniche em plano de evidência, quem sabe se empolgado pela perspectiva de férias, os portistas tinham em Benni e no Fabuloso duas unidades de extrema valia, com ambos os avançados a jogarem bem de costas para baliza, a denotarem facilidade na recepção e toque de bola, a constituírem pontos de referência para um futebol frequentemente atrofiado. Ainda antes do intervalo, os portistas já somavam mais duas bolas nos ferros, ambas no mesmo lance. Livre batido por Diego que só o poste esquerdo da baliza de Henao parou, com a recarga a encontrar novamente a barra com meta. Diz-se que não há azar que sempre dure mas a infortuna portuguesa prolongou-se durante a segunda metade.
A tónica do encontro manteve-se na etapa complementar, com Maniche a dinamizar o futebol portista e a travar, tanto ele como McCarthy, um acesso duelo com Henao na luta incansável pelo golo. No caso do sul-africano, os ferros quiseram novamente intrometer-se quando nem o carismático guardião colombiano conseguia travar as bombas do avançado portista. O golo parecia sempre uma questão de minutos mas tardava em aparecer, sendo que o conjunto sentiu negativamente as mexidas de Fernández e a natural quebra física. A saída de Luís Fabiano prejudicou o futebol do dragão e o cansaço começava a ser evidente em algumas unidades, não resultando esses factores num menor assédio portista à baliza colombiana, com as oportunidades a sucederem-se.
O prolongamento chegava com um amargo sabor a injustiça, sendo que o Once Caldas confiava cada vez mais na hipótese das grandes penalidades. Ainda os colombianos esfregavam as mãos de contentes, já o FC Porto se via forçado a queimar a última substituição. Vítor Baía ter-se-á sentido mal, sendo substituído por Nuno. De resto, trinta minutos de contenção, com os sul-americanos a arriscarem cada vez menos e os portugueses a denotarem quebra física. Chegava a lotaria das grandes penalidades, regressava a atracção ao ferro. À quarta tentativa, o melhor em campo Maniche dava ao vencedor da Libertadores da América bola para triunfo. Mais uma vez, a barra negou o golo ao FC Porto. Mas se uma mão lava a outra, o conjunto da Colômbia viu o poste evitar a vitória na prova. Segunda série de grandes penalidades decidida ao pontapé nove, o tal que foi de sorte para Pedro Emanuel, herói de um triunfo mais do que merecido do FC Porto. Assim termina a crónica de uma vitória antecipada, quiseram as circunstâncias que o sucesso do dragão tenha conhecido outros relatos para contar uma história que voltava a ser feliz - a Taça Intercontinental foi nossa!!!
Meus Deus!, que sufoco...mas, como quase sempre, valeu a pena e BI-Campeões...do Mundo!
ResponderEliminarUm abraço
Não teve o encanto de Tóquio (neve, a hora do jogo, a minha idade, enfim...) mas foi também uma página de ouro com selo de um grande capitão pedro emanuel!
ResponderEliminarQue jogo esse!
ResponderEliminarFoi o único que vi debaixo de cobertores x)
Aquele olhar do Pedro...
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarLembro-me perfeitamente deste jogo.. Grande titulo!!
ResponderEliminarUm aparte, sabiam que os anormais do SL Merda, que se fartam de falar na "má gestão" do FCP, devido aos muito emprestados, teem mais jogadores emprestados!? ahhaha
Deixo uma lista feita por mim.
Emprestados FCP
1. André Pinto -Emprestado ao Vitoria de Setubal
2. Bura -Emprestado ao Gil Vicente
3. Candeias-Emprestado ao Huelva
4. Castro -Emprestado ao Olhanense
5. Chula (ex-júnior) -Emprestado ao Tourizense
6. Diogo Viana (ex-júnior)-Emprestado ao Venlo
7. Edson Cruz -Emprestado ao Covilhã
8. Hélder Barbosa -Emprestado ao Vitoria de Setubal
9. Ivo Pinto (ex-júnior)-Emprestado ao Vitoria de Setubal
10. Jorge Monteiro -Emprestado ao Portimonense
11. Josué (ex-júnior) -Emprestado ao Penafiel
12. Leandro -Emprestado ao Vitória da Bahia
13. Leandro Lima-Emprestado ao Cruzeiro
14. Pedro Moreira -Emprestado ao Gil Vicente
15. Pelé -Emprestado ao Valladolid
16. Rabiola -Emprestado ao Olhanense
17. Rentería -Emprestado ao Atlético Mineiro
18. Rui Pedro -Emprestado ao Gil Vicente
19. Steven Vitória-Emprestado ao Covilhã
20. Tengarrinha-Emprestado ao Olhanense
21. Ukra -Emprestado ao Olhanense
22. Ventura-Emprestado ao Olhanense
23. Benitez-Emprestado ao Lanus
24. Stepanov-
Emprestado ao Malaga
25. Bruno Vale(ultimo ano de contracto)-Emprestado ao Belenenses
---
Emprestados SLB
1) Fillipe Bastos (Belenenses)
2) Yebda (Portsmouth)
3) Makukula (Kayserispor)
4) Patrick (Cruzeiro)
5) Rubem Lima (Setúbal)
6) Yu Dabau (Mafra)
7) Zoro (Setúbal)
8) Marcel (Vissel Kobe)
9) Halliche (Nacional)
10) Romeu Ribeiro (Trofense)
11) Walter Moraes (12 Octubre)
12) Andrés Díaz (Barcelona -equador-)
13) Binya (Neuchatel Xamax)
14) Freddy Adu (Belenenses)
15) Ivan Santos (Carregado)
16) Edcarlos (Fluminense)
17) André Carvalhas (Fátima)
18) David Simão (Fátima)
19) João Pereira (Fátima)
20) Leandro Pimenta (Beira Mar)
21) Yshmael Yartey (Beira Mar)
22) Miguel Rosa (Carregado)
23) Sepsi (Racing Santander)
24) Leandro (Guimaraes)
25) José Coelho (Paços Ferreira)
26) Adriano Silva (Carregado)
27) Hélio Vaz (Mafra)
28) Ivanir Rodrigues (Mafra)
29) Abel Pereira (Mafra)
30) Pedro Eugénio (Mafra)
31) Elkesson (Vit. Bahia)
32) Balboa ---
33) Jorge Ribeiro ---
12 Dezembro, 2009
tava a ver que o Porto nao ia conseguir passar o Benfica a jogar contra eles
ResponderEliminark susto :P
assim pode ser um golo do ventura a puxa los pa baixo
Ou muito me engano ou vem aí choradeira da brava. O mascador implacável engoliu a pastilha elástica.
ResponderEliminaria havendo prenda em Olhão
ResponderEliminarViram como eles entraram condicionados pela subida de forma do Porto ?
Exige-se para amanhã uma exibição segura e convincente de forma a entrar no jogo de dia 20 já em vantagem
Repito-me, mas partilho aqui também comvosco. Abr@ços, à octocampeão.
ResponderEliminar"Este desempate por GP, foi o quarto-de-hora de futebol mais longo da minha vida. Foi um estado de nervos que me deixaram de rastos. Acabei a festejar com as lagrimas pela cara abaixo. E foi a partir deste dia, quando o meu filho mais velho me viu naquele estado, que ele próprio despertou para o portismo.
O futebol tem coisas f-a-n-t-á-s-t-i-c-a-s, que guardamos para a vida..."
Aquele olhar do grande PEDRO ficará para sempre gravado! Que manhã!
ResponderEliminarObrigado PORTO!
Um almoço que a determinada altura, se preparava para tornar deveras indigesto... mas que afinal, acabou a ser um «manjar dos Deuses»... sob o olhar de matador de El Pedro, el capitan!!!
ResponderEliminarBiCampeões do Mundo... só para quem pode... mai'nada!!!