Ser Ultra é mesmo isto: fazer muitos sacrifícios para apoiar incondicionalmente o nosso clube do coração, seja em que lugar for, dar o máximo para ajudar a ganhar cada batalha que se depare à nossa frente e nunca abandonar os nossos guerreiros, independentemente da situação.
Ganhamos a maioria das vezes, mas mesmo quando perdemos, é um orgulho acompanhar o clube e sair da bancada com o sentimento de ter dado tudo para que aqueles rapazes conseguissem a vitória.
Esta minha crónica vai servir para relatar detalhadamente o grande dia que um fantástico grupo de rapazes do Dragão viveu em Marrocos!
Apesar do resultado, saímos de lá conscientes do esforço que empregámos durante o dia todo, desde o arranque a partir da Invicta, até à chegada, já em plena madrugada. Defendemos o nosso clube com “unhas e dentes”, e é assim que será sempre! Nem a monumental carga de água que apanhámos (no regresso a telheiras quando entrámos nos carros e nas camionetas, estava tudo encharcado da cabeça aos pés!!!) nos fez abrandar. Seguimos-te até à morte, Porto!
Mostrámos toda a nossa superioridade por aquelas terras, foi um autêntico passeio. Mas nem tudo são rosas.
Quem não está habituado a estas andanças (confesso que eu também já fui um pouco assim), sempre que ouve registo de desacatos entre os Ultras e a Polícia, parte, erradamente, do princípio de que os culpados são sempre os adeptos. Estes é que são insurrectos, não têm educação nenhuma e provocam tudo e todos. Por vezes, acredito que sim, devido aos nervos à flor da pele provocados pelo jogo em si. Mas nem sempre é assim! Aliás, arrisco mesmo a dizer que quase nunca é assim! A Polícia (quando digo Polícia refiro-me principalmente a “spotters” – agentes que trabalham com as claques – e ao corpo de intervenção) tem muitas vezes o hábito de provocar os adeptos, estando todos na ânsia de que a mínima gota de água caia ao chão para avançar com os cassetetes! São mal-educados, respondem mal, e quando avançam, não querem saber se batem em quem fez ou não fez, se é homem ou mulher, grande ou pequeno, ou se tem idade para ser filho ou pai deles! São como animais raivosos, armados da cabeça aos pés. A luta é totalmente desigual e é óbvio que o adepto é que perde sempre.
Digo isto por experiência própria. Muitas das vezes parece que é a autoridade (?!) que anseia pela violência. E eu sou completamente contra isso. Uns gestos e umas bocas com os adeptos da equipa rival, tudo muito bem, são saudáveis até se compreende perfeitamente (nós não gostamos deles e eles não gostam de nós, simples), agora não tenho nem nunca tive nada contra a Polícia. Eles devem simplesmente fazer o seu trabalho, e deixar-nos fazer o que nós queremos: apenas apoiar a equipa!
20-12-2009: O despertador nem foi preciso tocar. O dia tinha chegado. O da deslocação mais aguardada ao longo da época. Invadir a cidade e o estádio do nosso maior rival estava então a muito poucas horas.
Concentração no estádio do Dragão e partida em direcção ao sul, por volta das 11h30 da manhã. Tudo preparado para o grande dia que nos esperava. Depois de recrutarmos um elemento em Espinho, às 13h parámos no restaurante “Manjar do Marquês”. Carregar baterias para o dia todo e daí para baixo ainda com mais dois elementos: ao todo já éramos sete!
Já com o papo cheio, às 14h voltámos a fazer-nos à estrada. Contactámos os nossos amigos do “Tribunal” que tinham saído do Porto num mini-bus. Eram cerca de duas dezenas. Encontrámo-nos perto da estação de serviço de Santarém, onde chegámos a parar para o cafezinho.
Passámos a portagem de Alverca por volta das 16h e logo ali encostámos do lado direito. Já muitos adeptos portistas lá estavam a fazer a festa. Muita confraternização e picardias com os vermelhos que passavam na auto-estrada. Os cânticos já estavam a ser ensaiados. Esperámos por mais um grupo de camionetas e seguimos em cortejo pela auto-estrada até telheiras. Indescritível! A invasão era enorme, tudo com os vidros abertos e com cachecóis e bandeiras ao vento, à entrada na capital do império! Ultrapassámos um carro, que decidiu abrir o vidro e insultar-nos. Teve resposta e imediatamente as viaturas da Polícia se aproximaram e ordenaram-lhe que deixasse passar a enorme fila azul e branca!
Chegámos ao politécnico de telheiras às 17h. As viaturas estacionadas, os Ultras todos a formarem a “Caixa de Segurança” e a montarem o material para a batalha que se seguiria. Nesse momento começa a chover… e não mais parou!! O que nós fazemos pelo Porto!!
O cortejo iniciou a sua marcha já passava das 18h. Cumprido completamente à chuva, mas não deixa de ser um grande momento. Cerca de meia hora a entoar cânticos por aquelas ruas, com pequenas respostas das janelas dos moradores mais próximos. O povo do Norte desceu à capital!
Eram 18h50 quando chegámos ao circo. Eis uma primeira prova de como somos tratados lá em baixo. Chovia torrencialmente, fomos todos autenticamente empurrados contra uma armação de metal. A Polícia cercava-nos. A desculpa era que não podia entrar toda a gente ao mesmo tempo. Tudo muito bem. Depois de cerca de 45 minutos a levar com água, já todo ensopado e com a linda bandeira do “BiBó-PoRtO, carago!!” na mão, lá me autorizaram a passar a primeira barreira. Mostrei o meu bilhete, fui revistado eu mais a bandeira, separadamente. Um pouco mais à frente, novo cordão de segurança para revistas. O “spotter” afirmou que para me revistar eu tinha de pousar a bandeira no chão. Já com tudo alagado, assim o fiz. Nova revista a mim e à bandeira. Depois do grupo ter passado por todo este controlo e de pensar que “agora sim, é só entrar”, eis que se depara uma situação curiosa, digna mesmo, de um estádio de terceiro mundo. É o seguinte (já tinha reparado nisto numa outra vez que lá tinha ido), adeptos da casa e visitantes: entra tudo pela mesma porta! Conclusão, tivemos de esperar mais um tempo, e para variar, a chover torrencialmente, que a organização do jogo “cortasse” a passagem à escumalha de vermelho, para aí sim, nós podermos entrar! Lá conseguimos aceder à porta de entrada, entre troca de palavras com lampiões e ordens nada simpáticas das autoridades. Até que enfim!
Fomos encaminhados para o piso inferior. Lá dentro, procurámos lugar para nos instalarmos. Sector completamente a abarrotar de portistas. De tal forma, que havia cadeiras que eram divididas por três pessoas! Autêntico o que se passou! Não havia mais espaço para nos ceder?!?
Entrada das equipas em campo. Estádio praticamente cheio, grande ambiente. Cartolinas vermelhas e brancas fizeram a coreografia deles, onde ainda se podia ler “Benfica campeão!” Os meninos continuam a sonhar, tristes…
Grande “tochada” dos No Name Boys e dos Diabos Vermelhos, acompanhadas de bandeiras gigantes. No nosso sector também foi aberta uma tocha, e muito material presente. O destaque vai para as mini-bandeiras ”12” distribuídas pelos Super Dragões, que deram um grande efeito visual à Curva Portista. De destacar também a ideia de alguns núcleos, que levaram apitos encarnados. Mesmo a calhar.
Em relação ao apoio, foi bom de parte a parte. Uma situação que não entendi foi a ausência do megafone (não deixaram entrar?!) na Curva Portista, o que, num jogo fora, dificulta sempre a que o cântico se espalhe por toda a bancada e de forma uníssona. Do lado benfiquista, destaco o poder vocal dos “NN”.
Ao intervalo do jogo, nova situação proporcionada pela suposta autoridade. Como já deu para perceber, o estádio está muito bem organizado. Na casa de banho, por exemplo, apenas um gradeamento baixinho separa a os visitantes, da dos benfiquistas da bancada central. Portanto... arremesso de objectos de parte a parte, quando de repente entra o corpo de intervenção pela nossa casa de banho dentro e “varre” tudo à sua passagem. A maioria das pessoas estava ali na fila para os urinóis. Simplesmente. O que é espantoso é a dualidade de critérios. As cargas são só para o nosso lado.
Na segunda parte, já praticamente a terminar o encontro, começam a "chover" garrafas de água cheias, do terceiro anel para o nosso sector. Uma delas caiu ao meu lado. Encerrado o jogo, nós, que assistimos aquela pouca vergonha, tentámos explicar a situação à Polícia. Mas é pior do que falar com uma porta. Para além de não nos ouvirem e gozarem com a nossa cara (todos eles com um sorrisinho cínico), começaram a bater no azul mais próximo. Estes animais da PSP acertaram num senhor com cerca de setenta anos, que nada tinha feito para ser atingido daquela maneira.
Isto, claro, causou uma grande revolta entre todos aqueles que tinham presenciado o sucedido. Àqueles heróis parecia que ainda não chegava, pois chegaram a lançar contra nós Gás-Pimenta (para quem não sabe, irrita os olhos, causa lágrimas, dor e cegueira temporária). Tudo isto era desnecessário. Gostava de saber se eles alguma vez foram tratados desta maneira aqui…
Uma hora depois, passava um pouco das 23h quando nos abriram as portas da saída. Ainda chovia mais do que à chegada. Fizemos o cortejo de volta a telheiras em péssimas condições, mas a gritar “Nós somos Campeões!” Pois é a verdade, podemos ter perdido a batalha, mas vamos ganhar a guerra! Não me lembro da última vez que tinha apanhado tanta chuva. Chegados ao local onde estavam as viaturas, foi hora de partida rumo ao Norte, por volta das 00h30. Ainda parámos em Leiria para abastecer o estômago, pois já não comíamos nada hà doze horas! Chegámos ao Dragão, já passava das 4h30 da manhã…
Tudo isto porque amamos imenso este clube e estaremos sempre a lutar por ele! Uma deslocação que ficará para a história. Até para o ano, lampiões!
O próximo jogo do mágico Porto já é em 2010, dia 2 de Janeiro às 20h, em Águeda, frente à Oliveirense, jogo em atraso da 4ª eliminatória da taça de Portugal.
Um abraço Ultra a todos Dragões e votos de um Santo e Feliz Natal!
Ganhamos a maioria das vezes, mas mesmo quando perdemos, é um orgulho acompanhar o clube e sair da bancada com o sentimento de ter dado tudo para que aqueles rapazes conseguissem a vitória.
Esta minha crónica vai servir para relatar detalhadamente o grande dia que um fantástico grupo de rapazes do Dragão viveu em Marrocos!
Apesar do resultado, saímos de lá conscientes do esforço que empregámos durante o dia todo, desde o arranque a partir da Invicta, até à chegada, já em plena madrugada. Defendemos o nosso clube com “unhas e dentes”, e é assim que será sempre! Nem a monumental carga de água que apanhámos (no regresso a telheiras quando entrámos nos carros e nas camionetas, estava tudo encharcado da cabeça aos pés!!!) nos fez abrandar. Seguimos-te até à morte, Porto!
Mostrámos toda a nossa superioridade por aquelas terras, foi um autêntico passeio. Mas nem tudo são rosas.
Quem não está habituado a estas andanças (confesso que eu também já fui um pouco assim), sempre que ouve registo de desacatos entre os Ultras e a Polícia, parte, erradamente, do princípio de que os culpados são sempre os adeptos. Estes é que são insurrectos, não têm educação nenhuma e provocam tudo e todos. Por vezes, acredito que sim, devido aos nervos à flor da pele provocados pelo jogo em si. Mas nem sempre é assim! Aliás, arrisco mesmo a dizer que quase nunca é assim! A Polícia (quando digo Polícia refiro-me principalmente a “spotters” – agentes que trabalham com as claques – e ao corpo de intervenção) tem muitas vezes o hábito de provocar os adeptos, estando todos na ânsia de que a mínima gota de água caia ao chão para avançar com os cassetetes! São mal-educados, respondem mal, e quando avançam, não querem saber se batem em quem fez ou não fez, se é homem ou mulher, grande ou pequeno, ou se tem idade para ser filho ou pai deles! São como animais raivosos, armados da cabeça aos pés. A luta é totalmente desigual e é óbvio que o adepto é que perde sempre.
Digo isto por experiência própria. Muitas das vezes parece que é a autoridade (?!) que anseia pela violência. E eu sou completamente contra isso. Uns gestos e umas bocas com os adeptos da equipa rival, tudo muito bem, são saudáveis até se compreende perfeitamente (nós não gostamos deles e eles não gostam de nós, simples), agora não tenho nem nunca tive nada contra a Polícia. Eles devem simplesmente fazer o seu trabalho, e deixar-nos fazer o que nós queremos: apenas apoiar a equipa!
20-12-2009: O despertador nem foi preciso tocar. O dia tinha chegado. O da deslocação mais aguardada ao longo da época. Invadir a cidade e o estádio do nosso maior rival estava então a muito poucas horas.
Concentração no estádio do Dragão e partida em direcção ao sul, por volta das 11h30 da manhã. Tudo preparado para o grande dia que nos esperava. Depois de recrutarmos um elemento em Espinho, às 13h parámos no restaurante “Manjar do Marquês”. Carregar baterias para o dia todo e daí para baixo ainda com mais dois elementos: ao todo já éramos sete!
Já com o papo cheio, às 14h voltámos a fazer-nos à estrada. Contactámos os nossos amigos do “Tribunal” que tinham saído do Porto num mini-bus. Eram cerca de duas dezenas. Encontrámo-nos perto da estação de serviço de Santarém, onde chegámos a parar para o cafezinho.
Passámos a portagem de Alverca por volta das 16h e logo ali encostámos do lado direito. Já muitos adeptos portistas lá estavam a fazer a festa. Muita confraternização e picardias com os vermelhos que passavam na auto-estrada. Os cânticos já estavam a ser ensaiados. Esperámos por mais um grupo de camionetas e seguimos em cortejo pela auto-estrada até telheiras. Indescritível! A invasão era enorme, tudo com os vidros abertos e com cachecóis e bandeiras ao vento, à entrada na capital do império! Ultrapassámos um carro, que decidiu abrir o vidro e insultar-nos. Teve resposta e imediatamente as viaturas da Polícia se aproximaram e ordenaram-lhe que deixasse passar a enorme fila azul e branca!
Chegámos ao politécnico de telheiras às 17h. As viaturas estacionadas, os Ultras todos a formarem a “Caixa de Segurança” e a montarem o material para a batalha que se seguiria. Nesse momento começa a chover… e não mais parou!! O que nós fazemos pelo Porto!!
O cortejo iniciou a sua marcha já passava das 18h. Cumprido completamente à chuva, mas não deixa de ser um grande momento. Cerca de meia hora a entoar cânticos por aquelas ruas, com pequenas respostas das janelas dos moradores mais próximos. O povo do Norte desceu à capital!
Eram 18h50 quando chegámos ao circo. Eis uma primeira prova de como somos tratados lá em baixo. Chovia torrencialmente, fomos todos autenticamente empurrados contra uma armação de metal. A Polícia cercava-nos. A desculpa era que não podia entrar toda a gente ao mesmo tempo. Tudo muito bem. Depois de cerca de 45 minutos a levar com água, já todo ensopado e com a linda bandeira do “BiBó-PoRtO, carago!!” na mão, lá me autorizaram a passar a primeira barreira. Mostrei o meu bilhete, fui revistado eu mais a bandeira, separadamente. Um pouco mais à frente, novo cordão de segurança para revistas. O “spotter” afirmou que para me revistar eu tinha de pousar a bandeira no chão. Já com tudo alagado, assim o fiz. Nova revista a mim e à bandeira. Depois do grupo ter passado por todo este controlo e de pensar que “agora sim, é só entrar”, eis que se depara uma situação curiosa, digna mesmo, de um estádio de terceiro mundo. É o seguinte (já tinha reparado nisto numa outra vez que lá tinha ido), adeptos da casa e visitantes: entra tudo pela mesma porta! Conclusão, tivemos de esperar mais um tempo, e para variar, a chover torrencialmente, que a organização do jogo “cortasse” a passagem à escumalha de vermelho, para aí sim, nós podermos entrar! Lá conseguimos aceder à porta de entrada, entre troca de palavras com lampiões e ordens nada simpáticas das autoridades. Até que enfim!
Fomos encaminhados para o piso inferior. Lá dentro, procurámos lugar para nos instalarmos. Sector completamente a abarrotar de portistas. De tal forma, que havia cadeiras que eram divididas por três pessoas! Autêntico o que se passou! Não havia mais espaço para nos ceder?!?
Entrada das equipas em campo. Estádio praticamente cheio, grande ambiente. Cartolinas vermelhas e brancas fizeram a coreografia deles, onde ainda se podia ler “Benfica campeão!” Os meninos continuam a sonhar, tristes…
Grande “tochada” dos No Name Boys e dos Diabos Vermelhos, acompanhadas de bandeiras gigantes. No nosso sector também foi aberta uma tocha, e muito material presente. O destaque vai para as mini-bandeiras ”12” distribuídas pelos Super Dragões, que deram um grande efeito visual à Curva Portista. De destacar também a ideia de alguns núcleos, que levaram apitos encarnados. Mesmo a calhar.
Em relação ao apoio, foi bom de parte a parte. Uma situação que não entendi foi a ausência do megafone (não deixaram entrar?!) na Curva Portista, o que, num jogo fora, dificulta sempre a que o cântico se espalhe por toda a bancada e de forma uníssona. Do lado benfiquista, destaco o poder vocal dos “NN”.
Ao intervalo do jogo, nova situação proporcionada pela suposta autoridade. Como já deu para perceber, o estádio está muito bem organizado. Na casa de banho, por exemplo, apenas um gradeamento baixinho separa a os visitantes, da dos benfiquistas da bancada central. Portanto... arremesso de objectos de parte a parte, quando de repente entra o corpo de intervenção pela nossa casa de banho dentro e “varre” tudo à sua passagem. A maioria das pessoas estava ali na fila para os urinóis. Simplesmente. O que é espantoso é a dualidade de critérios. As cargas são só para o nosso lado.
Na segunda parte, já praticamente a terminar o encontro, começam a "chover" garrafas de água cheias, do terceiro anel para o nosso sector. Uma delas caiu ao meu lado. Encerrado o jogo, nós, que assistimos aquela pouca vergonha, tentámos explicar a situação à Polícia. Mas é pior do que falar com uma porta. Para além de não nos ouvirem e gozarem com a nossa cara (todos eles com um sorrisinho cínico), começaram a bater no azul mais próximo. Estes animais da PSP acertaram num senhor com cerca de setenta anos, que nada tinha feito para ser atingido daquela maneira.
Isto, claro, causou uma grande revolta entre todos aqueles que tinham presenciado o sucedido. Àqueles heróis parecia que ainda não chegava, pois chegaram a lançar contra nós Gás-Pimenta (para quem não sabe, irrita os olhos, causa lágrimas, dor e cegueira temporária). Tudo isto era desnecessário. Gostava de saber se eles alguma vez foram tratados desta maneira aqui…
Uma hora depois, passava um pouco das 23h quando nos abriram as portas da saída. Ainda chovia mais do que à chegada. Fizemos o cortejo de volta a telheiras em péssimas condições, mas a gritar “Nós somos Campeões!” Pois é a verdade, podemos ter perdido a batalha, mas vamos ganhar a guerra! Não me lembro da última vez que tinha apanhado tanta chuva. Chegados ao local onde estavam as viaturas, foi hora de partida rumo ao Norte, por volta das 00h30. Ainda parámos em Leiria para abastecer o estômago, pois já não comíamos nada hà doze horas! Chegámos ao Dragão, já passava das 4h30 da manhã…
Tudo isto porque amamos imenso este clube e estaremos sempre a lutar por ele! Uma deslocação que ficará para a história. Até para o ano, lampiões!
O próximo jogo do mágico Porto já é em 2010, dia 2 de Janeiro às 20h, em Águeda, frente à Oliveirense, jogo em atraso da 4ª eliminatória da taça de Portugal.
Um abraço Ultra a todos Dragões e votos de um Santo e Feliz Natal!
Nada me surpreende...na ultima final da taça de portugal, numa zona de lisboa que só estavam 3 portistas (eu e dois Amigos) um deficiente da policia quando nós saímos do comboio disse a uma amiga minha que transportava com orgulho o cachecol do tetra campeão - «havias de apanhar 10!!!!» - disse mesmo assim sem ela sequer olhar para ele!!! Eu vinha atrás e disse-lhe para comprar comprimidos para a azia na farmácia e por pouco ele não reagiu de forma violenta!!!
ResponderEliminarNunca fiz uma deslocação como tu fizeste, mas ai imagino o que será o tratamento desses animais!!!
Bom natal para todos e vamos acreditar que o nosso porto no próximo ano vai fazer de nós muito felizes!!!!
Rumo ao Penta!!!!
Entraste no 1º Grupo para o Estádio? Bem bom, pois houve quem tivesse de aguentar quase 2 horas parado a levar com a Chuva, antes de entrar para aquela porcaria!
ResponderEliminarEngraçado é a quantidade de água que cai por todo o estádio, a meio da Pala! Ehehe
Aquilo é mesmo muito mau! Só me pergunto é, como foi possível haver um desvio tão grande de verbas aquando da construção daquilo, entre o que foi Orçamentado e o que realmente se gastou, para dar um Resultado daqueles, sem classe, sem condições, nitidamente construído à pressa.
Quanto à Polícia, nem é preciso argumentar muito mais, tal é a evidência das verdadeiras intenções que eles demonstram. Comigo, até ver, não tiveram hipótese, por mais Parvalhões que sejam. Acho que percebem logo com o que podem contar, pois se lhes respondermos com nível, num tom acertado, eles já nem sabem onde se meter. Até os Colegas lhes vêm aconselhar calma, tal como aconteceu em duas ocasiões neste Domingo. Eles bem tentavam que eu reagisse da forma que eles queriam, mas no fundo deu para brincar com eles...
Força, que é preciso muito mais que isso para abater os Dragões.
ResponderEliminarBom Natal
Portista agredido à saída da Luz
ResponderEliminar23.12.2009, M. A.
No clássico da Luz, fora das quatro linhas, nem tudo correu bem. Pelo menos um adepto do F. C. Porto foi agredido à saída do estádio.
Adepto do F.C. Porto ficou bastante maltratado, após uma cena de murros e pontapés
Trata-se de um estudante universitário, que ficou bastante maltratado, sobretudo na boca, com dentes partidos.
"Isto não cura o meu filho, mas tem que ser divulgado. Há que despertar consciências. Amanhã, pode ser outra mãe a viver o mesmo drama. Estou revoltada. Como é possível as pessoas ficarem impunes?", lamentou, ao JN, a mãe do jovem, insurgindo-se contra os agressores e desiludida com a operação policial, que deixou o seu filho desprotegido.
A violência partiu de seis indivíduos, que esperaram pela saída dos adeptos portistas. Assim que terminou o jogo, a falange de apoio azul e branca teve que aguardar cerca de uma hora para abandonar as bancadas. Cumprido esse período, a claque dos SuperDragões foi escoltada pela Polícia até à zona dos autocarros.
O adepto agredido, que por razões de segurança não quer ser identificado em público, também seguiu com a claque. O incidente verificou-se assim que deixou os SuperDragões e dirigiu-se para a sua viatura. Foi, então, abordado por um grupo, que, ao constatar que era portador de um cachecol do F. C. Porto, reagiu ao murro e ao pontapé.
Tudo aconteceu num ápice, deixando-o indefeso. Outro adepto portista que o acompanhava foi impotente para travar a tumultuosa abordagem. Após o sucedido, o agredido deu disso conta à Polícia e recebeu assistência hospitalar. Além de ter esta quadra, Natal e Passagem de Ano, estragada, tem, ainda, pela frente um indesejado caminho a percorrer, devido aos tratamentos. Para já, nos próximos 15 dias, só pode ingerir líquidos. E um dia que estava a ser uma experiência interessante, por ser a primeira vez que assistia a um jogo em Lisboa, transformou-se num episódio traumatizante.
"Nunca mais vou a Lisboa ver um desafio. Correr risco de vida, não!", afirmou, lamentando a falta de segurança no exterior do estádio. Esta crítica foi suportada pelo pai, ao considerar que as forças policiais concentram as atenções nas claques e perdem de vista os restantes adeptos. Ele próprio já teve problemas nas deslocações do F. C. Porto à Luz.
http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Desporto/Interior.aspx?content_id=1454059
Essa desse Miúdo fez-me recuar 3 anos no tempo e lembrar uma história em todo semelhante que ocorreu, exactamente naquele sítio, comigo e com um amigo meu! O Paulo, meu amigo, foi esfaqueado num Braço, tivemos de passar a noite no Hospital e tudo mais...
ResponderEliminarA partir daí, juntome sempre à Comitiva em Telheiras. Dessa forma, temos de aturar a Bófia Nojenta, mas pelo menos não tornarei a correr risco de vida.
O impressionante daquilo, é que acontece em plena 2ª Circular, a uns 200 metros do Estádio, sem a presença de UM ÚNICO POLÍCIA!!
Grande Tripeiro. Um grande abraço de solidariedade pelo que a malta Portista sofreu na terra desse Povo de M*RDA. FORÇA PORTO!
ResponderEliminarBOM NATAL.
É revoltante ler pelo que passaram os adeptos do FC Porto no jogo da Luz...
ResponderEliminarUm grande abraço para todos os que lá estiveram!
O Autor,
ResponderEliminarInfelizmente são cada vez mais frequentes estas situações. Os polícias aka robocops provocam até à última, mas quem fica com a má fama somos nós que fazemos esforços inacreditáveis para acompanhar o clube durante o ano... e somos tratados como animais...
João Ribas,
Meu caro, por acaso em relação ao atraso na entrada no estádio, apesar de ser muito, há pessoas com mais razões de queixa do que eu! Digamos que ía perto do pelotão da frente na "caixa de segurança". Aquando da chegada ao circo, mesmo assim, esperei cerca de 45 min à chuva para entrar. Porém, já ouvi relatos de quem esteve quase duas horas para ser autorizado e avançar!! Ás vezes até separam o pessoal que tem material (bandeiras, estandartes, etc) do que não tem... mas neste Domingo, com a carga d'água que fazia, foi tudo ao molho e fé em Deus!
Em relação à chuva que caía já lá dentro, por momentos pensei que estava ainda lá fora, tal era a água que caía...
Blue:
Uma situação a lamentar de todo, mais uma. Uns cobardolas esses "NN"... no cortejo de regresso a telheiras quando passámos por eles, estavam todos atrás dumas árvores a mandar umas bocas, só...
São situações destas que revoltam uma pessoa... não sei se os nnennucos se esqueceram de que ainda temos a segunda volta...
Vila Pouca, Lucho e Sevilha:
São momentos como estes que nos fortalecem e fazem com que a nossa ligação ao clube seja cada vez mais forte, se é que é possível :) Apoiar e defender o nosso emblema em todo o lado!!
AMO-TE PORTO
UM BOM NATAL A TODOS!
BIBÓ-PORTO-CARAGO!
Bem, quem pensa que já leu/ouviu tudo sobre o clássico está enganado: FC Porto com multa de 950 euros devido a mau comportamento dos adeptos. De "rir"....
ResponderEliminarTRipeiro... descrição mais verdadeira de tudo o vivido em Marrocos... sem tirar, nem pôr!!!
ResponderEliminarFalta muito pá próxima? ;)
Infelizmente tudo o que aí está escrito é verdade. Enfim
ResponderEliminarAbraço
Tripeiro, fizes-te uma descrição de tudo o que se passou a 100%, fizes-te um trabalho excelente!
ResponderEliminarOs apitos eram laranja, não eram encarnados!
Ainda estou a sofrer fisicamente a chuva que apanhei em Marrocos, nunca mais passa a tosse e constipação, mas foi por amor ao meu Porto, e para o ano, como sempre lá estarei!
BIBÓ PORTO
São estes os ultras do porto que merecem o meu respeito !
ResponderEliminarGrande crónica caro Portista.
ResponderEliminarTambém estive lá e apesar de ter visto o jogo num local mais confortável também pude apreciar a falta de qualidade do estádio (pois chovia por todo o lado debaixo da pala) e a estupidez daquela gente.
Não posso ficar indiferente a uma conversa que ouvi de uma Pai com um filho que lhe dizia com satisfação que tinha ouvido dizer que o Pinto da Costa ter-se-ia sentido mal e que tinha ido de urgência para o Hospital. O menino, com menos de 10 anos, ligou de imediato à mãe para tentar confirmar se esta teria ouvido a mesma notícia pela televisão. É lamentável e triste presenciar este ódio que se cultiva desde a infância.
São estas as nossas grandes diferenças. Somos um clube nobre (sempre fomos), de uma grandeza inigualável. Os outros, são reles e mesquinhos. Gente pequena e deslumbrada.
Há muitos outros exemplos que poderia relatar aqui, mas não interessa... O que importa mesmo salientar é que continuarei sempre a acompanhar o meu PORTO, porque no final, ao erguermos a Taça um pouco dessa vitória também contou com o meu sofrimento.
Um Abraço de campeão e FELIZ 2010
NM e Jacques, obrigado pelos vossos comentários.
ResponderEliminarJacques,
"O que importa mesmo salientar é que continuarei sempre a acompanhar o meu PORTO, porque no final, ao erguermos a Taça um pouco dessa vitória também contou com o meu sofrimento."
Penso exactamente da mesma forma :)
Um Abraço