O trilho da Calçada este ano, em vez de seguir por atalho, como é significado da palavra, tem antes seguido por desvio, com este e aquele percalço no seu encalço. Costuma-se dizer que “o caminho faz-se caminhando”, verdade verdadeira, que não me atrevo a desmentir, mas se o podermos fazer depressa e bem, melhor ainda, mas como também desse dito reza que “não há quem…”, só me resta pedir, que a Via Penta que resta percorrer, seja edificada mais habilmente e com menos sinuosidade, já que ainda acredito na sua conclusão.
Caminhos para o sucesso não há muitos, e aqueles que como nós o conhecemos, sabemos que ter só boas pedras não chega, há que saber poli-las e encaixá-las bem, para que os novos diamantes, outrora meras lajes, não façam do caminho um tapete escorregadio e tortuoso. Por vezes, dou por mim a pensar, neste e naquele jogador, pedras preciosas de hoje, neste e naquele modelo, esquemas da moda de hoje, e em como via um futebol atractivo, com dinâmica, com golos marcados, poucos ou nenhuns sofridos, a bola teimava e não querer fazer mais do que um ou dois toques no pé de cada um; tudo fluía para a vitória, o FC Porto jogava bem à bola. Saudosismo um pouco contrastante, com aquilo a que tenho estado habituado nestas últimas semanas.
Bem sei que continuamos a ser o Porto, o clube que está a mais num país que o rejeita, mas que sabe e esconde que precisa dele, tal como tão bem disse Jorge Nuno Pinto da Costa, e que (possivelmente), “temos jogadores para sermos campeões” como mencionou, aquele que a par de Vítor Baía e Jorge Costa encarna o verdadeiro jogador à Porto, o nosso capitão Bruno Alves. Aquilo que não sei, é de quanto mais tempo precisará o professor Jesualdo Ferreira, para perceber, que ter só bons jogadores não chega, e que para um esquema de jogo a que vinha habituado, já não dispõe de peças com as características de outras.
Apesar de a época ser natalícia, pouco ou nada se sabe que prendas irá ter Jesualdo no sapatinho, mas para já a boa nova é de que pela primeira vez esta época o treinador portista tem à sua disposição todo o plantel, isto se rejeitarmos a ideia de que o seu plantel é apenas constituído pelos seus treze a catorze fetiches. Orlando Sá está completamente recuperado e poderá, assim, ser mais uma opção válida, para um ataque que muito prometeu, mas que tem tido dias de pouca inspiração. Não sendo, a meu ver, no ataque que reside o principal problema deste FC Porto, seria interessante o professor, nos seus tempos mortos, ir dando umas bicadas no que pela blogoesfera se diz e encaixar umas ideias, tirando notas como:
Belushi não é Lucho e já não temos aquele poço de talento defensivo/atacante de nome Lisandro; Fernando não pode ser o homem que faz as transições, pois corre sempre o risco de perder muitas bolas e descompensar a defesa; apesar de subida de forma de Meireles, este não pode fazer mais pêndulo, do que já faz no meio campo. Ora, por tudo, isto, fica patente, que o modelo táctico preferido de Jesualdo (4-3-3), com estes homens não consegue resultar. Juntando a tudo isto, o FC Porto, para além de Varela, já não dispõe de extremos puros, que vão à linha cruzar, como é apanágio deste tipo de sistema. O plantel até pode ser curto, mas é bom relembrar que ainda temos soluções, no meio campo, capazes de contornar aquilo que agora é um problema, e fazer disso uma solução. C. Rodriguez, Varela, Tomás Costas e Guarín podem ocupar uma vaga de meio campo, à semelhança do que faz Raul Meireles num dos lados (direita), solidificando o meio campo e libertando Hulk e Falcao quer para os seus rasgos individuais quer para a hipótese de tabelas entre estes. A possibilidade de utilizar um sistema de jogo que assente num 4-1-3-2 ganha ainda mais relevância se pensarmos que acabámos de fazer uma cláusula de rescisão de 30 milhões de euros, numa jovem promessa portuguesa de 17 anos, das camadas jovens do clube. Porquê excluir um talento que até sabe defender e faz de número dez, quando em Espanha e Inglaterra apostam neles ainda mais cedo?
Nesta altura do campeonato, de certo que o tempo não é de experiências, mas também não é de nos tentarmos habituar a algo que possa vir a resultar (um pouco melhor). Não chega ter o plantel mais valioso da Liga, quando só é testado metade dele e quebrando a confiança deste e daquele, já que enquanto cá se fizerem cláusulas e se gastarem aos milhões no banco, lá fora os Almeidas e o Fabianos continuam a marcar, os Ibsons a jogar, os Diegos a explodir e os Bollatis a apurar…oportunidades que cá lhes negaram.
Abraço e fiquem por aí, que eu fico…
Caminhos para o sucesso não há muitos, e aqueles que como nós o conhecemos, sabemos que ter só boas pedras não chega, há que saber poli-las e encaixá-las bem, para que os novos diamantes, outrora meras lajes, não façam do caminho um tapete escorregadio e tortuoso. Por vezes, dou por mim a pensar, neste e naquele jogador, pedras preciosas de hoje, neste e naquele modelo, esquemas da moda de hoje, e em como via um futebol atractivo, com dinâmica, com golos marcados, poucos ou nenhuns sofridos, a bola teimava e não querer fazer mais do que um ou dois toques no pé de cada um; tudo fluía para a vitória, o FC Porto jogava bem à bola. Saudosismo um pouco contrastante, com aquilo a que tenho estado habituado nestas últimas semanas.
Bem sei que continuamos a ser o Porto, o clube que está a mais num país que o rejeita, mas que sabe e esconde que precisa dele, tal como tão bem disse Jorge Nuno Pinto da Costa, e que (possivelmente), “temos jogadores para sermos campeões” como mencionou, aquele que a par de Vítor Baía e Jorge Costa encarna o verdadeiro jogador à Porto, o nosso capitão Bruno Alves. Aquilo que não sei, é de quanto mais tempo precisará o professor Jesualdo Ferreira, para perceber, que ter só bons jogadores não chega, e que para um esquema de jogo a que vinha habituado, já não dispõe de peças com as características de outras.
Apesar de a época ser natalícia, pouco ou nada se sabe que prendas irá ter Jesualdo no sapatinho, mas para já a boa nova é de que pela primeira vez esta época o treinador portista tem à sua disposição todo o plantel, isto se rejeitarmos a ideia de que o seu plantel é apenas constituído pelos seus treze a catorze fetiches. Orlando Sá está completamente recuperado e poderá, assim, ser mais uma opção válida, para um ataque que muito prometeu, mas que tem tido dias de pouca inspiração. Não sendo, a meu ver, no ataque que reside o principal problema deste FC Porto, seria interessante o professor, nos seus tempos mortos, ir dando umas bicadas no que pela blogoesfera se diz e encaixar umas ideias, tirando notas como:
Belushi não é Lucho e já não temos aquele poço de talento defensivo/atacante de nome Lisandro; Fernando não pode ser o homem que faz as transições, pois corre sempre o risco de perder muitas bolas e descompensar a defesa; apesar de subida de forma de Meireles, este não pode fazer mais pêndulo, do que já faz no meio campo. Ora, por tudo, isto, fica patente, que o modelo táctico preferido de Jesualdo (4-3-3), com estes homens não consegue resultar. Juntando a tudo isto, o FC Porto, para além de Varela, já não dispõe de extremos puros, que vão à linha cruzar, como é apanágio deste tipo de sistema. O plantel até pode ser curto, mas é bom relembrar que ainda temos soluções, no meio campo, capazes de contornar aquilo que agora é um problema, e fazer disso uma solução. C. Rodriguez, Varela, Tomás Costas e Guarín podem ocupar uma vaga de meio campo, à semelhança do que faz Raul Meireles num dos lados (direita), solidificando o meio campo e libertando Hulk e Falcao quer para os seus rasgos individuais quer para a hipótese de tabelas entre estes. A possibilidade de utilizar um sistema de jogo que assente num 4-1-3-2 ganha ainda mais relevância se pensarmos que acabámos de fazer uma cláusula de rescisão de 30 milhões de euros, numa jovem promessa portuguesa de 17 anos, das camadas jovens do clube. Porquê excluir um talento que até sabe defender e faz de número dez, quando em Espanha e Inglaterra apostam neles ainda mais cedo?
Nesta altura do campeonato, de certo que o tempo não é de experiências, mas também não é de nos tentarmos habituar a algo que possa vir a resultar (um pouco melhor). Não chega ter o plantel mais valioso da Liga, quando só é testado metade dele e quebrando a confiança deste e daquele, já que enquanto cá se fizerem cláusulas e se gastarem aos milhões no banco, lá fora os Almeidas e o Fabianos continuam a marcar, os Ibsons a jogar, os Diegos a explodir e os Bollatis a apurar…oportunidades que cá lhes negaram.
Abraço e fiquem por aí, que eu fico…
Excelente escrita João, e excelente texto, cheio de razão. Eu também acredito no sucesso final da "Via Penta". Para isso, há que jogar "à Porto", como acredito que esta equipa seja capaz de o fazer.
ResponderEliminarOs jogadores não são os mesmo da época passada e o professor tem de ter isso em conta. Há que pensar que em vários jogos entramos com metade da equipa nova em relação ao ano transacto!!
Em relação ao plantel, uma das falhas que reconheço no professor é a de usar sempre o mesmo "núcleo" de jogadores. Rotinas.
Como dizes e bem, há que dar oportunidades aos que jogam menos e apostar nos jovens (Sérgio Oliveira!!) também.
E se necessário, recorrer ao mercado em Janeiro.
FORÇA MÁGICO PORTO
TETRAbraço
Acho uma inevitbilidade ir ao mercado de inverno sobetudo para o meio campo, com um jogador de qualidade que saiba construir e marcar ritmos de jogo, daqueles que pegue logo de estaca e não tenha que passar meio ano!à procura de aprender os "processos".
ResponderEliminarEstamos numa fase crucial, quase de tudo ou nada...
Se passarmos incólumes ou quase nesta fase,então estaremos a caino firme do Penta. Senão...
Pelo que se pede empenho, engenho, arte, sangue, suor e lágrimas...
Fundamental nestes jogos até à paragem natalícia não perder o comboio e depois, com calma, analisar e melhorar.
ResponderEliminarUm abraço
João, sábias as tuas palavras, é o que primeiro me apraz dizer.
ResponderEliminarDe facto, as pedras da Calçada, esta época, estão mais ásperas e menos sólidas, mas como quem anda por gosto, não cansa... quem AMA por Paixão, nunca abandona!
Por isso, estes, porque são os que cá estão, terão sempre o meu total e inequivoco apoio... mesmo sabendo que as pedras da tal Calçada, denotam alguns declives... mas que aposto e tenha a completa certeza, que estes, no final, também farão parte da história «ganhadora» do nosso FC Porto.
Quanto ao mercado, a ver vamos... se for pa encher plantel, nem pensar!... se for para, cirurgicamente, colmatar algum défice aqui ou acolá, mas de qualidade óbvia, venham de lá esse ou esses, porque todos juntos, nunca seremos demais na busca da glória suprema!
O PENTA está já ali... vambora!!
Está na hora de jogar com Hulk no meio. Parece-me uma boa escolha para amanhã. Surpreender, sabe o q é isso Professor?
ResponderEliminarGanhar amanhã é importantíssimo sob pena da calçada ficar ainda mais áspera.
ABraço João:)
O nosso calceteiro é um artista, basta reparar nos seus desenhos e na perfeição do colocar das pedras.
ResponderEliminarTenho como certo que essa calçada, mesmo que o artista se interrogue a cada passo se será este ou aquele o melhor encaixe das pedras, o resultado será sem sombra de dúvidas penta-perfeito.
Porto sempre.