Todos nós, fiéis seguidores do emblema do Dragão, teremos histórias e estórias para contar. Ano após ano, acompanhando o périplo dos azuis e brancos pelo País fora, fomos confrontados com situações pouco ortodoxas, excêntricas, cómicas, trágicas, insólitas ou simplesmente sensíveis…
Aqui ficam algumas:
Aqui ficam algumas:
1. dia 28 de Agosto de 1994. A madrugada tinha sido dramática. A notícia, conhecida ao despertar, chocante. Rui Filipe, uma das grandes promessas do futebol portista, tinha falecido, vítima de um brutal acidente de viação. Consternado, sentado de forma apática no sofá da sala, tentava processar o desaparecimento do loirinho portista, exemplo de profissionalismo, dedicado inteiramente ao clube, mantendo aquele ar tímido, como se envergonhado de jogar ao lado dos monstros sagrados como Baía, João Pinto, André ou Fernando Couto. Recordei o seu último golo, brilhante, em pleno Estádio da Luz, no empate conseguido para a Supertaça. E o cartão vermelho, perto do final do jogo, que se revelou fatal…
O jogo desse dia tinha adquirido um papel transcendente. O Porto jogaria, não apenas pela comum vitória, mas por algo mais nobre. Pela memória de um companheiro, de um amigo, de um jogador cujo futuro brilhante tinha sido cerceado, de forma abrupta. Vivendo a poucos minutos de Aveiro, a deslocação ao Mário Duarte, planeada há algum tempo atrás, adquiriu também para mim um significado especial: prestar uma homenagem ao bravo guerreiro de azul vestido…
Fiat Punto a caminho [o meu primeiro carro, adquirido 5 dias antes do jogo], cachecol e camisola envergados e uma enorme ânsia. De cantar, a plenos pulmões. De bradar aos céus, naquele dia mais do que nunca, quão injusto era o Destino. A viagem, de apenas míseros 10 quilómetros, não chegou ao fim. Parado nuns semáforos, ouvi um som arrepiante: o de travões a chiarem, em desespero. Depois, só mesmo o embate na traseira do meu carro. E a escuridão. Acordei poucos minutos depois, no Hospital, felizmente sem grandes mazelas físicas. O jogo, esse, ficou para 2º plano. Aquele jogo que eu não queria perder, por nada deste Mundo. “A sad, sad day”. As palavras de Bobby Robson, ao recordar esse dia, dizem tudo!
2. Gelsenkirchen foi uma agradável surpresa, depois da canícula brutal de Sevilha. Temperatura amena, temperada com um ar fresco que aconselhava o uso de um casaco, numa cidade onde a arquitectura teutónica mostrava a imponência e majestade de um País que está habituado a ser vanguarda.
2. Gelsenkirchen foi uma agradável surpresa, depois da canícula brutal de Sevilha. Temperatura amena, temperada com um ar fresco que aconselhava o uso de um casaco, numa cidade onde a arquitectura teutónica mostrava a imponência e majestade de um País que está habituado a ser vanguarda.
O tempo que falta, antes de um jogo decisivo, é o que mais custa a passar. O nervoso miudinho tomando conta de nós, esmagando qualquer outra emoção, mantendo apenas a ansiedade galopante. E o cérebro, que não descansa, dissecando cenários apocalípticos, catastróficos. O medo da derrota tudo condiciona.
Deambulava eu pelas imediações do Estádio, obra de grande impacto visual e estético, a mente processando, vezes sem conta, imagens de glória misturadas com derrotas contundentes. O ar frio do dia, sorvido em pequenas golfadas, não ajudava a distrair os pensamentos. Queria aquela Taça. Imaginava o momento de glória. A festa. A loucura sadia. E faltava ainda tanto tempo. Tempo demais. Com os sons da tradicional música de baile portuguesa a soar nos ouvidos, o cheiro a febras e sardinhas assadas a alimentar o estômago, sentei-me numa sombra frondosa, vendo o bulício de quem passava, irmanado nas mesmas crenças. O meu olhar fixou-se numa figura pouco convencional, naquele cenário. Um rapaz, de tez pálida, aparentando não mais do que 12/13 anos, deambulando perdido pelo meio da multidão. Os olhos de um azul brilhante, o cabelo louro, cortado à escovinha, eram sinais claros da sua ascendência germânica. Pensei que seria mais um exemplar da diáspora lusitana. Contudo, o que mais me atraiu foi a camisola que envergava. Toscamente feita, com umas listas verticais claramente pinceladas à mão, ostentava um curioso símbolo no peito, vagamente semelhante ao orgulhosamente cozido nas camisolas da nossa adoração. Atrás, pintadas em letras garrafais, um enorme 10 prestava vassalagem a quatro letrinhas: DECO.
Lembro-me de ter sorrido. Curioso, procurei conversar com o adolescente. Para grande surpresa minha era alemão de gema, não sabendo articular nenhum som na língua de Camões, mas era apaixonado pelo Porto. O diálogo, possivelmente curioso a quem passaria nas imediações, foi entabulado num inglês macarrónico. Arne, assim se chamava o germânico adepto portista, desfiou as suas memórias. Confessou-se seguidor dos Dragões desde o correctivo aplicado pelos portistas ao vigente campeão alemão, o Werder Bremen, com a chapa 5 a servir de factor de angariação clubista. Ver aquele fervor, a forma apaixonada como ele falava de atletas azuis e brancos, mostrando um conhecimento minucioso da realidade portista, envaideceu-me. E, ali parado, a mais de 3000 quilómetros de casa, senti uma pontada vibrante de orgulho. Em ser portista. Adepto de um clube à escala Mundial. Teci um agradecimento mudo a todos os que, décadas a fio, lutaram por isso. Fiz a única coisa que tinha que fazer. Emocionado. Despi a minha camisola, aquela que me tinha acompanhado na epopeia de Sevilha, e dei-a. Ao Arne. Os olhos humedecidos dele, ao perceber que a oferta lhe permitiria ter uma camisola oficial do clube que aprendeu a admirar, foram uma imagem que guardei, até hoje.
O final da história já todos sabem. Vencemos. Sentimos aquele rejúbilo triunfante, ao ver Jorge Costa a erguer o mais belo dos troféus. Nunca mais vi o Arne. Mas quero acreditar que, onde quer que esteja, continua um indefectível adepto portista.
ps - Prometeram, segundo a sempre bem informada imprensa lisboeta, “4 nomes de primeiro plano” a Quique Flores. Sabendo o que a casa gasta, não vou estranhar quando desembarcarem com a devida pompa 4 brasileiros do Icaturimpinupim ou 4 argentinos do Cordoba S.Luis. O circo de sempre, com o mesmo esplendor.
ps - Prometeram, segundo a sempre bem informada imprensa lisboeta, “4 nomes de primeiro plano” a Quique Flores. Sabendo o que a casa gasta, não vou estranhar quando desembarcarem com a devida pompa 4 brasileiros do Icaturimpinupim ou 4 argentinos do Cordoba S.Luis. O circo de sempre, com o mesmo esplendor.
Duas histórias distintas meu Caro Paulo Pereira mas duas histórias contadas da forma q só tu sabes. E nunca será de mais elogiar-te pela tua escrita inteligente, bem elaborada e cheia de magia e sentimento.
ResponderEliminarQuanto à 1ª história tb esse domingo fatídico foi para mim um momento muito difícil. Todos sentiam no meu olhar q estava triste. Valeu a vitória e os momentos de emoção q se viveram no Mário Duarte. Recordo o Sr. Robson e os seus olhos a rebentarem de lágrimas...
O nosso RUI...
Quanto ao 2º momento não tive essa sorte de ter lá estado mas foi uma grande final do nosso Porto. Explodi sobretudo com o golo de Deco q tudo decidiu!!!
Linda essa tua história com o Arne. O amor ao nosso clube não tem limites, não tem fronteiras.
Estas histórias q nos contas,eu acho q tu sabes como deves fazer, Paulo, para nos sentirmos todos os dias, um pouco mais Portistas ainda, intensificas com tudo isto o nosso sentimento ao azul e branco.
Abraço.
Regressado de férias... e com a veia toda.
ResponderEliminarMais uma vez, parabéns Paulo por mais uma notável narrativa das tuas a que já (muito) mal nos habituaste.
Pegando pelo inicio, dizer que de facto, essa triste noticia do nosso «lourinho», o Rui Filipe, foi algo que a todos nós comoveu... estava no inicio da carreira que se pensava vir a ser de grande fortuna desportiva, porque a qualidade estava ali à vista de todos, mas o azar da vida resolveu bater-lhe à porta.
Nunca me esquecerei da invasão que foi o ver no seu funeral, se não estou enganado, em Vale de Cambra, milhares de pessoas de todos os quadrantes, a prestar o último tributo a um grande homem e um grande jogador do FC Porto.
Dizer tb que nesse jogo, estive no velhinho Mário Duarte a assistir à conquista do campeonato, numa tarde em que Kostadinov (se não estou enganado) marcou o golo da vitória... uma vitória muito triste.
Rui Filipe, estarás para sempre nos nossos corações... descansa em paz!
Por último, essa tua história de Gelsenkirchen, dizendo apenas que após a vitória épica em Sevilha (onde tb estive), esta vitória sobre o Mónaco, foi vivida de uma outra forma menos intensa, porque já não era a minha primeira final e pelo resultado expressivo final que nos trouxe uma acalmia natural na ansiedade, mas foi uma vitória para mais tarde recordar e nunca mais esquecer.
E essa tua oferta, admito, eu não sei se a faria (como nunca fiz, apesar de ma terem pedido ene vezes quer em Sevilha, Gelsenkirchen ou no Mónaco), apenas por uma única razão... aquela camisola do FC Porto, é como uma segunda pele... ofertá-la, era como trair-me a mim próprio, além do mais, que todas elas, e são às dezenas, fazem parte do meu espólio clubistico e desfazer-me dela, mesmo que em troca ou oferta, acho que no instante seguinte estaria a arrepender-me pra todo o sempre.
A ver vamos... pode ser que um dia, acabe por ceder... mas vai ser dificil, muito dificil.
ps - 4 brasileiros, 4 argentinos... não estás enganado nas contas? olha que eu já contei prái uns 273 novos jogadores para ingressar.. e até parece que já estão todos a caminho... nunca mais é chegam, mas isso, são outras novelas :D
Paulo,
ResponderEliminarMais um texto cheio de magia, como disse o Lucho. A história da doação da camisola ao menino Arne é sublime.
Abraço.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarBlue Boy:
ResponderEliminarEsse jogo em Aveiro (28-08-94) no dia da morte de Rui Filipe, foi na 2ª jornada da época 94/95 e ganhamos 2-0 com golos de Rui Barros e Emerson e o jogo foi apitado por Coroado. Esta época 94/95 começara com 2-0 nas Antas ao Braga com um dos golo de Rui Filipe e outro de Kostadinov. A meio da semana na supertaça na luz o porto empatou 1-1 na 1ª mão com um golo de Rui Filipe q foi depois expulso por Calheiros ficando assim de fora para essa 2ª jornada em Aveiro. Esta época 94/95 foi a primeira do ciclo do penta.
Esse outro jogo de Aveiro (q o Blue fala) q nos deu um título foi em maio de 1993 qd ganhamos 1-0 como dizes mas o golo foi do Romeno Timofte e não de Kostadinov.
Tu deste uma camisola do FCP, es mesmo altruista e amigo, nao te sabia assim tao maos largas!!!!EHEEH...eu tal como o Blue nao sei se seria capaz..mas tb te digo talvez tenha sido por isso k os Deuses da bola nos presentearam com tamanha alegria nesse dia.....
ResponderEliminarKuanto a Rui Filipe ...ainda hoje a tristeza me invade ao pensar nesse tragico dia..e em como acreditava k nesse dia nada fazia sentido e so mesmo a vitoria aki no vizinho mario duarte frente a um beira-mar a data meu tb me faria amenizar a dor....Por coincidencia ou fortuna divina arrancou ai como diz o Lucho a nossa caminha para o inolvidavel Penta...a vida é assim...depois dessa trsiteza...5 anos depois PDC lembraria o facto e no calor dos festejos ele nao foi eskecido....
É isso mesmo, Rui Filipe marcou o primeiro golo do Penta. lembro-me bem que numa manhã de domingo, no quiosque dos jornais ter tido a triste notícia.Terrível.
ResponderEliminarQuanto a Gelsenkirshen, eu também estive lá, foi um dia muito intenso que por muitos anos que viva não vou esquecer mais.
Viva o Porto.
Viva !
ResponderEliminarExcelente artigo.
Paulo Pereira, a nossa vivência é feita de, como bem escreves, "estórias e histórias".
Mas pra frente vamos e iremos !
Somos o único clube Português Lendário !
E Viva o Porto !
Dele recordo o golo com o qual partimos rumo ao Penta :)
ResponderEliminarDuas memórias, uma delas menos boa, mas da forma que as contas, bonitas de se lerem.
Olá Paulo!
ResponderEliminarLogo na primeira frase do teu comentário detectei o seu autor.
A prosa sui-generis,peculiar do Paulo!
Na minha opinião,se estivesses a fim,darías escritor de primeiro plano,tal a facilidade com que contas as tuas histórias!És um Hemingway em potência!
Também gostei muito daquela parte relativa ao Arne (comovente).
Continua assim, e,não faltarão leitores para delirar com os teus escritos (*****).
Abraço
Olá Meireles-portuense!
ResponderEliminarSe estiveres a fim, gostaria que também colaborasses com os teus comentários no meu
"www.dragaoatento.blogspot.com"
ou "www.dragaosenior,blogs.iol.pt"
Sempre que te apetecesse.
Abraço
Armando Monteiro
PS - Se sim,diz o que tenho de fazer para o efeito.
Caro Dragão atento,
ResponderEliminarColaborarei contigo sempre que possa da mesma forma que colaboro neste espaço, colocando comentários e tentando provocar a discussão.
Nestes últimos dias estive sob uma catadupa de problemas, que felizmente, se encontram já praticamente resolvidos. A partir de agora, estarei em principio mais disponível para continuar com os meus bitaites...E para isso, colocarei os teus dois endereços nos meus marcadores, para lá poder chegar com mais facilidade...Um abraço.
Paulo Pereira:
Sobre o Rui Filipe, devo confessar que sempre me ensombraram o coração a perda de pessoas tão jovens como ele ou Zé Beto, por exemplo...E o Rui Filipe tinha a mística do FCPorto, não era um jogador qualquer, tinha uma enorme qualidade e apresentava-se como o sucessor natural do André. Foi uma grande e triste perda...Mais um que merece figurar no Panteão do Clube, como Pavão ou Zé Beto inesperadamente desaparecidos. A tua "história" particular parece querer ficar colada a esse momento, como se uma sombra mais negra estivesse pairando sobre estes espaços e quisesse envolver toda a gente num manto trágico...Só tens que esquecer, ou tentar esquecer...
Quanto ao Arn, foste comovedor no teu gesto, só por isso mereces ser Portista!...
Olá a todos!
ResponderEliminarJ.Mourinho desmascarou-se!
Está explicado o silêncio a que ele se remeteu no caso do apito dourado/final e a respeito da guerra que o benfica moveu ao FCP.
O Inter de J.Mourinho vai apadrinhar a apresentação do SLB na Luz para a próxima época.
Bom já todos sabiamos que o fulano é mouro.O que talvez não esperasse-mos é a falta de gratidão para com o clube que lhe deu a mão,que foi o trampolim para a carreira dele,que o elevou à categoria/prestígio(fortuna)que disfruta hoje.
No fundo,e,a mim,não me apanhou desprevenido,já calculava que ele pudesse agir assim,afinal "o homem é cão que não conhece o dono".
Já fui um dos seus (dele)fervorosos fans,porém a partir deste momento,vou esquecer que existe um treinador chamado J.Mourinho.Vou passar a ignorá-lo,deixar de prestar atenção às suas vitórias e rejubilar,exultar com os seus eventuais fracassos...
Abraço
Caro Dragão Atento,
ResponderEliminarTodos nós teremos as nossas convicções, umas mais profundas que outras, numa mostra clara do pluralismo que deve existir num clube eclético como o nosso.
No entanto, a situação particular referida por ti não me parece motivo de sobra para apostrofar Mourinho. É o Inter que irá apadrinhar a corja, no seu jogo de apresentação, e não o Special One...
Isso, por si só, nada demonstra. Se existe algo k pode ser extraído com facilidade da personalidade de Mourinho é o seu elevado profissionalismo. A sua "dama", agora, chama-se Inter de Milão.
A história de Mourinho, no Porto, acabou. Para alguns, a mal. Para outros, perdurará sempre como uma bela página na história do clube.
Mourinho marcou uma época. Não foi o único. Não será o último. Outros homens, noutras eras, pincelaram o clube com o seu cunho pessoal. Acima de todos, possivelmente, Pedroto. E mesmo o Mestre, o Zé do Boné, foi alvo, numa altura da sua vida, de fortes insultos por parte de adeptos portistas...
Não confundamos as coisas. Há que tenha levado a mal a forma como Mourinho saiu. Nada contra. Outros, como eu, continuam a seguir fervorosamente a carreira do Special One.
Não pretendo, de forma alguma, criar uma discussão sobre o que se deve, ou não, fazer em relação a Mourinho. Para mim, continua Special:)
diz o novo reforço do benfica e passo a citar:
ResponderEliminar"Espero ser campeão [português]. Há ainda a possibilidade de jogar na Liga dos Campeões esta época, mas, se isso não for possível, é preciso lutar por um lugar [na principal prova europeia de clubes] na próxima época”, disse Balboa, nascido em Madrid, mas internacional pela Guiné Equatorial."
alguem lhe diga que o 4º lugar aqui nao da pa ir a champs!
enfim... tao novo e tao burro!
para quem quiser ler... aqui fica o boneco a falar!
ResponderEliminarhttp://www.ojogo.pt/Directo/NoticiaHoraFutebolNacional_BalboaAmbicao2506_78947.asp
Viva !
ResponderEliminarSalvo erro já escrevi neste espaço um texto que se apelida "Alcunhas".
Foi quase há um ano.
Saiu-me das tripas. Estou habituado. Nasci no coração das tripas.
Paulo Pereira, como podes tu defender um homem que em revistas internacionais nunca citou o nome do Porto ?
Eu sou um adepto de fora. Eu não admito que o homem não tivesse uma vez só citado o nome do Porto. São só cinco letras . Custa muito ?
Ele falhou tudo. Só com o Porto conseguiu exitos. Ele é especial em quê ? Por ter aterrado num campeonato que perdeu em 15 anos 50por cento de espectadores ?
Paulo Pereira : Obrigado por mostrares que somos pluralistas. Aqui é importante, após as besteiras enormes do mst.
Abraço para ti,
E Viva o Porto !